liga dos Campeões
Ontem foi noite de pontapé na bola para o início dos quartos de final da competição mais falada a nível mundial e, por consequência disso mesmo, a nível europeu, podendo mesmo arriscar que esse facto acaba por fazer uma espécie de efeito dominó neste rectângulo triste e medíocre à beira-mar plantado. Pelo que vi do único jogo que me interessa, onde se encontravam frente a frente uma equipa conhecida por ser da cidade onde existe a passagem de peões mais fotografada da história da humanidade e outra equipa duma cidade que teve a honra de dar o nome ao país que tão dela se esquece, só posso concluir uma única coisa - foi um jogo de campeões. Campeões da importância do dinheiro e da sua capacidade de fazer esquecer penáltis e entradas dignas de um processo judicial de ofensa à integridade física, mas não só... Ouvir os comentários da equipa de reportagem da TVI num jogo em que estava presente uma equipa tuga, é algo verdadeiramente ofensivo, mas ao mesmo tempo tão tipicamente português, que merece estar na linha da frente da Liga dos Campeões, mas dos últimos. Ultrapassado que deveria estar o síndrome de D. Sebastião, ainda não se descobriram remédios para duas doenças nacionais: por um lado, o tradicional síndrome de inferioridade tão marcadamente tuga em que se prefere a porcaria que vem de fora preterindo tudo o que é nacionalmente bom, pensando que desse modo se é mais inteligente que os outros; por outro lado, a falta de memória e de honestidade para com ela mesma. Em jogo estava o Futebol Clube do Porto, um clube que não sendo do regime foi capaz de vergar as contrariedades auto-impostas por uma sociedade tacanha, de visões curtas e comodismo exacerbado por anos onde sempre teve alguém que por ela mesmo pensava, e que passados tanto tempo de liberdade ainda conserva de forma pútrida um conservadorismo estúpido, bacoco, mas realmente tão tipicamente tuga. Respeito se faz favor que o Futebol Clube do Porto é o melhor... carago!