o princípio do Fim?
O dia de hoje fica marcado para a história pela tomada de posse de Donald Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Nunca na sua recente história esse país que a fortuna conduziu ao papel de principal potência mundial viu o que se seguirá. Do que até agora se sabe, é que as chaves da Casa Branca ficam a cargo de Donald Trump e a sua equipa criteriosamente seleccionada, que se apresenta como uma extensão da sua maneira de ser e dos seus insanes devaneios. Trump chega à sala oval depois de se sujeitar a umas eleições onde se apresentou tal e qual como ele é, conseguindo uma vitória eleitoral que não se traduziu pela maioria dos votos. Chegam também aos restantes gabinetes o seu séquito, com indivíduos de calibre tão ou mais irascível que o seu chefe: um que no ano passado investiu em acções de seis empresas farmacêuticas poucos antes de promover legislação no Congresso que as beneficiava; o escolhido para o Departamento do Trabalho é um rico executivo que combate o aumento do salário mínimo e outras medidas laborais de Barack Obama; a Agência de Protecção do Ambiente terá alguém que manifesta extremo cepticismo em relação às alterações climáticas, chegando depois de uma campanha a procurador-geral de Oklahoma, patrocinada por alegados donativos da indústria do gás e do petróleo; o Departamento da Educação terá uma multimilionária que é acusada de ter lutado toda a vida pela privatização da educação pública e minar o investimento nas escolas públicas; o Departamento da Energia contará com alguém que disse nas primárias de 2011 que o Departamento da Energia deveria acabar; Stephen K. Bannon que será o seu estratega chefe, é considerado um explosivo agitador mediático, e é conhecido pelo seu historial de comentários ofensivos contra os judeus, muçulmanos e afroamericanos; Michael Flynn que ocupará o cargo de assessor principal de segurança nacional fez afirmações sobre o islamismo, religião que define como “ideologia política” e que chegou a comparar a um “cancro maligno; por fim o director da CIA defende uma política de "mão dura". Perante isto, eu apenas espero que este pessoal sejam no fundo uns cordeirinhos que neste momento vestem a pele de Lobo, ou então temo muito que isto seja o princípio do fim.