promiscuidade Hospitalar
Depois da moda das séries ficcionais de escritórios de advogados, nos últimos anos temos assistido a uma autêntica epidemia de séries cuja acção envolve o ambiente hospitalar. Normalmente o conteúdo varia, mas há uma semelhança a todas elas – a promiscuidade. Em qualquer uma delas é um regabofe de relações afectivas entre todos os protagonistas, sendo que quanto mais tempo dura a série, maior a probabilidade de todos já se terem enrolado uns com os outros. Até aqui tudo, pois será normal estabelecerem-se relações entre pessoas livres e descomprometidas, tendo em conta o tempo que passam juntas. O que não me parece de todo normal, é que a rotina diária de um Hospital inclua uma grande probabilidade de abrir uma porta de um armazém ou de um WC e dar com a intimidade de um cirurgião com a enfermeira. E como estamos em tempo de crise, não me parece correcto que o tempo de expediente destes profissionais seja para efectuar este tipo de endoscopias. Afinal de contas pagamos impostos para quê?