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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

onde estão as Pantufas

por António Simões, em 26.11.23

O rufar dos tambores começou a sentir-se, as cornetas sopraram rasgando o ar com o seu silvar, as bandeiras ondulavam e enchiam de cor um pavilhão algures em terras de Cristo-Rei e, num momento de surpresa totalmente programada, o seu nome foi anunciado levando uma turba já de si entusiasmada pelo cheiro a poleiro relativamente próximo (ou pelo menos possível só bastando para isso não fazer muita asneira) a levantar-se em uníssono. Eis então que não aparece nem Cristo nem um Rei qualquer mas sim Cavaco Silva, qual D. Sebastião resgatado das brumas da memória, salvo da pacatez de Boliqueime em nome de uma causa maior, ao som de "Paz, pão, povo e liberdade" a caminhar pelo meio de comuns mortais que queriam estar o mais próximo possível de alguém regressado do Olimpo dos Deuses, percorrendo essa amálgama de seres humanos quase do mesmo modo que Moisés fez ao separar as águas do mar, finalmente chegado ao púlpito da coroação do seu seguidor Montenegro foi então capaz de absorver a dimensão da sua presença, a primeira desde há muito tempo, e de semblante pasmado pela emoção perguntou ao seu interior "onde estão as minhas pantufas".

falhar de baliza Aberta

por António Simões, em 25.11.23

Como em muitas coisas na vida, a melhor forma de entender os complicados caminhos e nós górdios que a sociedade tece é recorrer à metáfora. Como sou um apaixonado pela bola e para poder explicar a alguém mais distraído, vou recorrer ao universo futebolístico para explicar o que penso de toda esta barafunda para onde fomos empurrados. Imaginemos o governo de Portugal como uma equipa, o Primeiro-Ministro o Treinador, o Presidente da República o dono do Portugal F.C. e a Procuradoria Geral da República o Árbitro. O Mister costa começou a sua primeira temporada totalmente focado num modelo ofensivo, conseguindo mesmo o lugar depois de um ataque brutal pela esquerda, depondo o treinador que teria sido a primeira escolha dos sócios. Os anos que se seguiram foram duros mas recorrendo ao seu número 10 - Pedro Nuno Santos - a bola foi tratada num estilo diferente do Tiki-Taka espanhol. Recorrendo ao Gerin-Gonça tuga, um modelo de jogo que não sendo uma novidade foi soberbamente maestrada por Santos, o dorsal 10 desta equipa governativa este sempre ao nível do peso da mítica camisola. O problema foi que depois de tanto se explorar o flanco esquerdo e a táctica da Gerin-Gonça, o desgaste foi inevitável e na época seguinte (2º governo) já só contou com aparições esporádicas do BE e PAN, jogadores que tal como acontece frequentemente nas equipas vencedoras de baixo orçamento viam o seu futuro noutras paragens. O cansaço deu sinal mas, com muita resiliência, a equipa governativa seguiu em frente até ao limite das suas forças. A 2ª época não chegou ao fim e os sócios, conscientes do esforço até então despendido, deram um voto de confiança e depositaram em Costa toda a sua força para um terceiro mandato. O Presidente do Portugal F.C. duvidava, mas perante tal mostra de vontade da massa adepta, acedeu em assinar mais uma temporada com Costa. Quando tudo parecia levar caminho para a baliza aberta e rematar certeiro sem qualquer oposição, eis que as lesões ceifaram os seus melhores elementos. O banco de suplentes estava cada vez mais curto, mas Costa acreditava na equipa. Contudo, depois de uma entrada perigosa de jogadores repescados da equipa B, que Costa não viu, o Árbitro da Procuradoria Geral da República mostrou o cartão vermelho. Adiantando-se ao Presidente Marcelo, costa pediu a rescisão do contrato. Portugal F.C. encontra-se agora num defeso que se prevê conturbado, e só lá para meados de Março do próximo ano é que voltará a ter treinador.

presidenciais 21

por António Simões, em 09.01.21

Os agentes políticos da actualidade tem conseguido a proeza de alcançar uma coerência ao nível do interesse que despertam nos eleitores. Até aqui chega a boa notícia e o que se segue, para além de mau, não augura nada de bom para o futuro, sendo o presente uma boa mostra do que nos espera daqui para a frente. Se as taxas de abstenção mostram de forma matemática o que pensam os eleitores da política actual, os políticos de hoje são belos exemplares da decadência de uma sociedade que em pleno século XXI se julga informada, mas que nunca esteve tão à deriva num mar de desinformação. Tudo isto é a amálgama perfeita para colocar na cadeira do poder figuras como as que hoje temos nos EUA e no Brasil, e que servem de inspiração para qualquer louco que munido pelos amigos certos e os financiamentos adequados se julgue capaz de seguir em frente, seguindo o caminho por esses outros loucos trilhado. O vírus do populismo e do discurso do ódio que julgava enterrado encontra-se mais vivo que nunca, e nesta sociedade que passa mais tempo a exercer a fisioterapia do polegar no visor de um telemóvel encontra o hospedeiro perfeito, um corpo moribundo onde o sistema imunitário já pouco reage e para o qual não parece existir vacina eficaz. Essa vacina não aparece porque aqueles que poderiam desenvolve-la estão a ficar sem tempo, talvez sem paciência, e muito provavelmente deprimidos depois de anos de luta onde julgavam ter vergado esse vírus, ocupando o seu tempo elaborando terapêuticas orientadas para levar a humanidade para a frente, no caminho da tolerância pelo próximo, pela integração de uma sociedade cada vez mais complexa, evitando caminhos sinuosos que no passado nos conduziram a tempos duros. Estas eleições presidenciais tugas são um bom exemplo disto que por aqui vou devaneando. Tendo acompanhado alguns dos debates, o de ontem entre Ana Gomes e André Ventura foi o que me levou a escrever este texto. Para além da diferença óbvia das idades onde de um lado poderia estar uma mãe e do outro um filho, para além da evidência curricular de cada um onde de um lado estão décadas de luta e trabalho e do outro pouco de mais de uma dúzia de anos a fazer pela vida, o que vi foi uma tristeza estampada no rosto de Ana Gomes, apesar do seu constante sorriso que mais não era do que um disfarce de alguém que estava a cerrar os dentes perante um oponente mal educado, inflamado, intolerante e ganancioso. Essa tristeza revela algo em que penso frequentemente. Quem como ela, e mais velha que ela, viveu no tempo da ditadura e lutou para termos direito à liberdade, como aquela que neste espaço posso exercer, deve ser tristemente angustiante ver espelhado na figura de pessoas como a que ontem tinha à sua frente num debate político aquilo a que chegamos. Deve ser revoltante reconhecer que, apesar de todo o trabalho efectuado, o ódio e o populismo que não vê meios para atingir fins está mais vivo que nunca, e mesmo ao virar da esquina para chegar ao poder. Triste, mas actual.

adeus Cavaco

por António Simões, em 22.10.15

18 dias depois do povo se pronunciar, foi a vez do Presidente falar. Depois de muitas horas de meditação, Cavaco optou pelo caminho mais fácil, e numa atitude ao melhor nível de Pôncio Pilatos deixou a decisão final para o parlamento, local onde o governo indigitado pelo Presidente se apresentará perante os restantes deputados para a crucificação final. Obviamente que de Cavaco não se poderia esperar mais do que isto. No entanto, o discurso onde anuncia que convidou PPCoelho para a formação de governo destapou o manto de isenção com que Cavaco se abrigou durante estes anos, duma vã tentativa de esconder aquilo que ele realmente é. Numa intervenção xenófoba e caciquista, o actual Presidente da República confirmou que o seu desempenho neste cargo não é ao serviço dos portugueses mas sim ao serviço do seu partido, não é ao serviço dos superiores interesses da nação mas sim ao serviço das finanças dos investidores e dos "mercados". Cavaco menosprezou cerca de 1 milhão de eleitores que colocaram a cruz nos "outros partidos", partidos que se representarão na Assembleia da República com 36 deputados democraticamente eleitos. Sem qualquer demagogia afirmo que o discurso de Cavaco roçou o totalitarismo, e apenas posso ficar grato à lei de limitação de mandatos pela certeza de que este será dos últimos, pois para estragos a infligir a este país ele já teve tempo de sobra...

o governol II

por António Simões, em 15.10.15

Grande ambiente que se continua a viver nas bancadas! O jogo iniciado no passado dia 4 continua, e encontra-se neste momento no prolongamento. O resultado final continua sem vencedor antecipado, e a qualquer momento o golo pode surgir. O rescaldo do tempo regulamentar deixa no espectador o desejo de que o espectáculo continue. Depois do apito inicial dado por Cavaco, o árbitro do encontro não tem tido grandes intervenções, e ao melhor estilo anglo-saxónico deixa a bola correr. Costa recuperou o esférico no primeiro momento, e viu as desmarcações de Jerónimo e Catarina, ambos em excelentes posições para marcar, depois de movimentos de antecipação que deixaram a defesa adversária aos papeis. No entanto com Portas a central a coligação depressa se fez novamente com o esférico, num lance que deixou algumas dúvidas aos partidos da oposição, e assim se aproxima do terreno adversário. Costa avisa Merkel, o quarto árbitro, que o lance não foi assinalado pelo árbitro, e que o PS quer um jogo limpo e seguro. Os 90 minutos terminaram em clima de crispação, e pelo que se tem visto no decorrer da contenda parece que o resultado final terá que ser decidido com o recurso à marcação de grandes penalidades.

até amanhã Camaradas

por António Simões, em 12.10.15

Calhou de iniciar a leitura desta obra em alturas de calor, com os dias cheios de actividade por onde distribuir o tempo ocioso, motivo pelo qual a mesma acabou por se alongar e terminar apenas no dia de hoje. É impossível a leitura deste livro não se misturar com a imagem de Álvaro Cunhal, e imaginar que a mão que o escreveu transmitiu para o papel toda uma história de vida, uma vida de luta, resistência e resiliência. No entanto "Até amanhã Camaradas" não poderá ser confundido com uma espécie de ensaio auto-biográfico, pois é muito mais do que isso. É um registo histórico de um movimento e de um partido, que desde os primeiros tempos da luta anti-fascista tomou as rédeas da resistência, mas também é ao mesmo tempo uma homenagem a todos os Camaradas que activamente participaram, do mais pequeno funcionário, aos quadros mais íntimos do comité central. Terminei a leitura deste belo livro num momento em que a brisa das ultimas eleições ainda corre pelos corredores do poder, brisa essa que agita a bandeira da foice e do martelo como à muito tempo não se via...

o Governol

por António Simões, em 09.10.15

As eleições de Domingo lançaram um novo jogo, que mistura a governação com o futebol. Na verdade, esta mistura entre política e futebol já poderia ter sido inventada à muito tempo, pois em ambos os casos o que é verdade hoje poderá não o ser no dia de amanhã. O povo decidiu que estava na hora deste novo desporto aparecer. Cavaco aparece logo em primeiro plano como árbitro, e fiel ao seu estilo foi célere a lançar a bola para o terreno de jogo, e mais rápido ainda em deixar o apito esquecido algures... O jogo da governação fica assim entregue à contenda entre PPCoelho e Costa, tendo como espectadores os partidos à esquerda do PS que ocupam os lugares da bancada, e PPortas, confortavelmente sentado na tribuna presidencial, longe da confusão da bancada e do calor da disputa. Até ao momento, pelo aquilo que se vê do jogo e dos seus jogadores o resultado encontra-se num empate a 0, fruto daquilo que na gíria futebolística se chama por "bola quente", fenómeno que caracteriza os atletas de fracas capacidades, que na hora de receber a bola se preocupam apenas por se desfazer dela, sem olhar muitas vezes à melhor maneira de dar seguimento ao lance...

pobre res Publica

por António Simões, em 06.10.15

Ontem 5 de Outubro de 2015, apesar de não ser feriado laboral, era dia para se comemorar implementação da República, data que marca a substituição do regime de pensão completa garantida por toda uma nação. Os inquilinos mudaram, mas os contribuintes são os mesmos. Diz o latim que o termo República se refere à "coisa pública", ou seja, a algo que é mantido por um conjunto de pessoas, e na realidade essa expressão assenta como uma luva tanto em regime monárquicos, como ditaduras, ou como aquilo que hoje em dia vivemos, classificação que ainda terá que aguardar alguns anos para que historiadores vindouros venham a catalogar. Apesar de ser o dia seguinte a umas eleições legislativas, o dia de ontem merecia melhor tratamento por parte daqueles que são no fundo os beneficiários finais - os governantes. Se no caso do governo, ou da actual oposição, a falta esteja justificada, o facto do Presidente da Republica não ter tido a dignidade de se deslocar ao local sede das comemorações, é algo que não encontra justificação plausível. Cavaco espelha como presidente aquilo que os portugueses sentem pelo país - nada. A abstenção registada nestas eleições ganhou as eleições, e o valor conseguido não deixa dúvidas algumas na hora de decidir quem deve formar governo. Poupo por isso a senhor Aníbal o trabalho de reflexão a que se dedicou um dia de aniversário do seu "Patrão", e facilito a decisão final de convocar todos os tugas que não se deram ao trabalho de se deslocar à urnas de voto, para formarem governo. Acho que é a decisão mais justa e correcta, e evita que os 37% de sadomasoquistas que acharam boa ideia votarem em Pedro e Paulo tenham contribuído para mais 4 anos de governação.

dia de Reflexão

por António Simões, em 03.10.15

Nos meus tempos de estudante existiam dois momentos que antecediam dois eventos, e sendo diferentes no seu objectivo final eram, no entanto, muito semelhantes na sua concretização. As vésperas de um jantar de curso ou o dia anterior a uma frequência, eram a prova final de uma temporada de festas e noitadas para primeiro caso, de semanas de clausura, meditação e marranço no segundo ponto. Não existindo um remédio milagroso que impedisse a ressaca, ou fosse capaz de nos tornar de um momento para o outro em Einsteins da matéria, o certo é que havia sempre algo onde depositar a esperança de um pequeno empurrão que garantisse o sucesso, ultrapassando os obstáculos a enfrentar. O Cholagut era o fiel companheiro para enfrentar os jantares, onde mais do que comer se bebia, enquanto que o café expresso era a anfetamina que estimulava os neurónios batidos do marranço, e os despertava para dar o litro na hora de colocar no papel o estudo acumulado. Hoje, dia de reflexão que antecede o dia das eleições, o melhor mesmo é sugerir que o café seja gratuitamente distribuído por esse país fora, para acordar os neurónios adormecidos de um povo que se encontra numa ressaca de quatro anos de governação ignóbil, e assim evitar o erro de votar naqueles que colocaram definitivamente Portugal na rota do terceiro mundo. Espero que ainda se vá a tempo, porque depois do mal estar feito não existirá Cholagut algum que nos valha...

sondagens Carvalho

por António Simões, em 30.09.15

Pegando nas palavras do Presidente do Sporting ""Somos mais de três milhões. Somos quase 3,5 milhões. Há uma coisa que me irrita: é que sejam os próprios sportinguistas a caírem no mito que nos prejudica nos patrocínios, naquela treta de no Benfica serem seis milhões. Não são seis milhões, nem 14 milhões, são mais ou menos 4,5 milhões" o editor chefe deste blog está em condições de afirmar que por detrás de todas as empresas de sondagens existe um Bruno Carvalho. Diz o ditado popular que "de génio e louco todos temos um pouco", e tendo em conta que não se reconhece em Bruno Carvalho a parte respectiva a génio, poder-se-á postular que as empresas de sondagens se regem por uma máxima, colocada em local de destaque no escritório, que será qualquer coisa como "de sondagens e Brunos de Carvalhos, todos fazemos um pouco".

paf à Páf

por António Simões, em 29.09.15

Existem coincidências verdadeiramente caprichosas:

- no próximo Domingo, dia de eleições legislativas, a coligação que olhou de frente os deputados desde 2011 vai ter a sua Prova de Avaliação Final, conhecida no meio dos cursos de formação pela sigla PAF. Ou seja, a PàF vai ter a sua PAF.

- a escolha do slogan e sigla para estas eleições acaba por ser uma onomatopeia que facilmente se pode parodiar. Assim, espero que na hora de colocar a cruz, os eleitores se lembrem da carga de pancada que os seus bolsos e as suas carteiras tem sentido nos últimos anos, e retribuam no Domingo com os devidos e justos juros. Por isso mesmo aguardo pacientemente que o eleitorado faça o mesmo que Obelix e companhia faziam aos Legionários Romanos, e dêem uma carga de PAFs à PáF.

voto Útil

por António Simões, em 28.09.15

Acho que qualquer voto é útil, seja ele em branco, num partido, ou mesmo numa coligação que governou o país durante quatro anos e que procura novo mandato para sugar o que resta da carcaça que noutros tempos se chamou Portugal. No entanto esta terminologia é muitas vezes usadas pelos dois partidos do chamado "arco da governação", para orientar o eleitorado indeciso na hora de colocar a cruz. O resto dos partidos vê este voto útil como uma afronta ao regime democrático, e não se poupam em esforços para mostrar que qualquer voto é útil. Eu concordo, na medida em que só o simples facto de votar é mostrar respeito por todos aqueles que lutaram pelo direito mais sagrado do regime menos mau de todos os que existem para orientar a geneticamente desorientada sociedade humana. O problema é que na direita não existe dispersão de eleitorado, ao contrário da esquerda tuga que se digladia numa autêntica autofagia. A esquerda que temos ao dispor é o melhor aliado da direita, e os discursos de Catarina Martins e Jerónimo de Sousa fazem com que eu mude de opinião, e chegar à conclusão que de facto nem todos os votos são úteis...

país do Défice

por António Simões, em 23.09.15

Não será necessário efectuar uma pesquisa exaustiva, para chegar à conclusão que a tugalândia é neste momento o país do défice. Seria maçador, e porventura assustador, aqui classificar todos os défices que grassam nos números do INE, mas hoje mesmo veio à luz do dia a mais recente actualização do défice público de 2014, registando valores semelhantes aos de 2011. Ou seja, depois de 4 anos de purgas e sangrias efectuadas por este governo, de um modo que já não se fazia desde os tempos da idade média, estamos na mesma, e não querendo usar o vernáculo, direi que continuamos no pântano... O certo é que confirmado-se o cenário grotesco que as sondagens antecipam, a vitória da coligação PàF no dia das eleições trás um novo défice ao portefólio dos défices tugas - o défice de atenção do eleitorado. Esta patologia é uma vertente da actual PHDA, pelo que como ainda não existem estudos epidemiológicos que permitam estabelecer uma terapêutica adequada, o melhor mesmo é distribuir ritalina e concerta (podendo optar pelo genérico) entre o eleitorado tuga, esperando que ainda se vá a tempo de evitar uma catástrofe eleitoral...

petição Pública

por António Simões, em 14.09.15

As imagens de sábado passado podem muito bem marcar não só o inicio da campanha política, como (espero eu) o resto da campanha eleitoral até ao dia das eleições. Apertadinho, Passos deu mostras daquilo que ele realmente é, um medíocre governante que se escuda das suas dificuldades, no controlo da situação. Quando colocado à prova a sua tremenda falta de recursos vem ao de cima, e a resposta que deu a um desgraçado da sua própria governação foi no mínimo caricata, e no máximo uma verdadeira afronta não só a essa pessoa, como a todos os outros lesados do finado BES que não precisam de advogado algum para provar que a razão está do lado deles. A sua resposta foi uma espécie de conto à moda de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, com o Pedro governante a fazer de Mr Hyde, e o Pedro cidadão a fazer de Dr. Jekyll, que por sinal no romance escrito por Robert Louis Stevenson são investigados por um advogado que analisa as estranhas coincidências entre ambos. Aqui pela tugalândia, a tal petição pública tem data marcada, e espero que na hora de colocar a cruz, os eleitores se lembra daquilo que está por detrás de cada símbolo...

filme de Campanha

por António Simões, em 12.09.15

Braga foi a cidade escolhida para dar o pontapé de saída à campanha eleitoral "Maratona Portugal à Frente". Quem viu as imagens pode facilmente concluir que mais do que dar o pontapé de saída, a coligação esteve mais perto de levar não com um, mas com vários pontapés no lombo. No entanto, e para ser correcto e justo pelo homem que deu o peito à pernas, PPCoelho foi sempre na dianteira enquanto que o seu companheiro se resguardava na retaguarda, a salvo do calor da refrega que a turba enfurecida descarregava sobre o actual primeiro-ministro. Se tivesse que fazer um filme que reunisse a história e a personalidade desta coligação, seria de forma resumida assim: ambos foram comandantes desta navegação tuga, que consideraram como lastro a educação, saúde e o bolso dos contribuintes, sem qualquer problema em deitar fora na hora de tirar peso do navio para este se manter à tona, sem se preocuparem com a rota da embarcação rumo à colisão que os marujos não se cansaram de avisar. No final PPortas fez como os ratos e foi o primeiro a abandonar o barco, com o comandante PPCoelho a explicar aos tripulantes o porque da embarcação estar a naufragar...

prioridades Presidenciais

por António Simões, em 11.09.15

O nosso presidente da república, fiel ao seu estilo e cumprindo integralmente a sua meta sem sair do sítio, respondeu hoje a alguns jornalistas, quando colocadas algumas questões acerca do debate eleitoral entre os candidatos mais bem colocados para a vaga de inquilino do palácio de S. Bento. De forma sucinta e plenamente esclarecedora, de uma só cajadada arrumou o assunto com, e passo a citar, "Vi uma parte do debate. Mas cabe aos comentadores avaliar, eu não vou falar". Ou seja, Cavaco não deu cavaco à contenda entre Pedro e António. Fontes bem colocadas na sala anexa à sala de estar do Palácio de Belém, garantiram a este blog que o Presidente optou pela emissão do canal de Carnaxide, que transmite em horário nobre os últimos episódios de Mar Salgado, e apimenta o telespectador com um novo enredo televisivo, novela que já conta com o seguidor Aníbal Silva. Enfim, opções individuais de cada um, que não poderão ser confundidas com as posições que cada um ocupa. Por preferir a intriga e os romances dos folhetins televisivos, preterindo um debate político ao mais alto nível, Cavaco entende que a Federação Portuguesa de Futebol fez mal em permitir a marcação de jogos de futebol com os três grandes da bola tuga, precisamente no dia das eleições. Como referiu "Fiquei surpreendido que se tenha quebrado esta tradição de não haver jogos de futebol no dia das eleições. Tendo eu anunciado o dia da eleições no dia 22 de Julho, nessa altura pensei que os organismo do futebol conseguiam encontrar calendário adequados". Ainda bem que as novelas dão no período da noite, pois pelos vistos poderia acontecer que um Presidente da República viesse a aumentar os níveis da abstenção...

defeso Diferente

por António Simões, em 28.07.15

Este ano, a juntar ao habitual defeso futebolístico onde as mudanças de clubes, contratações surpresa e renovações de vínculos laborais fazem parte do dia a dia dos clubes, e colocam os jogadores no escaparate do "mercado", temos o defeso político. Tal como no mundo do futebol, as distritais mexem os cordelinhos no "aparelho" para captar os nomes mais sonantes e promissores de votos na urna. O resultado é sempre o mesmo: em vez de candidatos autóctones, representativos dos eleitores do distrito, as listas apresentam os "cromos" que garantem à partida uma maior probabilidade de sucesso. Ou seja, são como os cartazes do circo que anunciam a presença de leões da Rodésia, tigres da Malásia ou tubarões do pacífico, sendo que no caso dos animais estando os mesmos confinados nas suas jaulas o perigo não existe, algo que está presente e ameaça o povo, no caso desses políticos que depois acabam eleitos e mandatados para fazer diabruras contra o Zé pagode. Por isso mesmo o desejável seria que o período de defeso político fosse diferente, com candidatos que realmente soubessem o que é ser de Viana, Bragança ou Vila Real de Santo António, gente da terra que verdadeiramente lutasse pelos interesses das pessoas que os elegem. Como isso não existe, fica a sugestão para que o defeso político siga à letra o significado da palavra defeso, que segundo o dicionário Priberam refere a "época em que é proibido caçar". Deixem lá isso para Outubro...

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