extra, ordinário e Extraordinário
Por estes dias, em Estrasburgo, durante o debate sobre o estado do Direito em Espanha, um alemão - Manfred Weber - presidente do Partido Popular Europeu, adjectivou o actual governo português de corrupto. A faísca fez fogo, e num ápice acendeu-se a discussão entre dois tugas que fazem parte do mesmo hemiciclo, embora em lados opostos. Pedro Marques, deputado do PS, e Paulo Rangel, deputado do PSD, trocaram argumentos de taberna em pleno parlamento europeu. O caso foi extra e ordinário, e ao mesmo tempo extraordinário. Extra porque o assunto em discussão foi esquecido e acrescentou-se um que pelo que se apurou até ao momento não tinha qualquer relação. Ordinário porque o teor dos argumentos em nada enobrecem quem os proferiu. E extraordinário porque pelo menos uma vez, de vez em quando, o resto do parlamento europeu descobre que afinal na Europa também se fala português.