passos do Acordo
Logo nas primeiras reuniões, era necessário levar todo o arsenal político de cada lado, sendo imprescindível a presença dos fieis assessores, também conhecidos na linguagem vernácula política como "ministeriáveis". O clima reinante de cooperação era apanágio destes encontros. Durante estas sessões, ficamos a saber que ambos os líderes estão dispostos a prescindir das suas férias, para que o país não se atrase. Ou será que vão aproveitar enquanto os portugueses se encontram distraídos, a beneficiar das suas merecidas férias, para efectuar as medidas que, segundo eles, a troika não implementou com severidade suficiente?
Num momento de descontracção, Passos diz a Paulo:
- pronto, ficas com um ministério para ti, talvez o da defesa, e não se fala mais nisso.
Ao que Paulo responde com um rotundo...
Perante esta posição, Passos decide abrir os cordões à bolsa e sugere a Paulo:
- ok, talvez esteja a ser demasiado obtuso. A percentagem de votos que o CDS teve, justifica na realidade 2 ministérios.
Paulo olha para passos, e as imagens falam por si...
Com aquele olhar felino de quem está pronto a partir para a porrada, Passos, com medo de perder o companheiro da coligação apresenta a proposta final:
- 3 ministérios e nem mais.
Com o objectivo à vista, Paulo corre em busca da esferográfica BIC (escrita fina) para assinar o acordo...
No final, o acordo é selado com o belo bacalhau. Durante as fotos, Passos diz a Paulo:
- és um osso duro de roer...