o Kindergarten
O modo como estão a ser conduzidas as negociações com o novo governo Grego, juntamente com o fogo cruzado que se tem vindo a registar entre partes que até ao momento só se lembravam que o outro existia quando era necessário recorrer a estatísticas para respirar de alívio, confirmando que a desgraça própria não era tão grave como a alheia, leva-me a efectuar um paralelismo entre as reuniões do eurogrupo, e um jardim infantil, ou como se diz em terras germânicas - o Kindergarten. Administrado por um reitor autero e severo, Wolfgang Shauble, este Kindergarten europeu tem nos alunos do sul os elementos desestabilizadores da turma, cabendo à professora Merkel o papel de os colocar na linha, seguindo as orientações ditadas pelo reitor. O problema foi a chegada do novo aluno grego, que parece não querer obedecer, nem quando colocado sob ameaça do castigo de ficar sem hora do recreio. Desde que chegou, a sua postura foi imediatamente denunciada pelo choninhas do grupo, o aluno português, que não se conteve na hora de fazer queixa à professora. Quanto a mim, estou do lado do grego... nunca gostei de tipos que acusam o parceiro do lado...