slow vs fast Food
O bastonário da ordem dos médicos sugeriu a criação de um imposto sobre a “fast food”, de forma a reduzir o impacto das medidas de corte orçamental, previstas para o ministério da saúde. Não sei, e não quero saber o local onde este senhor habitualmente coloca a cruz nos boletins de voto, mas, no mínimo, seria de esperar pelo menos uma pequena oposição em relação às previsíveis situações embaraçosas que os seus colegas podem vir a experimentar, na sua prática clínica diária. De resto, concordo com esta vontade expressa pelo senhor bastonário, mas penso que a mesma peca por omissão. Então e que tal um imposto sobre o cozido à portuguesa, foda à monção, tripas à moda do porto, açorda alentejana, presunto, queijo da serra, sandes de coirato, ovos moles de Aveiro, entre muitas outras iguarias da culinária portuguesa? O melhor será reconsiderar propostas deste teor, de forma a impedir que os advogados de tubarões de calibre do McDonalds venham a exigir a mesma taxação sobre estes repastos tão portugueses e tão saborosos, que podem não fazer bem ao corpo, mas uma vez por outra, fazem bem à alma.