a medalha já Está
O processo de escrutínio para a eleição no novo secretário geral das Nações Unidas está à beira do fim. Numa espécie de maratona eleitoral, os candidatos a uma mudança para a Big Apple passam por diversas votações, campanhas e debates, para conquistarem a confiança de quem tem voto na matéria. Ou seja, é uma espécie de decatlo, só que no lugar do atleta perfeito teremos uma espécie de político perfeito, coisa que depois de escrita me deixa algo confuso e temo ter descrito algo tão mitológico como a Hidra de Lerna ou a Corça de Cerineia. Não sendo um Hércules, António Guterres pertence a uma espécie de políticos em vias de extinção, tendo seguido a via diplomática altruísta depois de ter conduzido os destinos do país da melhor forma que foi capaz, com muito diálogo e alguns problemas de matemática à mistura. No lugar de ser um pau mandado das grandes potências europeias, para depois colher os frutos do seu trabalho de sicário ocupando um cargo importante qualquer na maior instituição mafiosa do mundo capitalista, Guterres foi o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, posição que diz muito da sua pessoa e que, quanto a mim, o coloca na linha da frente para ser o próximo secretário geral da ONU. A medalha está garantida, aguardemos que seja a de ouro.