pobre res Publica
Ontem 5 de Outubro de 2015, apesar de não ser feriado laboral, era dia para se comemorar implementação da República, data que marca a substituição do regime de pensão completa garantida por toda uma nação. Os inquilinos mudaram, mas os contribuintes são os mesmos. Diz o latim que o termo República se refere à "coisa pública", ou seja, a algo que é mantido por um conjunto de pessoas, e na realidade essa expressão assenta como uma luva tanto em regime monárquicos, como ditaduras, ou como aquilo que hoje em dia vivemos, classificação que ainda terá que aguardar alguns anos para que historiadores vindouros venham a catalogar. Apesar de ser o dia seguinte a umas eleições legislativas, o dia de ontem merecia melhor tratamento por parte daqueles que são no fundo os beneficiários finais - os governantes. Se no caso do governo, ou da actual oposição, a falta esteja justificada, o facto do Presidente da Republica não ter tido a dignidade de se deslocar ao local sede das comemorações, é algo que não encontra justificação plausível. Cavaco espelha como presidente aquilo que os portugueses sentem pelo país - nada. A abstenção registada nestas eleições ganhou as eleições, e o valor conseguido não deixa dúvidas algumas na hora de decidir quem deve formar governo. Poupo por isso a senhor Aníbal o trabalho de reflexão a que se dedicou um dia de aniversário do seu "Patrão", e facilito a decisão final de convocar todos os tugas que não se deram ao trabalho de se deslocar à urnas de voto, para formarem governo. Acho que é a decisão mais justa e correcta, e evita que os 37% de sadomasoquistas que acharam boa ideia votarem em Pedro e Paulo tenham contribuído para mais 4 anos de governação.