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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

tempo dos Tontos

por António Simões, em 08.09.17

Depois de ter escrito o post de ontem, fiquei a matutar na ideia final. A Silly Season, ou no nosso bom e velhinho tugalês "temporada dos tontos", é aquele tempo definido pela ausência de volume informativo capaz de alimentar a produção diária dos meios de comunicação, típico do tempo estival onde a grande parte dos elementos de decisão se encontram em balanço ou de férias, o que para muitos deles é o mesmo que o dia-a-dia, só que de forma oficial. No entanto este tempo está em vias de extinção, pois tontos, tolos e estúpidos não faltam por este mundo fora, principalmente nas altas esferas de nações tão opostas como a Coreia do Norte e os Estados Unidos. Enquanto que no norte da península coreana fazem explodir bombas de hidrogénio e o povo se manifesta com júbilo e fogo de artifício, nas terras do Tio Sam o o presidente usa uma rede social cuja tradução à letra significa "tagarelice" para se manifestar acerca dos ventos pirotécnicoS que sopram do lado de lá do oceano, que até ao momento ainda se encontra classificado como "Pacífico". Por estas, e por muitas outras, a Silly Season está aberta para o ano inteiro...

o princípio do Fim

por António Simões, em 01.06.17

No dia 20 de Janeiro deste ano, publiquei um artigo com o título igual ao de hoje, com uma pequena diferença - o ponto de interrogação. Nesse dia, data em que Donald Trump tomou posse do cargo de Presidente dos E.U.A., a interrogação era uma figura de estilo que dava o beneficio da dúvida para um indivíduo que até então não se cansava de dar argumentos para eu, tal como muitos outros, ter a certeza do caminho que iria seguir. Hoje, poucos meses após esse dia, a interrogação já não faz sentido e Trump fez questão não só de rasgar os Acordos de Paris, como também destruir por completo a sua presunção de inocência, e argumento algum  pode justificar o fim de algo que tanto custou a conseguir. Negar as evidências do dia-a-dia e os avisos da comunidade cientifica internacional é algo que já não acontecia desde o tempo em que Galileu afirmou que a terra era redonda e orbitava à volta do sol, e tendo decorridos quase 500 anos desde esses tempos parece que a Inquisição sendo algo de um passado muito longínquo surge agora encarnada na figura de Donald Trump. A divina providência, no seu sentido de humor muito peculiar, proporcionou que o anuncio oficial ao mundo fosse feito no dia de hoje, dia mundial da Criança. No dia em que celebramos os seres humanos do amanhã, o mundo assistiu desde a primeira fila a um regresso ao passado de despotismo, arrogância e intolerância, verdadeiras setas apontadas ao coração desta velhinha terra que infelizmente não parece ter muita mais capacidade para aguentar a estupidez da raça que deveria ser sapiens, mas que no fundo é a menos inteligente de todas as criaturas que aqui habitam.

estilo Diferente

por António Simões, em 25.05.17

Poderia divagar nas minhas minudências de argumentação, mas penso que o leitor ficará muito melhor servido se o próprio ler e comparar as mensagens que dois presidentes dos E.U.A. em anos diferentes deixaram no mesmo local - o Museu do Holocauto de Israel:

Barack Obama (2008) "Estou agradecido a Yad Vashem e aos seus responsáveis pela sua extraordinária instituição. Num tempo de grande perigo e promessas, guerra e progresso, estamos abençoados por ter uma recordação tão poderosa da capacidade humana em criar tanto mal, mas também da nossa capacidade de nos levantarmos e ultrapassar uma tragédia para reconstruir o nosso mundo. Os nossos filhos devem aqui vir e aprender a história, para que possam conosco unir-se e proclamar "nunca mais". E recordemo-nos daqueles que nos deixaram, não só como vítimas, mas também como indivíduos que tiveram esperança, amaram e sonharam como todos nós, e que se converteram em símbolos do espírito humano"

Donald Trump (2017) "É uma grande honra estar aqui com todos os meus amigos - é inacreditável, nunca o esquecerei".

As semelhanças são tão poucas, que caso o leitor tenha dúvida pode ver as mesagens escritas pelo punho de cada um em http://metro.co.uk/2017/05/23/trumps-words-at-the-holocaust-museum-have-been-contrasted-with-obamas-words-6656267/

twitter Trump

por António Simões, em 17.05.17

É certo que a cadeira já está aquecida, e a caneta já deve ter sido recarregada de tinta depois de tantos despachos a "despachar" o trabalho que Barack Obama desenvolveu ao longo dos seus dois mandatos, acabando com uma política que pelo menos durante uns tempos fez dos E.U.A. um país minimamente decente, mas o facto preponderante é que a procissão ainda vai no adro, e estes poucos meses em que Donald Trump anda a brincar aos presidentes só confirmam as piores previsões possíveis, e não permitem que se possa estipular um futuro, perante a neblina que a atitude de um mentecapto não para de lançar sobre tudo e sobre todos, com clara tendência para se tornar cada vez mais cerrada. Só agora, depois do mal estar feito, é que começa alguma contestação. Seria positivo para a humanidade que essa contestação fosse contra o fim do Obamacare, contra a construção do muro na fronteira mexicana, ou contra a ausência mais que certa dos E.U.A. dos acordos de Paris. Mas não. Trump começa a ser contestado pela suas deliberações governativas em sede do Twitter, ou pelas supostas fugas de informação para os "amigos" Russos. É caso para dizer "estes americanos estão loucos". Que estavam à espera?! Que sendo presidente deixaria de usar essa rede social como sempre usou durante a campanha, ou que não pagasse o cheque pelos favores que os "amigos" lhe fizeram ao se meterem pela porta dos fundos nas passadas eleições. Meteram-no lá! Agora levem com o twitter Trump até ao fim.

aprender com a História

por António Simões, em 26.01.17

Os dois grandes conflitos à escala mundial tiveram muito pouco em comum, para além do óbvio facto de serem mundiais e de terem dado origem a uma mortandade como nunca se viu, provocada pelo que há de pior no ser humano - o ódio. Em 1914 bastou um jovem sérvio disparar sobre um arquiduque para se começarem a cavar as trincheiras, pois nessa altura o conflito estava mais que iminente e quase que existia um acordo tácito para se pegarem nas armas. Em 1939 a situação foi bem diferente, e a guerra foi protelada o mais que se pode pois durante uma década o mundo ignorou o que se passava na Alemanha, assobiando para o lado enquanto a tinta amarela se encarregava de marcar a Estrela de David em todo quanto fosse propriedade de Judeus. Pouco depois de Neville Chamberlain assinar o Acordo de Munique, militares e civis alemães levaram a cabo a Kristallnacht, e apenas volvido um ano as tropas de Hitler invadiam a Polónia colocando fim à paz podre que então reinava. 70 anos após estes últimos acontecimentos não sei em que ponto estamos, mas nunca tive tanta certeza como hoje que de facto o homem não aprende com a história. A presidência de Trump não conta com uma semana, e de repente o clima mudou completamente. A tolerância e a solidariedade deram lugar à impertinência e à prepotência que no fundo caracteriza essa grande nação que são os EUA, e que agora contam com um mentecapto para os liderar, num caminho cujo destino é desconhecido, mas que me parece não conduzir a nada de bom. A história está escrita, mas o futuro é uma terrível incógnita.

sermão por Encomenda

por António Simões, em 21.01.17

Ainda não tinha tomado posse como Presidente dos EUA e a sua influência já se fazia sentir. Horas antes da cerimónia oficial, e ao melhor estilo tradicional americano, Trump e família assistiram a uma missa que não sendo a de Domingo teve na mesma direito a sermão, não cantado mas totalmente encomendado. O pároco da cerimónia fez questão de imitar o seu "amigo" de longa data e partilhou com o mundo o conteúdo do sermão proferido, através da sua conta pessoal no twitter: "Quando penso em si, Presidente-eleito Trump, lembro-me de outro grande líder que Deus escolheu há milhares de anos em Israel. O primeiro passo da reconstrução da nação (de Jerusalém) foi construir um grande muro. Deus disse a Neemias para construir um muro em redor de Jerusalém para proteger os seus cidadãos dos ataques dos inimigos. Vejamos, Deus não é contra a construção de muros!”. Abençoado pela paróquia local Donald Trump pode assim encomendar o cimento e os tijolos para a construção do muro na fronteira com o México. O mundo continua a não aprender com os erros do passado, e a alegria pela queda do muro de Berlim já faz parte do passado, depois de ser obnubilada pelo muro em Israel, e por esta terrível ameaça que parece assumir cada vez mais os contornos de uma triste certeza.

o princípio do Fim?

por António Simões, em 20.01.17

O dia de hoje fica marcado para a história pela tomada de posse de Donald Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Nunca na sua recente história esse país que a fortuna conduziu ao papel de principal potência mundial viu o que se seguirá. Do que até agora se sabe, é que as chaves da Casa Branca ficam a cargo de Donald Trump e a sua equipa criteriosamente seleccionada, que se apresenta como uma extensão da sua maneira de ser e dos seus insanes devaneios. Trump chega à sala oval depois de se sujeitar a umas eleições onde se apresentou tal e qual como ele é, conseguindo uma vitória eleitoral que não se traduziu pela maioria dos votos. Chegam também aos restantes gabinetes o seu séquito, com indivíduos de calibre tão ou mais irascível que o seu chefe: um que no ano passado investiu em acções de seis empresas farmacêuticas poucos antes de promover legislação no Congresso que as beneficiava; o escolhido para o Departamento do Trabalho é um rico executivo que combate o aumento do salário mínimo e outras medidas laborais de Barack Obama; a Agência de Protecção do Ambiente terá alguém que manifesta extremo cepticismo em relação às alterações climáticas, chegando depois de uma campanha a procurador-geral de Oklahoma, patrocinada por alegados donativos da indústria do gás e do petróleo; o Departamento da Educação terá uma multimilionária que é acusada de ter lutado toda a vida pela privatização da educação pública e minar o investimento nas escolas públicas; o Departamento da Energia contará com alguém que disse nas primárias de 2011 que o Departamento da Energia deveria acabar; Stephen K. Bannon que será o seu estratega chefe, é considerado um explosivo agitador mediático, e é conhecido pelo seu historial de comentários ofensivos contra os judeus, muçulmanos e afroamericanos; Michael Flynn que ocupará o cargo de assessor principal de segurança nacional fez afirmações sobre o islamismo, religião que define como “ideologia política” e que chegou a comparar a um “cancro maligno; por fim o director da CIA defende uma política de "mão dura". Perante isto, eu apenas espero que este pessoal sejam no fundo uns cordeirinhos que neste momento vestem a pele de Lobo, ou então temo muito que isto seja o princípio do fim.

é Cruel

por António Simões, em 02.03.16

O tempo para por aqui escrever não tem sido muito, ou para ser mais franco - nenhum. Mas face aos resultados da terça feira eleitoral nos EUA, não poderia deixar de efectuar um pequeno comentário. Estas ainda são as eleições primárias, mas pelo andar da carruagem, aquilo que até agora começou como uma anedota, passou a fase de ameaça, e neste momento assume o protagonismo do lado republicano. As eleições são deles, dos estado-unidenses, mas tendo em conta a mania de grandeza e o gosto por meter a foice na seara alheia, o resultado final tem que preocupar ao resto do mundo. E de facto, Donald Trampa, perdão, Trump, é neste momento uma escolha possível para eleitores. Trump estaria para o cargo presidencial nos EUA, como Manuel João Vieira está para o cargo presidencial aqui na tugalândia. Fica assim demonstrado, que no que ao bom senso diz respeito, aqui por estas bandas o pessoal dá 5-0 aos habitantes da terra que por momentos se julgou tratar da antiga Índia, dos sultões e das especiarias. O antigo vocalista dos Ena Pá 2000 estaria longe de pensar que a música "És Cruel" poderia encaixar tão bem num possível futuro candidato ao cargo de presidente dos Estados Unidos da América:

És cruel
Meteste a tua filha num bordel
Enforcaste o teu caniche a um cordel
És cruel

És tarado
Pintaste o sexo cor de rebuçado
No circo tu serias um achado
És tarado

És um porco imundo,
Quando queres vais até ao fundo
Não sei onde vais parar

És ignóbil
Não sei qual é que é o teu móbil
És um reciclado de Chernobil
És ignóbil

És vaidoso
Meteste uma pompom na tua franja
Sabes que ainda o dia é uma criança
És vaidoso

És um porco imundo
Quando queres vais até ao fundo
Não sei onde vais parar

És obtuso
Lavas a tua tromba com água do Luso
O teu nariz é como um parafuso
És tarado

És obsceno
Os teus olhos diz que ele é um veneno
Encharcas-te com vinho do Reno
És cruel

És um porco imundo
Quando queres vais até ao fundo
Não sei onde vais parar

És um porco imundo
Quando queres vais até ao fundo
Não sei onde vais parar

Não sei onde vais parar

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