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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

um Bilhete

por António Simões, em 14.03.14

Não beliscando o escudo da minha intimidade, hoje apetece-me falar... ser Pai. Ser Pai é tudo. Biologicamente falando é a sequência natural que se segue ao momento em que nascemos. Humanamente falando é um bilhete. Um bilhete para uma peça na qual somos público e actores. Um bilhete para uma peça que não sabemos o seu conteúdo. Não sabendo o seu conteúdo como actores a missão de representar é desafiante, e como público é uma incógnita. Sendo filho, o guião será mais fácil de absorver e é com ele que a missão de cativar o público se torna mais fácil. Esse bilhete é a entrada para um mundo novo, tão novo que cada passo é uma novidade. Sem esse bilhete não estariamos completos. No fundo a única garantia que temos com esse bilhete é poder fazer aquilo que de mais belo existe na essencia humana em proporções que só um pai pode dar a um filho - amor. Como filho é esse sentimento acumulado que me permite segurar o bilhete com a confiança necessária para ter a garantia de que sendo actor, ou público, o sucesso da peça está garantido.

campo Minado

por António Simões, em 13.03.14

Agora que todos os pobres contribuintes tugas pegam nos papeis religiosamente guardados durante o ano de 2013, e de calculadora na mão somam as despesas e todo o resto para preencherem a declaração de impostos, na vã esperança de que o simulador de IRS lhes traga a boa nova da salvação, dão de caras com a verdadeira face do modo de fazer política desta coligação - o campo minado. De facto, quando Vítor Gaspar apresentou as grandes medidas de austeridade, algures no primeiro semestre do ano anterior, as mesmas foram muito badaladas mas de efeito pronto escasso. Como uma crisálida, essas medidas romperam o casulo, mas no lugar da bela borboleta surgiu uma gosma ainda mais feia que uma lagarta rastejante. Esta entrega do IRS torna-se assim num verdadeiro campo minado, que mina de vez com o bolso do contribuinte tuga, desta forma de uma maneira impiedosa, delapidando a sangue frio o suor de um ano de trabalho. Sei que as metáforas já abundam neste post, mas só assim, recorrendo a figuras de estilo consigo classificar este governo não recorrendo ao vernáculo. Por isso termino dizendo que Vítor Gaspar, agora recatadamente sentado no banco do, imagine-se! FMI, depois de ter semeado o campo minado das medidas de austeridade, aparece nestes meses de entrega da declaração de impostos como uma autêntica bomba de fragmentação... as vítimas essas são, como sempre, os do costume.

agarrados ao Canudo

por António Simões, em 07.03.14

Foi exactamente até ao momento em que disse essas palavras que desliguei a televisão. Era uma reportagem do canal público acerca de um empresário tuga de sucesso nos estados americanos da américa. Como muitos outros exemplos de sucesso, histórias como esta prendem a atenção de qualquer um. São exemplos de vida, ou pelo menos pedaços de história com o qual se deve aprender. Contudo, numa referência à saída dos jovens tugas actuais para o estrangeiro, na procura de uma vida melhor, o entrevistado salientando porém a excelente formação académica que se pratica na tugalândia aconselhava a "não se agarrarem ao canudo". Estou farto de ouvir este tom depreciativo com que muita gente se refere ao "canudo", principalmente daqueles génios que foram bafejados com a sorte da vida, sorte que muitos outros génios não tiveram de igual modo. O dito "canudo" sempre custou a tirar, fosse no tempo em que ninguém estudava por falta de condições, seja agora no tempo em que se pode fazer. O dito "canudo" é um pedaço de papel escrito em letra bonita com selo de prata, que representa anos, muitos anos de estudo, muitas horas sentado à secretária renegando outros ócios, porventura mais actrativos e lenitivos da necessidade do prazer. O dito "canudo" custa muitos euros ao estado, e ainda mais aos pais que sustentam o orçamento na esperança de estarem a fazer aquilo que de melhor podem fazer pelos seus filhos. O dito "canudo" é algo que talvez se tenha banalizado, sem no entanto perder a sua representatividade daquilo que é, e que a sociedade parece não querer reconhecer pelo seu valor intrínseco e, pior que isso, parece querer fazer passar como algo de menor importância. Esta na hora de olhar de forma diferente, pelo respeito que o dito "canudo" merece, mais ainda mais que ele, pelo respeito do esforço das famílias que se empenham em o alcançar.

carles Puyol

por António Simões, em 06.03.14

O número 5 do Barça anunciou que se vai retirar no final da temporada. Na sua carreira futebolística apenas conheceu esse clube. Já os sucessos foram alcançados em todos os campos, sendo maçador enumerar todos os que conseguiu, quer o nível do clube quer ao nível da selecção. No entanto escrevo hoje acerca desta atleta porque o mesmo merece uma atenção melhor, não pelo sucesso desportivo, mas pela pessoa que mostrou ser. Puyol pertence a uma estirpe de jogadores que ficam na memória dos adeptos não pelas taças e medalhas que conquistou, mas sim pelo suor que espalhou em campo, pelo combate com a bola em nome das cores do clube do coração, garra daqueles que correm pelo verdadeiro amor à camisola. Tudo isto o fez sempre com uma desportividade imaculada, reconhecida por todos os adeptos do desporto rei. A isto, só falta juntar o pormenor, a diferença. Onde outros procuram protagonismo, Puyol mostrou que a humildade é um sentimento nobre, que muitos procuram desvirtuar. Não faltam episódios para o ilustrar, mas sem dúvida que entregar o troféu de vencedores de La Liga a Tito e Abidal, lutadores pela La Vida, é uma imagem que arrepia, e que deveria servir como exemplo para todos, especialmente para os egos maiores que o mundo...

noite de cortar à Faca

por António Simões, em 05.03.14

De pequeno a simpatia que tinha pelo carnaval já não era muita, roçando mesmo o frete, e de maior o sentimento agravou-se, tratando-se de uma festividade da qual evito aproximação. As imitações foleiras do carnaval brasileiro que de norte a sul, com expoente máximo na madeira, procuram combater as agruras do tempo, resultam em pessoas aos pulos, não pela alegria da festa, mas sim para aquecer os músculos e ossos. Já se falarmos em termos de copofonia nocturna, temos uma verdadeira noite de cortar à faca. Alerto o leitor para não confundir a noite de cortar à faca, com a noite das facas longas, evento promovido pelo fuhrer para a "eliminação" das altas patentes "incómodas" da wehrmacht. De facto, é durante a noite de carnaval que o ambiente nocturno se torna estranho, não derivado da parafernália de trajes e decorações, mas sim porque existem duas facções: os mascarados de cara reconhecível que falam; os mascarados de cara tapada que não falam para não serem reconhecidos. Com esta combinação está visto que o diálogo se torna difícil, e quem estiver distraidamente a observar a situação pode bem pensar que estão todos zangados...

impostos Light

por António Simões, em 03.03.14

Como o leitor deve estar bem informado, saberá com toda a certeza que este grupo de idiotas (no respeito sentido de terem muitas ideias, claro está) que nos governa acha por bem existir uma espécie de mini-licenciatura. Não sei qual será a grande vantagem deste grau académico a não ser que queiram tornar as estatísticas do desemprego mais floreadas, incrementando a percentagem de licenciados inscritos no IEFP. De resto isto só pode ser uma febre do "Light". Se já existia a comida Light, e muitas outras coisas Light, juntar agora uma licenciatura Light até que me acalenta uma certa esperança de que essa moda acabe no Ministério das Finanças e, desse modo, a curto prazo seja possível a criação de impostos Light. O contribuinte tuga bem que agradeceria...

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