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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

provincianismo Bacoco

por António Simões, em 31.01.19

Quando quero saber o estado do tempo para os dias vindouros, não procuro a informação em qualquer meio de divulgação com origem na tugalândia. Para além da evidência que o pragmatismo da confirmação diária me fornece, saber o estado do tempo pelos meios disponibilizados pelos nossos vizinhos espanhóis é algo integralmente mais certo, uma vez que estes procuram adaptar essa informação a cada região. Com uma história longa de divisões, os espanhóis há muito que convivem na sua diferença e reconhecem que ela existe, muito ao contrário da paz podre que vigora nas nossas paragens tugas. Para os grandes meios de comunicação, a Tugalândia é Lisboa e o resto é paisagem. Exemplos disso mesmo não faltam, e a previsão do estado do tempo é apenas um dos muitos que poderia dar, mas que se podem demonstrar com o episódio ocorrido nesta semana no programa de televisão "JOKER". Perguntava-se o que se pretende beber quando no Porto se pede um "Fino". As opções eram quatro: espumante; sumo de pepino; café curto; imperial. A resposta certa foi Imperial. Se este programa fosse transmitido apenas numa estação televisiva da capital, até poderia compreender mas, uma vez que a emissão era de carácter nacional, a resposta correcta confere ao episódio o mais puro, tradicional e bacoco provincianismo alfacinha. Até mais ver, o Norte é há muito mais tempo tuga do que a capital conquistada aos Mouros, e será mais certo dizer "Fino" do que a tradução "Imperial".

Post Scriptum: sabem porque se chamam alfacinhas ao pessoal da capital... é porque lhe faltam os tomates para serem uma salada...

brentering vs Brexit

por António Simões, em 19.01.19

Até ao momento ainda não se falou do que verdadeiramente importa, do motivo que encerra toda a essência da problemática do momento ou seja , daquilo que supostamente os antigos estudantes de latim erradamente classificaram como o cerne da questão - o busílis do BREXIT. Ainda bem que este blog ainda existe e, apesar do tempo ser pouco, a humanidade ainda se poder congratular por me sobrar algum tempo, para deste modo esclarecer uma opinião pública que é atormentada diariamente por jornalistas e comentadores medíocres que não só não merecem ganhar euros pelas baboseiras que dizem, como não são merecedores do tempo de antena que poderia muito bem ser ocupado com programas bem mais interessantes, e neste caso não estou a falar de mentecaptos que não se conhecem de lado nenhum e resolvem casar-se, a bem das audiências e do seu próprio bolso, sonegando a pouca réstia de moralidade de quem isto faz, e de quem isto vê. O problema do Brexit nunca foi o Brexit, mas sim aquilo que eu classifico como o BRENTERING, e espero algum dia receber direitos de autor ao abrigo da nova legislação da www. O Brentering foi algo que nunca devia ter acontecido, como muitos casamentos de conveniência que acabam sempre numa pasta da secretária de advogados litigiosos. O namoro entre Britânicos e seja quem mais for, nunca poderia dar em algo positivo, uma vez que o pessoal da velha Albion sempre teve a intenção de ser diferente de todos os outros: conduzem do outro lado da estrada; tem um sistema métrico diferente; criaram uma religião à parte e à sua maneira; bebem chá à tarde e enfrascam-se de cerveja ao por do sol; comem peixe com batatas fritas; nunca quiseram fazer parte da moeda única. Perante tantas divergências, se na altura certa o Brentering nunca tivesse acontecido, hoje não estariamos a falar de Brexit. Escusam de agradecer... Obrigado...

show must go On

por António Simões, em 08.01.19

Seria de esperar que o primeiro artigo de um novo ano fosse algo positivo e optimista. Apesar de assim me sentir, a inexorabilidade de ser tuga e viver num território povoado por conterrâneos que cavam um fosso tremendo entre o que são e o que eu sou levam-me necessariamente a fazer uma análise de acordo com uma clivagem que aumenta a cada segundo que passa. Pergunto-me como poderemos viver incólumes à quantidade de estupidez gratuita que para além do patrocínio orientado pela comunicação social, é consumida de forma sôfrega por uma opinião pública cada vez mais decrépita e demente, sinal inequívoco de uma sociedade cada vez mais tecnológica e cada vez mais sonegada de capacidades tão vitais para o ser humano como a inteligência, o raciocínio e a honestidade intelectual. Exemplos não faltam, e povoam o nosso dia a dia como cogumelos numa floresta, como foi o caso recente em que uma apresentadora supostamente conhecida e mediática foi para o ar com o seu primeiro programa na sua nova estação televisiva. Até aqui a terra continuava a girar nas suas quase 24 horas de rotação, e continua a girar no mesmo sentido e defeito horário, mesmo quando o presidente desta espécie de país interrompe, e aqui passo a citar "uma reunião" para dar pessoalmente os parabéns a essa apresentadora. Num registo de total surpresa e estupefacção, a apresentadora só conseguiu largar uma lágrima de emoção, verdadeiramente arrancada a ferros para gáudio de um povo que sempre gostou de viver de ilusões e aparências.

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