tributo a um Heroi
Se algo existe associado às grandes tragédias é o facto de nos lembrarmos de quando, onde e o que estávamos a fazer na altura do acontecimento. A morte de Ayrton Senna, o melhor piloto de Formula 1 de todos os tempos, pertence a esse panteão cujas galerias são preenchidas por acontecimentos que não deixam um único ser humano indiferente. Seguia a sua carreira ao ponto de, numa altura em que não havia gravações automáticas nem programadas, pedir ao meu Pai para me gravar o grande prémio de Suzuka, que passava a horas impróprias para uma criança. No dia 1 de Maio de 1994, como não poderia deixar de ser, estava a ver o grande prémio na esperança de ver Senna chegar ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez na temporada. Depois do acidente o interesse no seu desfecho diminuiu. Ao chegar o final da tarde, liguei novamente a televisão para ver o telejornal, à espera de novidades sobre o seu estado de saúde. A abertura do serviço eram imagens de Senna com a musica dos Queen "We are the Champions" como pano de fundo. Palavras para quê... o pior tinha acontecido. Escrevo estas linhas no sentido de prestar uma singela homenagem a um herói, que no dia da sua última corrida foi o motor para arrancar com um conselho de segurança dos pilotos, preocupados depois da morte do piloto austríaco Roland Ratzenberger. Escrevo estas linha no sentido de prestar uma singela homenagem a um herói, que no dia da sua última corrida levava no cockpit uma bandeira austríaca... Nunca mais vi Formula 1...