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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

primeira Parte

por António Simões, em 27.06.14

O final da fase de grupos representa para 16 das 32 equipas que iniciaram a competição, o bilhete de regresso. Os tugas fazem parte do tráfego aéreo que hoje movimenta os aeroportos brasileiros, e se a chegada foi como foi, a ida será certamente mais discreta. Esta primeira parte do Mundial de Futebol pagou a factura a todos aqueles jogadores que, acusando o desgaste de épocas intensas ao nível dos clubes, fez com que o seu rendimento não estivesse à altura dos galões de uma competição deste nível. Destaco nesta fase que:

- Neymar e Messi apareceram e levaram as suas selecções à vitória, com a garra de quem quer ficar na história, vontade coroada com 4 golos que os colocam, a par de Muller da Alemanha, no topo dos melhores marcadores da competição. Os grandes craques da história do futebol aparecem nos momentos chave, não se preocupando em bater records e mudar de penteado. Limitam-se a fazer com gosto, aquilo que gostam, fazendo o deleite do verdadeiro apreciador do futebol;

- A luta titânica entre a Europa e a América do Sul, leva neste momento um claro sinal positivo para o lado do continente anfitrião, numa espécie de revancha histórica ministrada pelas vítimas dos colonizadores oriundos velho mundo.

- Num país e num planeta que assiste sem pudor algum ao desmantelamento do pulmão da terra, as inúmeras viagens que as equipas fizeram entre as cidades anfitriãs são um exemplo do quanto se estão nas tintas os corpos dirigentes, abençoados pela impassibilidade da opinião pública, relativamente à protecção do meio ambiente. Com mais estádios que grupos nesta primeira fase, pergunto-me qual o motivo para contribuir para o aumento dos gases responsáveis pelo efeito de estufa, lançados pelas inúmeras viagens de avião que todas somadas devem dar número verdadeiramente escandalosos. Dos motivos económicos nem é preciso falar... pois no campo da indignação o povo Brasileiro, pela inconformidade e respectiva contestação, já merece a taça...

e tudo era Possível

por António Simões, em 26.06.14

São livros como este, e pessoas como José Jorge Letria, que permitem aos felizes infelizes, que como eu não souberam o que era viver no tempo do estado novo nem vivenciar a explosão de adrenalina e descarga de emoções que a liberdade traz consigo, fazer uma espécie de viagem no tempo e deleitar-se com as páginas escritas soberbamente por quem não só vivenciou em primeira mão os acontecimentos, como foi parte do motor da vontade de conquista de um estado democrático. Escrito por um poeta, a prosa é digna dos melhores registos da literatura, com uma história envolvente que conta com a participação de figuras ímpares da nossa história recente. José Jorge Letria pertence sem dúvida alguma a uma estirpe de privilegiados que, acredito, devem viver os dias de hoje com a amargura de ver os destinos da nação pela qual tanto lutaram serem conduzidos por uns putos, verdadeiro bando de pardais à solta...

o Capitão

por António Simões, em 23.06.14

Como é da praxe, o Capitão é o último a abandonar o barco. Cristiano Ronaldo leva essa máxima para o seu trabalho na selecção nacional, e tal como ficou para último na marcação dos penaltis contra a Espanha na meia-final do último europeu, sem que viesse a ser necessária a sua prestação, neste jogo contra os EUA foi o último a deixar o balneário, registando umas declarações que só confirmam que este bestial jogador de futebol quando não tem a bola a seus pés é uma verdadeira besta quadrada. Se quando a coisa corre bem faz questão de dizer que está aqui, quando a coisa corre mal arrasta consigo os outros sem qualquer pudor ou vergonha. "Não é uma selecção de top", "com a qualificação que fizemos tínhamos que ter a humildade de reconhecer que não estamos ao nível dos outros" são palavras que vindas de um tipo que nas mesmas declarações fez questão de sublinhar os títulos individuais que conquistou nesta temporada, adiantando que até poderia ter ficado em casa, só podem ser lidas de um modo muito claro, ou seja, considera que os seus companheiros não estão à sua altura. "Não tinha qualquer ilusão em ser campeão do mundo", mas porra, digo eu que ganhar aos EUA não seria pedir muito... Pergunto-me pois se isto é um discurso de um Capitão, numa altura em que a matemática ainda não nos afastou dos oitavos, ou se é na verdade de um medíocre rato, o primeiro que abandona o navio.

muchas Gracias

por António Simões, em 19.06.14

Ontem confirmou-se aquilo que aos poucos tem vindo a acontecer. Os primeiros sinais de alarme foram dados de forma contundente na eliminatória que opôs o FC Barcelona contra o Bayern de Munich, com sete golos sem resposta ministrados pelos que se viriam a tornar os campeões europeus de 2013. O futebol que espalhou encanto e magia pelo planeta, com magos extraterrestres do calibre de Casillas, Puyol, Xavi Alonso, Xavi, Iniesta, Villa e companhia, teve no Campeonato da Europa de 2012 o seu expoente máximo, terminando essa competição com Casillas a pedir clemência, ao árbitro do encontro, para com Itália na altura vergada sob o peso de 4 golos sem resposta numa final. Desde então, quer ao nível dos clubes, quer ao nível da selecção, embora com resultados positivos, o futebol sendo o mesmo não conseguia o mesmo sucesso que se traduziu numa época dourada para o futebol espanhol, com dois títulos europeus e um mundial ao nível da selecção, e uma série de conquistas europeias espalhadas pelo reino. Os reis do futebol ontem abdicaram, e mandou a ironia que a data coincidisse com a abdicação do próprio Rei de Espanha. O que é bom não dura sempre, e quanto a mim só lhes tenho a agradecer. Agradecer, porque junto estes anos de vivências futebolísticas que estes deuses das quatro linhas ofereceram, à galeria de recordações que a história se encarregará de fazer perdurar. A fasquia agora está muito alta, e espero que o desafio das próximas gerações do futebol em fazer melhor, sirva como motor de uma nova época. O Tiqui Taca vai deixar saudades, por isso mesmo só tenho a dizer " muchas gracias muchachos".

louco à Solta

por António Simões, em 06.06.14

Aviso à população: devido aos cortes do estado no orçamento para a saúde, a segurança nos hospícios tem vindo a ser descurada, tendo-se traduzindo recentemente na fuga de um louco perigoso com uma tendência voraz de disparar em todas as direcções. Apesar dos disparos serem inofensivos do ponto de vista corporal, do ponto de vista moral são um verdadeiro atentado à saúde pública. O sujeito em causa é de raça caucasiana, estatura média, cabelo e dicção à beto da capital com um ligeiro travo na voz de quem fumou cohibas durante alguns anos. Pede-se a quem o encontrar que em circunstância alguma lhe coloque uma pergunta, e nem pensar em oferecer uma câmara de televisão e microfone pois nesse caso a paranóia do suspeito nem o céu tem por limite. Caso o mesmo seja avistado, o procedimento de segurança passa por efectuar uma chamada de urgência para a Casa de Repouso do Leão de Alvalade, e aguardar a chegada das autoridades competentes.

coluna de Fumo

por António Simões, em 05.06.14

Foi com uma grande vontade de saber mais sobre a temática da guerra no Vietname, que me entreguei às mais de 600 páginas que tinha pela frente. Este livro escrito pela pena de Denis Johnson foi a minha primeira incursão literária na temática em causa, bem como na obra deste norte-americano. Depois de uma extenuante leitura que por vezes se tornou penosa, não digo que não volte ao assunto sobre o qual a história se desenvolve, mas certamente que não voltarei a procurar o conforto da leitura em livros deste senhor. Não digo sito porque o livro seja mal, mas sim porque o tipo de escrita que recorre não encontra na minha pessoa um leitor à altura.

ridícula Tugalândia

por António Simões, em 03.06.14

Ridículo 1 - um país que se encontra sob intervenção de ajuda externa, com as suas intrínsecas manias de grandeza, acha normal o facto da selecção nacional fazer escala nos estados unidos, no lugar de se dirigir directamente para o destino final.

Ridículo 2 - como bênção de despedida, o presidente da república convida a comitiva para uns comes e bebes à conta do zé pagode, e é durante a festa que os jogadores tiram aquilo que na língua de Camões se pode classificar de auto-retrato. Neste caso, fico com a dúvida de quem faz a figura de ridículo, se os jogadores ao lado de Cavaco Silva, se Cavaco Silva ao lado dos jogadores.

Ridículo 3 - em pleno Palácio de Belém alguns "atletas", que irão representar esta horta ao mais alto nível do futebol mundial, acham normal tirar o mesmo tipo de fotografia, mas com línguas de fora a condimentar o ficheiro JPG (agora já não se usam negativos).

Ridículo 4 - como se o fenómeno das redes sociais não fosse suficiente para propagandear esta bagunça de gente, as televisões dão ainda mais cor às fotos, com direito a horário nobre e tudo.

Não sei em que parte do caminho o saber estar ficou, mas sem dúvida alguma que um pouco por todo o lado, a estupidez passou a ser moda...

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