Até ao momento a minha única experiência literária no campo do macabro foi um livro de tamanho considerável, com um título que nada tinha de relacionado com a história. Em "O Historiador" de Elisabeth Kostova, tive que enfrentar páginas a fio de enredo de vampiros, assunto que desde pequeno não me deixa em muito confortável posição, e quase que posso dizer isto de forma literal. Os nórdicos habituaram os leitores a bons livros de entretenimento policial, e foi por isso mesmo que procurei conhecer um novo autor, ciente que entrava novamente numa história de contornos mais obscuros. Este livro é guiado pela argúcia de Jo Nesbo (falta o traço oblíquo no O...) numa investigação intrigante correndo as páginas não só na procura de saber o seu fim, mas acima de tudo para verificar se a perversidade da mente humana é capaz de mais uma atrocidade, coisa que pelos vistos não parece ter fim...
Com um dia de atraso, mas cumprindo a velha máxima onde se preconiza que mais vale tarde do que nunca, venho recordar que foi na noite de 21 de Novembro de 2010 que este blog se iniciou. O motivo pelo qual o iniciei não mudou, a sua filosofia também não. As temáticas foram várias e mudaram de acordo com o sabor dos tempos. Em relação à escrita, o estilo procurou ser igual a si próprio, e se a periodicidade teve altos e baixos, como se verifica pelos últimos tempos, tal se deve única e exclusivamente ao seu autor, pois o dia-a-dia deste país serve de bandeja um sem fim de temas para se debruçar e escarnecer. Marcar uma data é sempre relevante e por isso mesmo não poderia deixar de lembrar esta, algo especial para mim, pois ao recordar estou a escrever, coisa que por muito pouco que seja é sempre bom, ao sentir que como pessoa somos capazes de pensar, raciocinar e processar, ou seja - existir - coisa que no mundo de hoje parece estar cada vez mais arredada.