o Conclave
Em plena crise política, inédita na tugalândia, o nosso presidente da República (a minúscula não é engano...) depois de um SPA na ilha da Madeira resolveu marcar uma espécie de Conclave, convocando para o efeito membros das mais diversas esferas de influência da sociedade, representantes dos sindicatos dos trabalhadores, pessoal do pilim e da massa, e partidos políticos. O Palácio de Belém fez as vezes de Capela Sistina, e até ao momento o único fumo que saiu dessas reuniões foi o da cabeça de Cavaco. O senhor não foi feito para estas andanças, e o eleitorado e os políticos poderiam ter em conta a sua falta de capacidade e incompetência para a gestão deste cargo, e deveriam ter evitado chegar a este ponto. Depois de 10 anos a governar com maioria absoluta no tempo das vacas obesas, Cavaco apresentou-se ao eleitorado para chegar à Presidência da República pensando que o cargo seria uma espécie de retiro pré-reforma, igual ao dos jogadores de futebol que acabam os seus dias num campeonato do Qatar ou dos EUA quaisqueres. Agora que está quase a plantar couves, agriões e laranjeiras no seu quintal de Boliqueime, o povo quis que pelo menos uma vez na sua carreira política fizesse algo de verdadeiramente arrojado. Teve a sua oportunidade e perdeu-a, ficando agora o país pendente do Conclave que esta semana se realizou, e esperar que o fumo final seja branco, porque o fumo preto da cabeça do presidente já começa a perigar as quotas de emissão de gazes de estufa...