bola de Neve
Qual bola de neve a descer de uma íngreme encosta do alto de uma montanha, a crise política desencadeada com a dissolução da assembleia da república não para de crescer e assumir proporções gigantescas. Se já era suficientemente mau para Portugal a embrulhada em que estas bestas políticas nos enfiaram, a sua inactividade só faz temer o pior. Os juros da dívida pública não param de aumentar, e já se chegou à conclusão que todos consideram que a entrada do FMI mais tarde ou mais cedo vai acontecer, sem que haja alguém que se assuma responsável por isso. Os líderes dos dois principais partido, preferem entrar numa guerra verbal. Esta discussão mais parece um filme de terror. A cena passe-se num restaurante num sopé de uma montanha, onde depois de um repasto abundante é necessário pagar a conta. À mesa senta-se Sócrates e Coelho, e o empregado que traz a soma é Cavaco. Enquanto discutem sobre quem se deve chegar à frente, a bola de neve corre direitinha para o restaurante, e vem cada vez maior…