cruz de Ferro
Símbolo intemporal que veio dos confins históricos do reino da Prússia, passando pelo império alemão, apimentada com a suástica nazi durante o período mais negro da história da humanidade, pertencia no meu imaginário e na minha cultura geral a um tempo pretérito. Hoje ao passar ao de leve pelas notícias, fiquei num estado de quase pânico ao verificar que ontem aterrou nestas (até agora) pacatas paragens, um avião com esse símbolo, e com o nome Luftwaffe. Ciente que Hermann Goering jaz pacificamente para bem da humanidade, fui colmatar a minha ignorância com uma pesquisa pela internet para ao mesmo tempo me tranquilizar, e colocar de lado o pior cenário que por momento pensei estar a assistir - tropas nazis a aterrar na tugalândia para gáudio de André Ventura e seus sequazes. O motivo foi, pelo contrário, totalmente altruísta pois de terras germânicas chegam tropas para combater não a democracia, mas sim esta terrível pandemia onde estamos entrincheirados. Saciada que está a cultura geral e refreados os nervos do pânico inicial, venho por este singelo meio sugerir aos alemões da Alemanha que está na hora de trocar esse símbolo, pois apesar de ligeiramente distinto pela forma mais estilizada não deixa de provocar um certo nó ao nível gástrico. De caminho, poderiam mudar também o nome da força aérea, tal como o fizeram com o exército que passou de Wehrmacht para Bundeswehr. Com o andar da carruagem dos apaniguados da suástica que se espalham de forma assustadora pela Europa fora, estas confusões não abonam nada a favor da democracia e da sociedade actual...