galegos da Fronteira
Foi na faculdade que tive pela primeira vez em toda a minha vida a interiorização completa do facto de viver na fronteira com Espanha, ou como gosto mais de dizer, na raia. Várias vezes era chamado à atenção pela minha pronúncia, ou mesmo pelo tipo de víveres que trazia do fim-de-semana, nos quais se destacava o chouriço revilha, que misteriosamente desaparecia do frigorífico... O pessoal da mouraria até me classificava como Galego, face à distância entre ambos, sendo a minha terra Natal tão contígua com a Galiza. Até aqui tudo bem, pois com o escárnio humano posso eu muito bem. Não estava à espera era do que ontem me aconteceu, no momento em que verificava a previsão do tempo no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Usando o google chrome como explorador de internet, este avisou-me que a página que estava a visitar estava escrita em galego, e gentilmente perguntava se a gostaria de a ver traduzida para o tuga materno. Acho que a proximidade existe, mas daí a confundir-se tuga com galego, a distância ainda é muita. Onde é que esta o livro de reclamações da internet quando é preciso?...