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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

valores de Hoje

por António Simões, em 10.10.18

Muita tinta tem corrido desde o momento em que uma alegada vítima se libertou de umas alegadas grilhetas, devidamente apertadas por um alegado contrato de confidencialidade, documento que alegadamente existe e que terá sido assinado pela própria e por um alegado agressor, pessoa que não é de todo desconhecida para a opinião pública mundial, que prontamente se polarizou numa onde de solidariedade, seja do ponto de vista da suposta vítima seja do lado do possível agressor. O assunto terá o seu desenvolvimento, e não tendo qualquer opinião em relação a qualquer dos lados acho que até ao momento subscrevo totalmente as palavras de António Costa, acreditando num dos pilares do estado de direito e da justiça que defende que até prova em contrário todos temos direito à presunção de inocência, ficando a cargo das autoridades o escrutínio da verdade. O que me deixe verdadeiramente intrigado, ou melhor, estupefacto, é a diferente reacção da sociedade sobre este assunto, em relação a outro(s) que envolve(m) também a figura masculina do presente caso. Perante algo que ainda não sabemos o que é, as opiniões surgem, os debates são feitos em horário nobre, os defensores e os detractores digladiam-se numa contenda de argumentos sobre uma coisa que só duas pessoas sabem verdadeiramente a verdade nua e crua, o mesmo não se tendo passado em relação ao momento em que o mundo soube da descendência mono-parental de um dos maiores astros do fenómeno desportivo mundial, num verdadeiro atropelo documentado e evidente em relação à decência e aos direitos de quem pisa esta esfera. Enfim, valores de hoje num mundo cada vez mais decadente e privado de ventos de bom senso...

cretinismo Mundial

por António Simões, em 21.03.18

Pode ser pouco, muito pouco ou insignificante o alcance, mas o prazer que tenho de partilhar as minhas ideias com quem as quiser ler é algo que me transcende, colocando-me assim a jeito para pertencer a essa nova filosofia de vida que é dogma para a nossa sociedade actual - o cretinismo. No entanto, sendo um singular incógnito que apesar de tudo pode muito bem ser identificado, essa doutrina não tem em mim um atento seguidor, apenas podendo ser confundida pelo fruto das circunstâncias. O que não é coincidência é o que eu vejo todos os dias, e que me leva a pensar mais uma vez onde está a consciência colectiva ou, para não ser tão abrangente, pelo menos uma ou duas consciências que partilhem da minha opinião mas que tenham uma projecção que pudessem colocar a pensar essa adormecida consciência colectiva. Os exemplos são vários, mas como são recentes as declarações de Cristiano Ronaldo na gala "Quinas de Ouro" fico por este caso concreto. Pedir ao jogador que já mais do que conquistou o seu direito a pertencer à História dos Deuses do Futebol que tenha um discurso de prémio Nobel é estúpido, pedindo apenas algo tão simples e singelo como o exemplo. E nesse aspecto Cristiano Ronaldo é apenas mais um cretino da nossa sociedade confortavelmente estabelecida no cretinismo patológico. Poderia ter sido num registo humorístico que ouvi dizer "três filhos em quatro meses é mais um recorde", mas tendo em conta que falamos de crianças acho que é demasiado grave, e comparar o milagre da vida a acertar com uma bola no fundo das redes é do mais cretino que se poderia ouvir. A sociedade ouviu, riu e aplaudiu, o que até está bem certo porque nada melhor do que um conjunto de cretinos para reconhecer outro semelhante.

aeroporto Cristiano

por António Simões, em 29.03.17

Um aeroporto é muito mais do que aquilo que se pode encontrar no dicionário como definição. É um local marcante de chegadas e partidas, uma porta de entrada para uma cidade ou para um país totalmente diferente de qualquer outra via ou meio, um espaço ciente das suas dimensões e dos seus limites, um território que frequentemente se funde numa torre de babel de transeuntes que se movimentam pelos mais diversos motivos. Como qualquer outro imóvel de interesse público, a atribuição de um nome nunca pode ser feita de forma leviana. Seja qual for a homenagem ou o homenageado, a escolha de um nome deve carregar um simbolismo que é uma espécie de espelho de todos aqueles que dele fazem parte - o povo. Se fizermos uma volta ao mundo poderemos encontrar bons e belos exemplos disso mesmo:

- Aeroporto Humberto Delgado, Lisboa - um homem que a seu tempo se encarregou de fazer frente ao "regime";

- Aeroporto Charles de Gaulle, Paris - o General com o qual os franceses sempre contaram ao longo de muitos anos;

- Aeroporto Otto Lilienthal, Berlim - alemão conhecido por ser um grande pioneiro da aviação;

- Aeroporto Leonardo da Vinci, Roma - o génio da história, e uma das maiores marcas deixadas pelo renascimento;

- Aeroporto José Marti, Santiago de Cuba - mártir na luta pela independência contra os colonizadores de Cuba;

- Aeroporto John F. Kennedy - uma esperança nos tempos difíceis da guerra fria, que não chegou a conhecer os cantos à Sala Oval;

- Aeroporto Oliver Tambo, Joanesburgo - fundador do ANC, foi junto com Nelson Mandela uma figura de incontornável importância na luta contra o Apartheid.

A atribuição do nome de Cristiano Ronaldo ao Aeroporto do Funchal faz parte de uma histeria colectiva que parece não ter fim, alimentada pela paranóia e mediocridade que paulatinamente vai minando a opinião pública. Estou convicto da importância desse grande astro do futebol e reconheço a sua força, vontade e capacidade de trabalho que lhe permitiu chegar onde chegou sempre com uma inabalável vontade de conseguir mais e melhor. Contudo, dar tamanha importância a um "miúdo" de 32 anos que mais não faz do que cumprir de forma zelosa a sua profissão é algo com o qual não posso concordar. Isto é menosprezar tanta coisa que seria difícil e exaustivo catalogar. A jogada que está por detrás desta "homenagem" é a prova viva que nos dias de hoje vale tudo, sendo a bandeira dos valores recolhida e arrumada no baú das recordações, para se erguer agora no baluarte principal a bandeira tricolor da volúpia, da soberba e da altivez.

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