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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

inceneradora Eleitoral

por António Simões, em 16.09.19

Consultando um bom dicionário de tugalês, o leitor poderá confirmar que o termo urna pode assumir diferentes significados, dependendo cada um daquilo que com a mesma se faz. No fim de contas, a única coisa comum a todos é o facto de numa urna se depositar algo, sejam restos mortais, cupões de lotaria, rifas, ou boletins de voto. Em termos de sentimento as urnas eleitorais estão para o eleitor como as urnas dos cupões da lotaria para o apostador, vivendo ambos na expectante esperança que o seu boletim seja o feliz contemplado vencedor. No entanto, se a lei da probabilidade adverte o apostador para a mais que provável derrota no universo quase infinito do acerto impossível dos números vencedores, a lei dos homens deveria fazer o mesmo ao eleitor, parte essencial e única do sistema democrático. Quando digo deveria, digo porque eu próprio não acreditando já em quase nada do que é apresentado a escrutínio, continuo a religiosamente cumprir com o dever cívico de exercer o meu direito de voto. Entre propagandistas do olha para o que eu digo e não para o que eu faço, entre os oportunistas da altura certa para piscar o olho ao poleiro do poder, entre os discos riscados que teimam eu não passar do tempo dos LPs, entre os que sabendo da derrota certa não se coíbem em prometer o impossível, e entre os que governando se esquecem de uma boa parte da sua ideologia política, o termo Urna não poderia ter sido melhor escolhido para designar o local onde depositamos o boletim de voto, o local onde se incinera a democracia, e onde acabam por ficar depositados os restos mortais da esperança dos eleitores que cada vez menos acreditam no menos mau de todos os sistemas...

desvio à Esquerda

por António Simões, em 12.11.15

A nossa democracia não sendo velha, vendo contudo os anos da juventude a uma distância considerável, entra agora naquilo que Paco bandeira imortalizou como a ternura dos quarenta. A recepção não sendo a melhor possível, foi aquela que o povo desejou, e desse modo tivemos um governo a caducar passados apenas 11 dias da sua tomada de posse, quebrando as performances dos governos provisórios do PREC. Desde o 25 de Abril de 1974 que existe uma lacuna prestes a ser preenchida neste momento, caso o actual Presidente da República tenha a dignidade de, pelo menos uma vez ao longo dos seus 10 anos de mandato, fazer algo decente, nomeando um governo socialista apoiado pelos partidos mais à esquerda do parlamento. Coligações já existiram de várias formas, umas ao meio, outras à direita, e só faltaria mesmo uma à esquerda para completar as combinações governativas possíveis. A legitimidade de António Costa é conferida pelos votos do Partido Socialista juntamente com os milhões de votos que o Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda mereceram dos eleitores, mas também pelos 4 anos de roubo despudorado de uma coligação encomendada e manietada pelos senhores do capital, que na falta de engenho e arte para governar um país não teve pejo na hora de se apropriar dos direitos dos trabalhadores, de alienar as conquistas de quem trabalhou, e de servir um país de bandeja, nação lusitana que merece maior respeito pelo que fez, pelo que foi, e pelo que representou na história da humanidade. António Costa merece a oportunidade porque sabe que os portugueses não merecem mais quatro anos de Coelho e Portas, e por isso mesmo se aventura nesta missão de entendimento à esquerda, difícil é certo, mas ainda assim uma luz ao fundo do túnel para muitas famílias.

legislatura XIII

por António Simões, em 27.10.15

A próxima sexta-feira não sendo dia 13 é véspera do dia das bruxas. Foi desejo da divina providência, ou do calendário eleitoral, que seja precisamente nesse dia que a 13ª legislatura arranque oficialmente, com a tomada de posse do mandato de PPCoelho e companhia para o qual Cavaco, perdão - o povo, lhes concedeu plenos poderes. Todos nós temos sido espectadores atentos deste filme, película de enredo interessante mas cujo final já foi previamente anunciado por membros do elenco. Neste cenário, o anuncio de hoje que revela a constituição do novo governo, inclusivamente com direito a novos ministérios, peca por uma grande falha no sentido de oportunidade de PPCoelho. Em primeiro lugar, porque todas as diligências por ele efectuadas nos dias que antecederam o de hoje estão inexoravelmente condenadas ao fracasso. Em segundo lugar, porque as caras novas apresentadas não terão tempo de ficar na retina do povo. E em terceiro e último lugar, porque é um grande desperdício de papel e caneta gastos nas folhas da tomada de posse de elementos que muito possivelmente não chegarão a aquecer o lugar. Sugiro aos funcionários do Palácio da Ajuda que usem papel reciclado para sexta feira, e aos membros dos ministérios responsáveis pela manutenção dos gabinetes que não colem as placas identificativas, pois depois terão mais trabalho no momento da substituição... uma folha A4 usada no verso servirá...

adeus Cavaco

por António Simões, em 22.10.15

18 dias depois do povo se pronunciar, foi a vez do Presidente falar. Depois de muitas horas de meditação, Cavaco optou pelo caminho mais fácil, e numa atitude ao melhor nível de Pôncio Pilatos deixou a decisão final para o parlamento, local onde o governo indigitado pelo Presidente se apresentará perante os restantes deputados para a crucificação final. Obviamente que de Cavaco não se poderia esperar mais do que isto. No entanto, o discurso onde anuncia que convidou PPCoelho para a formação de governo destapou o manto de isenção com que Cavaco se abrigou durante estes anos, duma vã tentativa de esconder aquilo que ele realmente é. Numa intervenção xenófoba e caciquista, o actual Presidente da República confirmou que o seu desempenho neste cargo não é ao serviço dos portugueses mas sim ao serviço do seu partido, não é ao serviço dos superiores interesses da nação mas sim ao serviço das finanças dos investidores e dos "mercados". Cavaco menosprezou cerca de 1 milhão de eleitores que colocaram a cruz nos "outros partidos", partidos que se representarão na Assembleia da República com 36 deputados democraticamente eleitos. Sem qualquer demagogia afirmo que o discurso de Cavaco roçou o totalitarismo, e apenas posso ficar grato à lei de limitação de mandatos pela certeza de que este será dos últimos, pois para estragos a infligir a este país ele já teve tempo de sobra...

o governol II

por António Simões, em 15.10.15

Grande ambiente que se continua a viver nas bancadas! O jogo iniciado no passado dia 4 continua, e encontra-se neste momento no prolongamento. O resultado final continua sem vencedor antecipado, e a qualquer momento o golo pode surgir. O rescaldo do tempo regulamentar deixa no espectador o desejo de que o espectáculo continue. Depois do apito inicial dado por Cavaco, o árbitro do encontro não tem tido grandes intervenções, e ao melhor estilo anglo-saxónico deixa a bola correr. Costa recuperou o esférico no primeiro momento, e viu as desmarcações de Jerónimo e Catarina, ambos em excelentes posições para marcar, depois de movimentos de antecipação que deixaram a defesa adversária aos papeis. No entanto com Portas a central a coligação depressa se fez novamente com o esférico, num lance que deixou algumas dúvidas aos partidos da oposição, e assim se aproxima do terreno adversário. Costa avisa Merkel, o quarto árbitro, que o lance não foi assinalado pelo árbitro, e que o PS quer um jogo limpo e seguro. Os 90 minutos terminaram em clima de crispação, e pelo que se tem visto no decorrer da contenda parece que o resultado final terá que ser decidido com o recurso à marcação de grandes penalidades.

até amanhã Camaradas

por António Simões, em 12.10.15

Calhou de iniciar a leitura desta obra em alturas de calor, com os dias cheios de actividade por onde distribuir o tempo ocioso, motivo pelo qual a mesma acabou por se alongar e terminar apenas no dia de hoje. É impossível a leitura deste livro não se misturar com a imagem de Álvaro Cunhal, e imaginar que a mão que o escreveu transmitiu para o papel toda uma história de vida, uma vida de luta, resistência e resiliência. No entanto "Até amanhã Camaradas" não poderá ser confundido com uma espécie de ensaio auto-biográfico, pois é muito mais do que isso. É um registo histórico de um movimento e de um partido, que desde os primeiros tempos da luta anti-fascista tomou as rédeas da resistência, mas também é ao mesmo tempo uma homenagem a todos os Camaradas que activamente participaram, do mais pequeno funcionário, aos quadros mais íntimos do comité central. Terminei a leitura deste belo livro num momento em que a brisa das ultimas eleições ainda corre pelos corredores do poder, brisa essa que agita a bandeira da foice e do martelo como à muito tempo não se via...

o Governol

por António Simões, em 09.10.15

As eleições de Domingo lançaram um novo jogo, que mistura a governação com o futebol. Na verdade, esta mistura entre política e futebol já poderia ter sido inventada à muito tempo, pois em ambos os casos o que é verdade hoje poderá não o ser no dia de amanhã. O povo decidiu que estava na hora deste novo desporto aparecer. Cavaco aparece logo em primeiro plano como árbitro, e fiel ao seu estilo foi célere a lançar a bola para o terreno de jogo, e mais rápido ainda em deixar o apito esquecido algures... O jogo da governação fica assim entregue à contenda entre PPCoelho e Costa, tendo como espectadores os partidos à esquerda do PS que ocupam os lugares da bancada, e PPortas, confortavelmente sentado na tribuna presidencial, longe da confusão da bancada e do calor da disputa. Até ao momento, pelo aquilo que se vê do jogo e dos seus jogadores o resultado encontra-se num empate a 0, fruto daquilo que na gíria futebolística se chama por "bola quente", fenómeno que caracteriza os atletas de fracas capacidades, que na hora de receber a bola se preocupam apenas por se desfazer dela, sem olhar muitas vezes à melhor maneira de dar seguimento ao lance...

pobre res Publica

por António Simões, em 06.10.15

Ontem 5 de Outubro de 2015, apesar de não ser feriado laboral, era dia para se comemorar implementação da República, data que marca a substituição do regime de pensão completa garantida por toda uma nação. Os inquilinos mudaram, mas os contribuintes são os mesmos. Diz o latim que o termo República se refere à "coisa pública", ou seja, a algo que é mantido por um conjunto de pessoas, e na realidade essa expressão assenta como uma luva tanto em regime monárquicos, como ditaduras, ou como aquilo que hoje em dia vivemos, classificação que ainda terá que aguardar alguns anos para que historiadores vindouros venham a catalogar. Apesar de ser o dia seguinte a umas eleições legislativas, o dia de ontem merecia melhor tratamento por parte daqueles que são no fundo os beneficiários finais - os governantes. Se no caso do governo, ou da actual oposição, a falta esteja justificada, o facto do Presidente da Republica não ter tido a dignidade de se deslocar ao local sede das comemorações, é algo que não encontra justificação plausível. Cavaco espelha como presidente aquilo que os portugueses sentem pelo país - nada. A abstenção registada nestas eleições ganhou as eleições, e o valor conseguido não deixa dúvidas algumas na hora de decidir quem deve formar governo. Poupo por isso a senhor Aníbal o trabalho de reflexão a que se dedicou um dia de aniversário do seu "Patrão", e facilito a decisão final de convocar todos os tugas que não se deram ao trabalho de se deslocar à urnas de voto, para formarem governo. Acho que é a decisão mais justa e correcta, e evita que os 37% de sadomasoquistas que acharam boa ideia votarem em Pedro e Paulo tenham contribuído para mais 4 anos de governação.

dia de Reflexão

por António Simões, em 03.10.15

Nos meus tempos de estudante existiam dois momentos que antecediam dois eventos, e sendo diferentes no seu objectivo final eram, no entanto, muito semelhantes na sua concretização. As vésperas de um jantar de curso ou o dia anterior a uma frequência, eram a prova final de uma temporada de festas e noitadas para primeiro caso, de semanas de clausura, meditação e marranço no segundo ponto. Não existindo um remédio milagroso que impedisse a ressaca, ou fosse capaz de nos tornar de um momento para o outro em Einsteins da matéria, o certo é que havia sempre algo onde depositar a esperança de um pequeno empurrão que garantisse o sucesso, ultrapassando os obstáculos a enfrentar. O Cholagut era o fiel companheiro para enfrentar os jantares, onde mais do que comer se bebia, enquanto que o café expresso era a anfetamina que estimulava os neurónios batidos do marranço, e os despertava para dar o litro na hora de colocar no papel o estudo acumulado. Hoje, dia de reflexão que antecede o dia das eleições, o melhor mesmo é sugerir que o café seja gratuitamente distribuído por esse país fora, para acordar os neurónios adormecidos de um povo que se encontra numa ressaca de quatro anos de governação ignóbil, e assim evitar o erro de votar naqueles que colocaram definitivamente Portugal na rota do terceiro mundo. Espero que ainda se vá a tempo, porque depois do mal estar feito não existirá Cholagut algum que nos valha...

sondagens Carvalho

por António Simões, em 30.09.15

Pegando nas palavras do Presidente do Sporting ""Somos mais de três milhões. Somos quase 3,5 milhões. Há uma coisa que me irrita: é que sejam os próprios sportinguistas a caírem no mito que nos prejudica nos patrocínios, naquela treta de no Benfica serem seis milhões. Não são seis milhões, nem 14 milhões, são mais ou menos 4,5 milhões" o editor chefe deste blog está em condições de afirmar que por detrás de todas as empresas de sondagens existe um Bruno Carvalho. Diz o ditado popular que "de génio e louco todos temos um pouco", e tendo em conta que não se reconhece em Bruno Carvalho a parte respectiva a génio, poder-se-á postular que as empresas de sondagens se regem por uma máxima, colocada em local de destaque no escritório, que será qualquer coisa como "de sondagens e Brunos de Carvalhos, todos fazemos um pouco".

paf à Páf

por António Simões, em 29.09.15

Existem coincidências verdadeiramente caprichosas:

- no próximo Domingo, dia de eleições legislativas, a coligação que olhou de frente os deputados desde 2011 vai ter a sua Prova de Avaliação Final, conhecida no meio dos cursos de formação pela sigla PAF. Ou seja, a PàF vai ter a sua PAF.

- a escolha do slogan e sigla para estas eleições acaba por ser uma onomatopeia que facilmente se pode parodiar. Assim, espero que na hora de colocar a cruz, os eleitores se lembrem da carga de pancada que os seus bolsos e as suas carteiras tem sentido nos últimos anos, e retribuam no Domingo com os devidos e justos juros. Por isso mesmo aguardo pacientemente que o eleitorado faça o mesmo que Obelix e companhia faziam aos Legionários Romanos, e dêem uma carga de PAFs à PáF.

voto Útil

por António Simões, em 28.09.15

Acho que qualquer voto é útil, seja ele em branco, num partido, ou mesmo numa coligação que governou o país durante quatro anos e que procura novo mandato para sugar o que resta da carcaça que noutros tempos se chamou Portugal. No entanto esta terminologia é muitas vezes usadas pelos dois partidos do chamado "arco da governação", para orientar o eleitorado indeciso na hora de colocar a cruz. O resto dos partidos vê este voto útil como uma afronta ao regime democrático, e não se poupam em esforços para mostrar que qualquer voto é útil. Eu concordo, na medida em que só o simples facto de votar é mostrar respeito por todos aqueles que lutaram pelo direito mais sagrado do regime menos mau de todos os que existem para orientar a geneticamente desorientada sociedade humana. O problema é que na direita não existe dispersão de eleitorado, ao contrário da esquerda tuga que se digladia numa autêntica autofagia. A esquerda que temos ao dispor é o melhor aliado da direita, e os discursos de Catarina Martins e Jerónimo de Sousa fazem com que eu mude de opinião, e chegar à conclusão que de facto nem todos os votos são úteis...

país do Défice

por António Simões, em 23.09.15

Não será necessário efectuar uma pesquisa exaustiva, para chegar à conclusão que a tugalândia é neste momento o país do défice. Seria maçador, e porventura assustador, aqui classificar todos os défices que grassam nos números do INE, mas hoje mesmo veio à luz do dia a mais recente actualização do défice público de 2014, registando valores semelhantes aos de 2011. Ou seja, depois de 4 anos de purgas e sangrias efectuadas por este governo, de um modo que já não se fazia desde os tempos da idade média, estamos na mesma, e não querendo usar o vernáculo, direi que continuamos no pântano... O certo é que confirmado-se o cenário grotesco que as sondagens antecipam, a vitória da coligação PàF no dia das eleições trás um novo défice ao portefólio dos défices tugas - o défice de atenção do eleitorado. Esta patologia é uma vertente da actual PHDA, pelo que como ainda não existem estudos epidemiológicos que permitam estabelecer uma terapêutica adequada, o melhor mesmo é distribuir ritalina e concerta (podendo optar pelo genérico) entre o eleitorado tuga, esperando que ainda se vá a tempo de evitar uma catástrofe eleitoral...

petição Pública

por António Simões, em 14.09.15

As imagens de sábado passado podem muito bem marcar não só o inicio da campanha política, como (espero eu) o resto da campanha eleitoral até ao dia das eleições. Apertadinho, Passos deu mostras daquilo que ele realmente é, um medíocre governante que se escuda das suas dificuldades, no controlo da situação. Quando colocado à prova a sua tremenda falta de recursos vem ao de cima, e a resposta que deu a um desgraçado da sua própria governação foi no mínimo caricata, e no máximo uma verdadeira afronta não só a essa pessoa, como a todos os outros lesados do finado BES que não precisam de advogado algum para provar que a razão está do lado deles. A sua resposta foi uma espécie de conto à moda de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, com o Pedro governante a fazer de Mr Hyde, e o Pedro cidadão a fazer de Dr. Jekyll, que por sinal no romance escrito por Robert Louis Stevenson são investigados por um advogado que analisa as estranhas coincidências entre ambos. Aqui pela tugalândia, a tal petição pública tem data marcada, e espero que na hora de colocar a cruz, os eleitores se lembra daquilo que está por detrás de cada símbolo...

filme de Campanha

por António Simões, em 12.09.15

Braga foi a cidade escolhida para dar o pontapé de saída à campanha eleitoral "Maratona Portugal à Frente". Quem viu as imagens pode facilmente concluir que mais do que dar o pontapé de saída, a coligação esteve mais perto de levar não com um, mas com vários pontapés no lombo. No entanto, e para ser correcto e justo pelo homem que deu o peito à pernas, PPCoelho foi sempre na dianteira enquanto que o seu companheiro se resguardava na retaguarda, a salvo do calor da refrega que a turba enfurecida descarregava sobre o actual primeiro-ministro. Se tivesse que fazer um filme que reunisse a história e a personalidade desta coligação, seria de forma resumida assim: ambos foram comandantes desta navegação tuga, que consideraram como lastro a educação, saúde e o bolso dos contribuintes, sem qualquer problema em deitar fora na hora de tirar peso do navio para este se manter à tona, sem se preocuparem com a rota da embarcação rumo à colisão que os marujos não se cansaram de avisar. No final PPortas fez como os ratos e foi o primeiro a abandonar o barco, com o comandante PPCoelho a explicar aos tripulantes o porque da embarcação estar a naufragar...

prioridades Presidenciais

por António Simões, em 11.09.15

O nosso presidente da república, fiel ao seu estilo e cumprindo integralmente a sua meta sem sair do sítio, respondeu hoje a alguns jornalistas, quando colocadas algumas questões acerca do debate eleitoral entre os candidatos mais bem colocados para a vaga de inquilino do palácio de S. Bento. De forma sucinta e plenamente esclarecedora, de uma só cajadada arrumou o assunto com, e passo a citar, "Vi uma parte do debate. Mas cabe aos comentadores avaliar, eu não vou falar". Ou seja, Cavaco não deu cavaco à contenda entre Pedro e António. Fontes bem colocadas na sala anexa à sala de estar do Palácio de Belém, garantiram a este blog que o Presidente optou pela emissão do canal de Carnaxide, que transmite em horário nobre os últimos episódios de Mar Salgado, e apimenta o telespectador com um novo enredo televisivo, novela que já conta com o seguidor Aníbal Silva. Enfim, opções individuais de cada um, que não poderão ser confundidas com as posições que cada um ocupa. Por preferir a intriga e os romances dos folhetins televisivos, preterindo um debate político ao mais alto nível, Cavaco entende que a Federação Portuguesa de Futebol fez mal em permitir a marcação de jogos de futebol com os três grandes da bola tuga, precisamente no dia das eleições. Como referiu "Fiquei surpreendido que se tenha quebrado esta tradição de não haver jogos de futebol no dia das eleições. Tendo eu anunciado o dia da eleições no dia 22 de Julho, nessa altura pensei que os organismo do futebol conseguiam encontrar calendário adequados". Ainda bem que as novelas dão no período da noite, pois pelos vistos poderia acontecer que um Presidente da República viesse a aumentar os níveis da abstenção...

defeso Diferente

por António Simões, em 28.07.15

Este ano, a juntar ao habitual defeso futebolístico onde as mudanças de clubes, contratações surpresa e renovações de vínculos laborais fazem parte do dia a dia dos clubes, e colocam os jogadores no escaparate do "mercado", temos o defeso político. Tal como no mundo do futebol, as distritais mexem os cordelinhos no "aparelho" para captar os nomes mais sonantes e promissores de votos na urna. O resultado é sempre o mesmo: em vez de candidatos autóctones, representativos dos eleitores do distrito, as listas apresentam os "cromos" que garantem à partida uma maior probabilidade de sucesso. Ou seja, são como os cartazes do circo que anunciam a presença de leões da Rodésia, tigres da Malásia ou tubarões do pacífico, sendo que no caso dos animais estando os mesmos confinados nas suas jaulas o perigo não existe, algo que está presente e ameaça o povo, no caso desses políticos que depois acabam eleitos e mandatados para fazer diabruras contra o Zé pagode. Por isso mesmo o desejável seria que o período de defeso político fosse diferente, com candidatos que realmente soubessem o que é ser de Viana, Bragança ou Vila Real de Santo António, gente da terra que verdadeiramente lutasse pelos interesses das pessoas que os elegem. Como isso não existe, fica a sugestão para que o defeso político siga à letra o significado da palavra defeso, que segundo o dicionário Priberam refere a "época em que é proibido caçar". Deixem lá isso para Outubro...

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