defeso Diferente
Este ano, a juntar ao habitual defeso futebolístico onde as mudanças de clubes, contratações surpresa e renovações de vínculos laborais fazem parte do dia a dia dos clubes, e colocam os jogadores no escaparate do "mercado", temos o defeso político. Tal como no mundo do futebol, as distritais mexem os cordelinhos no "aparelho" para captar os nomes mais sonantes e promissores de votos na urna. O resultado é sempre o mesmo: em vez de candidatos autóctones, representativos dos eleitores do distrito, as listas apresentam os "cromos" que garantem à partida uma maior probabilidade de sucesso. Ou seja, são como os cartazes do circo que anunciam a presença de leões da Rodésia, tigres da Malásia ou tubarões do pacífico, sendo que no caso dos animais estando os mesmos confinados nas suas jaulas o perigo não existe, algo que está presente e ameaça o povo, no caso desses políticos que depois acabam eleitos e mandatados para fazer diabruras contra o Zé pagode. Por isso mesmo o desejável seria que o período de defeso político fosse diferente, com candidatos que realmente soubessem o que é ser de Viana, Bragança ou Vila Real de Santo António, gente da terra que verdadeiramente lutasse pelos interesses das pessoas que os elegem. Como isso não existe, fica a sugestão para que o defeso político siga à letra o significado da palavra defeso, que segundo o dicionário Priberam refere a "época em que é proibido caçar". Deixem lá isso para Outubro...