animais à Mesa
É escusado procurar consenso sobre a temática do que se deve ou não fazer num restaurante, tirando o sentido lato e óbvio do mesmo. Esta semana aprovou-se a entrada de cães em estabelecimento que isso mesmo autorize, numa iniciativa legislativa aprovada por unanimidade. Isso mesmo, unanimidade. Fico quase mais perplexo com o facto desta lei ter sido aprovada com o sim uníssono de um local onde normalmente cada um ladra para o seu quintal, do que pela autorização da entrada do amigo do homem nos restaurantes, ainda que sujeita à aprovação prévia dos gerentes. Obviamente que os defensores acérrimos dos nossos amigos de quatro patas já se fizeram ouvir, e a comparação com as crianças volta a surgir, esquecida que estava desde o tempo em que os agarrados do cigarro argumentavam que o barulho dos petizes poderia ser tão ou mais incómodo que o fumo do tabaco. Eu, não tendo cães nem sendo fumador, defendo que o restaurante é local privilegiado para fazer apenas uma única coisa - comer. Fumar pode-se fazer confortavelmente no exterior e os cães, ao contrário das crianças, podem muito bem ficar em casa.