almoço de Carnaval
De caneta vermelha na mão, os troikanos aterraram na tugalândia para efectuarem mais uma avaliação das medidas de combate ao défice. Como os senhores se deslocam em viaturas oficiais, não souberam da greve de transportes públicos, e chegando à Assembleia da República em dia de Carnaval, verificaram que a mesma se encontrava de portas abertas. Ao entrar, ficaram ainda mais admirados ao confirmarem a movimentação de alguns deputados pelos corredores do palácio. Tal como PPCoelho tinha conferenciado aos troikanos, estes viram com seus próprios olhos que o ministro é homem de ferro, e confirmaram que a política de rédea curta está em curso, não havendo tolerância de porra de carnaval nenhum, que o tempo é de crise. Durante a manhã, tudo corria pelo melhor. O problema veio à hora do almoço. Entusiasmados por comer um arroz de cabidela, que tinham provado na cantina da assembleia durante a última visita de estudo, deram com o estômago na porta, pois o refeitório estava fechado. Intrigados, perguntaram qual o motivo do fecho. Ao saberem que se deveu à tolerância de ponto, estupidofactos procuraram saber se isso ocorreu em mais algum local. Inteirados da situação de pandega carnavalesca nacional, exigiram explicações a PPCoelho. Este, sem saber o que responder, soube dar a volta ao assunto, pois convidou-os para uma muamba de galinha. Esperemos que a segunda dama tenha bons dotes culinários, para que não tenham passado fome, e se esqueçam desta pequena, mas saborosa, golpada na austeridade.