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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

seretonina

por António Simões, em 27.03.21

Adianto desde já a minha escassa e parca qualidade de leitor para certos tipos de literatura. Se o mundo da poesia é o meu antípoda literário, certas vertentes em prosa mais, digamos, esotéricas, não encontram em mim um seguidor. Contudo, não se deve negar uma ciência que se desconhece e por esse motivo resolvi ler este autor para mim desconhecido - Michel Houellebecq. O livro prometeu muito durante grande parte do mesmo, mas no final o meu interesse foi algo desviado por um desvio (peço desculpa mas gosto muito de pleonasmos) que só mesmo o autor é que poderá explicar para se fazer entender. Em resumo posso dizer que foi uma experiência vagamente satisfatória, não tanto pelo livro em si, mas pela ideia subjacente à leitura do mesmo de que vivemos numa sociedade de tal forma complexa e mentalmente doente que só existem dois caminhos para co-existir: ou se mergulha no mundo da dependência de fármacos para elevar os níveis de seretonina, ou então se vive da melhor forma possível mas sóbrios e conscientes da decadência do ser humano moderno.

a sombra da Noite

por António Simões, em 26.03.21

Numa nova cadeia de acontecimentos que roçam o macabro, Robert Brynza conduz a investigadora Erika Foster numa nova investigação. Não fica muito por dizer, pois tratando-se de um policial qualquer aspecto que se revele acaba por estragar um pouco da emoção para quem quiser ler o livro.

a rapariga no Gelo

por António Simões, em 26.09.20

Já lá vai algum tempo desde o último comentário a um livro que li. Estando em falta com este meu espaço, e com a necessidade de registar aquilo que a leitura de um livro me transmite, vou procurar agora repor tudo o que está em falta. Foi com este livro de Robert Brynza que iniciei um período essencialmente preenchido por literatura policial/acção que também faz falta e, não desfazendo a qualidade desta escrita e dos seus escritores, permite ganhar algum fôlego para outras obras e autores que exigem mais um pouco do leitor. Com a "Rapariga no Gelo" fiquei a conhecer a detective Erica Foster, os meandros da investigação criminal com os pormenores sórdidos da Medicina Legal, e aquilo que imaginação infelizmente fértil de uma mente humana deturpada de um assassino é capaz de fazer e alcançar. Fiquei curioso, e adianto desde já que li a série toda.

carlos ruiz Zafon

por António Simões, em 19.06.20

Hoje o mundo da literatura perdeu uma pedra angular ao ver partir Carlos Ruiz Zafon que, cedo demais, caiu fulminado por uma doença que ceifa mais vidas do que qualquer pandemia deste ou de outro século. A inevitabilidade da nossa existência bateu à porta de um dos melhores escritores do século XXI e levou-o, deixando os milhares de leitores anónimos carentes de aventuras e histórias futuras. Não preciso de falar dos livros que dele li, pois isso já o fiz no passado, mas não podia deixar de prestar a minha singela homenagem com palavras do próprio, que tomo a liberdade de transcrever do prólogo de "O Príncipe da Neblina":

"Mas não veio a estas páginas para ouvir discursos, mas para que lhe façam cócegas no cérebro. Permitam-me, então, que o convide a viver as aventuras destas personagens que ainda me são tão familiares como no dia em que as conheci. A entrada não tem limite de idade, nem lugar marcado. Será bem-vindo a estas páginas quer seja um leitor veterano como eu ou um leitor jovem que mergulha na maior das aventuras, a de ler. Dentro de momentos apagar-se-ão as luzes, erguer-se-á a cortina da sua mente e o feixe do projector baterá na sua imaginação."

Sempre que leio estas linhas os arrepios não escondem, de forma involuntária mas consciente, a emoção que sinto ao ver traduzida de forma tão bela a relação simbiótica entre o escritor, o livro, o leitor e a leitura. Obrigado pela obra, pelas histórias, mas acima de tudo por ser capaz de por momentos voarmos sem sair do sítio.

o mensageiro do Rei

por António Simões, em 09.05.19

Só mesmo para quem nunca leu um livro de Francisco Moita Flores é que este "Mensageiro do Rei" poderá ser uma surpresa. Para mim foi mais um tempo onde desfrutei do conhecimento histórico do autor, da sua capacidade de romancear, mas acima de tudo do seu extraordinário sentido de humor com o qual satiriza de forma única e irrepreensível uma sociedade que por si só já é uma caricatura. Francisco Moita Flores misturou um pouco da "Fúria das Vinhas" com a "Opereta dos Vadios", e para além de ficar a saber algo mais acerca do momento de viragem da Monarquia para a República, senti o ambiente dos bastidores de uma produção cinematográfica ao estilo tuga, tarefa hercúlea que exige de actores, produtores, realizadores e argumentistas uma união para ultrapassar as vicissitudes dos baixos orçamentos, tarefa facilitada porque enquanto tugas estamos mais do que habituados a fazer omeletas sem ovos. Como anti-depressivo este livro é um excelente Prozac...

a outra Mulher

por António Simões, em 25.04.19

Mais do que um novo capítulo na saga de Gabriel Allon, mantendo a sua genialidade na hora de conduzir o leitor pelos meandros do sub-mundo da espionagem, Daniel Silva volta mais uma vez a deixar o seu alerta para um mundo onde a abundância de informação desencadeia o inevitável aumento da proporcionalidade entre a tormenta informativa e o desastre desinformativo. O rigor informativo é cada vez mais difícil de escrutinar, fruto do ruído proporcionado pela mistura explosiva entre quantidade e a qualidade, traduzindo-se numa sociedade supostamente informada, que vive e convive no seio de um sentimento de segurança pintado a verniz, que a qualquer momento pode estalar. Daniel Silva mostra de forma clara, apesar de ficcional, como muita coisa grave nos passa à frente dos olhos, sem que isso nos afecte ou nos preocupe ao ponto que nos deveria de afectar e preocupar. Pelo seu passado e pelo seu trabalho de investigação é uma voz a ter em conta, tendo sempre o devido cuidado de descontar a sua quota parte de simpatia por uma fracção muito importante de toda a sua obra. Um escritor para ler e repetir!

o rapaz que seguiu o pai para Auschwitz

por António Simões, em 07.04.19

Não tenho nunca por guia os prémios literários, sejam eles um Nobel ou um Pulitzer, orientando-me sempre pelo momento, por aquilo que ainda não li, pelo tema ou pelo autor. Sendo neste caso o autor desconhecido, foi o tema que me levou a escolher ler este livro de Jeremy Dronfield. Já li bastante acerca da segunda guerra mundial, assunto pelo qual tenho um enorme fascínio em saber sempre algo mais acerca do acontecimento mais marcante da história universal, pois é algo que me preenche a curiosidade de como foi possível que tal tivesse acontecido, e ainda apenas só passaram 74 anos desde o momento em que terminou. No entanto por mais que leia é sempre impossível de compreender, procurando com a minha leitura prestar a minha singela homenagem a todos aqueles que lutaram e a todos os outros que claudicaram nessa batalha que revelou o que de pior e mais perverso pode sair da mente humana. Jeremy Dronfield não prestou uma singela homenagem com a escrita deste livro, pois fez muito mais do que isso ao descrever em forma de romance as agruras de uma simples família vienense durante o Holocausto, assente em testemunhos pessoais e num diário de pequenos rectângulos de papel que sobreviveu durante 6 anos de cativeiro, e contribui com o seu soberbo trabalho de investigação apresentado nesta bela obra para perpetuar não só o sofrimento e o horror desses anos de forma a que nunca ninguém se esqueça, mas também para mostrar como o amor, neste caso entre pai e filho, é uma arma tão ou mais forte que qualquer outra.

portugal - a primeira nação Templária

por António Simões, em 06.04.19

O desafio de qualquer investigador na área da história é, sem dúvida alguma, documentar-se da melhor forma possível para desse modo cimentar a sua teoria acerca do assunto sobre o qual se debruça. A neblina do tempo adensa-se ainda mais quando os assuntos envolvem matérias que deixam espaço para a imaginação, cabendo ao investigador não perder o sentido de orientação, muitas vezes abalado por convicções ou ideias pré-concebidas que podem minar o resultado final. Neste livro, Freddy Silva trouxe água para o seu moinho documentando o leitor com um livro muito atraente do ponto de vista de leitura, onde lhe tiro o chapéu na hora de reconhecer o trabalho árduo que teve enquanto investigador e pelo desafio superado de não se perder no caminho pelo qual nos elucida acerca do tema "A primeira nação Templária". Tudo aquilo que envolve as Cruzadas, a Religião e os Templários encontra-se sempre envolvido num clima de mistério, intriga e obviamente conspiração, tendo este pequeno rectângulo à beira mar plantado um papel digno de nota, pleno de achados e provas históricas da sua importância nesta Ordem que para muitos sempre foi alvo de matéria abundante para elaborar as mais fantasiosas teorias, mas que neste livro é muito bem explicada.

cara ou Coroa

por António Simões, em 01.03.19

Fiquei curioso ao ler a contra-capa deste "Cara ou Coroa", livro de um autor que nunca tinha lido. A estrada da vida está repleta de encruzilhadas, cruzamentos e desvios, e foi com essa base que Jeffrey Archer partiu para um livro duplamente surpreendente. Foi a primeira vez que li dois livros num, pois a história de um pequeno russo divide-se no momento em que tem que efectuar uma escolha, seguindo cada uma o seu caminho e o seu destino final. Mas mais surpreendente que isso é o seu final, e a espécie de acusação que o mesmo encerra. O que fica no ar é algo que todos nós suspeitamos, mas que nunca foi provado. Curioso o leitor, só tem uma hipótese para saber aquilo a que me refiro...

Eva

por António Simões, em 28.02.19

Já devo ter esgotado todos os adjectivos possíveis do meu dicionário para descrever a obra de Arturo Perez-Reverte, e o quanto eu gosto dela. Cada livro que termino deixa sempre o desejo do próximo, e com este "Eva" esse sentimento é maior porque trata-se do segundo tomo de uma espécie de saga que agora se iniciou. Lorenzo Falcó percorre as ruas e vielas obscuras do tempo do Franquismo em ascensão, em plena Guerra Civil Espanhola, assumindo-se como verdadeiro sicário em prol daqueles que vão acabar por sair vitoriosos. Falcó exerce a sua actividade numa altura da história da humanidade fértil para as intrigas de espiões, polvilhada com a crescente e galopante vontade de regimes totalitários em tomar poder por qualquer meio - os anos anteriores à 2ª Guerra Mundial. É certo que a Guerra Fria ombreia a esse nível com os anos 30 do século passado, mas enquanto que as loucuras entre Americano e Russos resultaram em meia dúzia de conflitos em territórios neutros, os anos loucos que levaram à 2ª Guerra Mundial resultaram no conflito mais trágico de toda a história, o único em que se largaram mesmo duas bombas atómicas, ficando os números de baixas globais em patamares que consciência alguma é capaz de entender.

o grande Golpe

por António Simões, em 27.02.19

Se no livro que anteriormente li de John Grisham o autor fez um pequeno desvio ao seu habitual, desta vez regressou à sua pista favorita, se bem que novamente com uma pequena diferença! Apesar de regressar ao mundo da advocacia que tão bem conhece, descreve, escrutina e esmiuça, neste livro os advogados ainda não o são. Revelando as dificuldades que os jovens americanos passam para conseguir um curso superior, John Grisham cruza a sua mestria na barra do tribunal com as vicissitudes de um sistema de educação largamente diferente da nossa realidade. As personagens criadas para este livro levam aos píncaros a velha máxima de "a necessidade aguça o engenho", a tal ponto que a sua vida muda completamente do avesso. Bom livro, boa leitura.

casa de Espiões

por António Simões, em 26.02.19

A leitura deste livro apenas pode ser recomendada depois de ler "A Viuva Negra". Não digo que não seja possível desfrutar de mais um bom livro ao belo estilo de Daniel Silva sem a leitura do anterior, mas tendo em conta que ambos se completam recomendo que a cronologia das edições seja seguida. Não tendo lido todos onde aparece a personagem principal, Gabriel Allon já faz parte de outras personagens que gosto de seguir, juntando-se a Tomás Noronha, Falcó e Robert Langdon.

o Manuscrito

por António Simões, em 25.02.19

Fugindo ao seu habitat natural, John Grisham conduz com a sua habitual mestria o leitor por um submundo que eu honestamente não sabia que existia. O mercado negro de obras raras pelos vistos existe, tem pessoas interessadas no mesmo, e para o bem da história da humanidade existem outras que se preocupam em acabar com ele, colocando no devido local aquilo que lá deve sempre estar. John Grisham é um daqueles escritores que nos dá a certeza de bons momentos com a leitura dos seus livros, tendo este duas particularidades: a primeira, que já referi no início, é o facto de fugir do seu normal enredo em torno dos tribunais, advogados, vítimas e culpados; a segunda é o facto de destapar os segredos de um mundo obscuro onde se os ladrões que roubam, e os amantes que pagam somas exorbitantes de dinheiro, numa mistura de gente apaixonada... claro que uns pelas notas de valor monetário, e outras pelas notas deixadas por escritores cujos pensamentos ecoam pela eternidade.

uma breve história da Economia

por António Simões, em 24.02.19

Não se preocupe o leitor, que este artigo não o prentende esclarecer com uma visão sobre a história da economia, pois recursos para tal tarefa se encontram em carestia no portfolio deste seu humilde projecto inacabado de escritor. O título refere-se ao livro escrito por  Niall Kishtainy, obra que é uma espécie de economia para totós que, como eu, precisam de alguém muito mais inteligente e conhecedor desse mundo curioso criado pelo ser humano, onde a matemática se mistura com política, filosofia e psicologia. Sendo realmente breve, não se poderia pedir mais do que aquilo que é transmitido, sendo um bom recurso a utilizar quando se quer compreender algo que até ao momento ainda não foi totalmente compreendido.

a viuva Negra

por António Simões, em 23.02.19

Tocar no assunto do terrorismo da forma como Daniel Silva se debruçou neste livro, foi algo de tão necessário como de perigoso. Assunto frequente no jornais, o terrorismo sempre acompanhou de mão dada a evolução do homem, confirmando que aquilo que todos tomamos como assente nada mais é do que uma falácia de nós próprios. Existisse uma evolução efectiva e as guerras há muito que já deveriam estar arredadas do nosso dia-a-dia, fazendo apenas parte dos livros de história. Tal não acontece e a culpa não morre solteira, porque todos somos a parte de um todo que está muito longe de encontrar o consenso e a chave para uma co-existência pacífica de compreensão e aceitação do diferente, ou mesmo do igual. De uma forma mais tendenciosa, Daniel Silva conduz o leitor na espionagem do século XXI, num mundo onde o ódio, a vingança e a crueldade podem perfeitamente sair das páginas escritas de um romance, ou mesmo de um jornal...

a Sede

por António Simões, em 26.11.18

Até ao momento a minha única experiência literária no campo do macabro foi um livro de tamanho considerável, com um título que nada tinha de relacionado com a história. Em "O Historiador" de Elisabeth Kostova, tive que enfrentar páginas a fio de enredo de vampiros, assunto que desde pequeno não me deixa em muito confortável posição, e quase que posso dizer isto de forma literal. Os nórdicos habituaram os leitores a bons livros de entretenimento policial, e foi por isso mesmo que procurei conhecer um novo autor, ciente que entrava novamente numa história de contornos mais obscuros. Este livro é guiado pela argúcia de Jo Nesbo (falta o traço oblíquo no O...) numa investigação intrigante correndo as páginas não só na procura de saber o seu fim, mas acima de tudo para verificar se a perversidade da mente humana é capaz de mais uma atrocidade, coisa que pelos vistos não parece ter fim...

a Origem

por António Simões, em 06.04.18

Sendo um daqueles autores conhecidos pelo sua indelével marca registada de prender o leitor da primeira até à última página, escolhi este livro por isso mesmo, certo de um resultado final apaixonante. Claro está que desde aquela tarde soalheira, já lá vão muitos anos, em que devorei o "Código da Vinci" acabado de comprar numa feira do livro de Abril, outros livros se seguiram e não se poderá estabelecer qualquer comparação possível pelo facto do primeiro ser único e irrepetível. Apesar de tudo, ler Dan Brown continua a ser uma garantia de aprendizagem num ritmo que se encaixa perfeitamente na narrativa e guia o leitor numa viagem ao conhecimento, apimentada pelo frenético enlace com o seu simbologista de eleição. Neste livro, e não revelando qualquer pormenor da história, Dan Brown esteve por momentos à beira de um precipício ao qual eu chegei a pensar que ele fosse cair, mas no final soube dar uns passos atrás para se redimir de se ter aventurado num enredo em que o argumento principal tem tanto de batido como de inexplicável. O melhor desta obra fica-se mesmo pela acção, habitual no dia-a-dia de Robert Langdon, e espero que numa próxima obra o seu estilo se mantenha como sempre, mas escolha um tema mais ao estilo do seu primeiro livro.

Falcó

por António Simões, em 11.02.18

É curioso como tudo aquilo que disse do último livro que li encontra um paralelismo inverso nesta última obra de Arturo Pérez-Reverte, "Falcó", na medida em que as duzentas e mais algumas páginas se revelam poucas. Poucas porque a história, o ambiente e o argumento são soberbos, orientados com a mestria que Reverte habituou os seus leitores em todas as suas obras, seguindo sempre novos caminhos de uma forma impossível de prever. Espero sinceramente que este seja o primeiro de pelo menos outra obra, na qual o espião Falcó nos guie pelos sinuosos caminhos da Europa de meados do século XX.

os herdeiros da Terra

por António Simões, em 29.01.18

Passados alguns anos desde que li o livro "A Catedral do Mar", quando soube desta nova obra de Ildefonso Falcones não hesitei na hora de escolher este livro para uma espécie de continuação, um seguimento de uma história que desde então ficou na memória como um exemplo de luta, coragem e obstinação guiadas por princípios de integridade e honestidade que tão em fora de moda estão nos dias de hoje. Notei desde o princípio que o escritor procurou seguir alguns passos do livro anterior, na medida em que o enredo quase se poderia confundir, não fossem as personagens outras e o espaço temporal diferente, facto que não considero de modo algum negativo. Com alguma contextualização histórica, o livro apenas perde porque o escritor se perdeu ele próprio muitas vezes de uma forma exagerada, tornando o conteúdo de forma muito frequente numa redundância desnecessária, mas que justifica as mais de oitocentas páginas de letra muito pequena e margens reduzidas, resultando numa leitura pesada - literalmente - como comprovei pelo tempo que demorei a ler...

em viagem pela europa de Leste

por António Simões, em 12.10.17

Numa verdadeira viagem no tempo, a leitura deste livro mais do que trazer os registos nele narrados, é uma experiência única onde se contacta de forma directa e quase inicial com aquele que se viria a tornar um dos maiores escritores do século XX. Completamente fora do registo por qual o conheci, Gabriel Garcia Marquez descreve com o pormenor de um jornalista mas com a prosa de um escritor único, a viagem que fez pela Europa de Leste numa altura onde a II Guerra Mundial já pertencia a outra década, mas cujas chamas ainda se encontravam bem acesas numa Europa dividida por duas maneiras muito distintas de ver o mundo e a humanidade. Essa contenda entre a liberdade e a doutrina durou muitos anos e só não acabou noutra guerra mundial porque foi um conflito servido a frio. O livro é pequeno e sendo a leitura dele de um prazer imenso só espero que do baú das recordações, ou de uma gaveta onde se guardem rascunhos que nunca viram a luz do dia, ainda surjam novas provas que documentem o grande e versátil que era esse grande Colombiano.

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