os Ratings
Como que regressados de um passado recente, os ratings são novamente servidos no prato das notícias. Desde os tempos do PEC IV, e da posterior intervenção do FMI encomendada pelo grupos parlamentares da periferia do hemiciclo, que não se ouvia falar das agências de notação financeira. Saciadas as agências, e acalmados os "mercados", com a tugalândia devidamente catalogada de "Lixo", os anos de governação passista e portista decorreram de uma forma serena, navegando ao sabor das correntes dos investidores, devidamente presenteados com um país que se auto-flagelou na expiação dos pecados de ter vivido acima das suas possibilidades. Com o estado social devidamente desmantelado, e a via verde atribuída gratuitamente aos abutres do capital para livremente circularem, a tugalândia era o país ideal. No entanto surgiram estas eleições que apesar de não terem sido um terramoto de proporções épicas, deixaram réplicas que ainda hoje se fazem sentir, e que continuarão por mais uns tempos. Será pois este "perigo" iminente que agita agora novamente os "mercados", e que faz as agências de rating virarem-se novamente para estas nossas bandas, no preciso momento em que coisas como a reposição dos direitos dos trabalhadores surgem na ordem do dia. Neste momento entre as ondas sísmicas que a esquerda provoca, e o proteccionismo de agências ao serviço do capitalismo, eu, simples empregado, não tenho dúvidas de que perigos me devo abrigar...