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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

vergonha de Carnaval

por António Simões, em 28.02.14

Aqui pelas minhas paragens tem-se desenvolvido durante os últimos tempos uma luta de galos, pela disputa do poleiro da educação, fruto da desorganização promovida desde a criação dos mega-agrupamentos. Tal como as lutas de galos no sentido literal da palavra, esta não foge à regra da ilegalidade uma vez que a lei do processo eleitoral é clara, pelo que o cargo já deveria ter sido ocupado por quem de direito, cabendo à presidência cessante fazer aquilo que lhe compete, ou seja, cessar funções. Contudo, tal não se verificou e o processo arrasta-se, tendo arrastado com ele toda uma comunidade escolar no turbilhão da refrega. Quando me refiro a comunidade escolar, obviamente que me refiro a professores, educadores, técnicos auxiliares e administrativos, pais, e, claro está, ao busílis de todo o sistema - os alunos. São estes últimos os primeiros a sofrer, o elo mais fraco da cadeia sobre o qual jorra o fogo cruzado das lutas de adultos. Sendo Pai, é com tristeza que assisto junto de um sentimento de impotência de nada poder fazer perante o desenrolar dos acontecimentos, a não ser exercer o meu direito de livremente exprimir a minha indignação. Perante esta palhaçada, é vergonhoso não permitir a realização de actividades como o Carnaval, altura em que as crianças dão ainda mais largas á sua imaginação, cimentada pelos trajes e indumentárias da época. Eu porém, não tenho pejo algum na hora de apontar o dedo aos adultos, que ébrios do poder ficam de visão toldada impedidos de discernir com clareza no exercício das suas funções. É carnaval, mas estas atitudes tem necessariamente que se levar a mal...

hp 500 C

por António Simões, em 27.02.14

Junto com o já aqui mencionado "386", tive a necessidade de adquirir um, como se aprendia em linguagem informática inicial, um periférico de saída, ou seja, uma impressora. Na altura, a escolhida foi uma fantástica impressora a cores, HP 500C, pertencendo à "nova" geração de impressoras de jacto tinta, sucessoras das velhinhas impressoras de agulhas, máquinas produtoras se sonoridades dignas de uma orquestra. A HP 500C, para além de silenciosa ainda tinha o upgrade de imprimir a cores. No entanto, como só tinha um depósito para tinteiros, sempre que era necessário uma cópia a cores era preciso abrir a tampa e proceder à substituição do cartuxo preto. Essa máquina custou na altura em contos o mesmo valor que uma nota das roxas dos euros actuais. Como mudam os tempos, e a tecnologia fica mais barata, ficou patente uns quantos anos mais tarde quando tive necessidade de adquirir um tinteiro para uma outra impressora. Na altura, o tinteiro novo custava tanto como uma impressora novinha em folha, com scanner incluído, e tinteiros preto e a cores no pacote. Tudo isso por menos um zero que a velhinha HP 500 C.

estratégias e Estrategas

por António Simões, em 26.02.14

Esta semana algumas notícias, aparições e omissões, permitiram-me estabelecer um quadro de análise comparativa entre os vários partidos que ocupam o hemiciclo, tendo chegado à conclusão que as estratégias e os estrategas variam de igual modo como a cor que representa cada um. Por um lado temos o PSD e PS, partidos que foram a baú do refugo e das memórias, respectivamente. Do refugo do PSD volta a pairar o espectro de Relvas, que pelos vistos não levou a sério os vários avisos que lhe fizeram, um deles em pleno Tour de France, e no lugar de estudar, optou pela via mais fácil de continuar no caciquismo partidário. Das memórias do PS, fazendo parte da estatística dos desempregados regressa Jorge Coelho, o testa de ferro de Guterres que se demitiu depois da tragédia de Entre os Rios, que nos últimos anos ocupou a cadeira mor da Mota-Engil. Já o caso do Bloco é mais redutor, pois pelos vistos, num vídeo de 15 minutos, Ana Drago foi deliberadamente omitida do mesmo, e tendo em conta que o enredo versava sobre a história do partido, a situação é no mínimo estranha. Só o PP e o PCP fugiram a estas novas orientações que alteram estratégias e estrategas. Se no caso dos comunistas a mudança não existe porque o discurso é sempre o mesmo, no caso dos centristas a mesma não é necessária porque PPortas se encarrega do jogo de cintura sempre que a situação o exige... irrevogavelmente, claro está.

qatar 2022

por António Simões, em 25.02.14

Ainda falta tanto tempo, mas as polémicas que rodeiam a organização do Mundial do Qatar são tantas que só mesmo os petrodólares dos xeiques são capazes de abafar tanta controvérsia. Se a escolha já foi polémica e o clima inóspito para a prática de futebol estar garantido, uma recente investigação do "The Guardian" vem confirmar o pior. No espaço de dois anos durante os quais tem decorrido as obras dos estádios do evento, cerca de 500 indianos e 400 nepaleses perderam a vida. Os números assustam e pergunto-me que moral terá o corrupto presidente da FIFA para explicar estes números, e garantir que os mesmos não seguirão, uma vez que ainda faltam 8 anos para a realização de um evento que na sua essência é a comunhão em torno do desporto Rei, do mundo inteiro.

minar a Liderança

por António Simões, em 24.02.14

Foi este título que me despertou a curiosidade para a leitura de um artigo, num "dito" jornal. Digo dito entre ", como poderia ter dito jornal, uma vez que o jornalismo que se pratica na terra de Camões é digno dos pasquins de antigamente. Segundo a peça, António Costa e Carlos César representam uma espécie de Brutos no ataque à liderança do actual líder do PS, Seguro. Seria cair na redundância ou no facilitismo humorístico de parodiar a insegurança de Seguro, e por isso mesmo não o faço. Mas quando aparecem sondagens, que valem o que valem, a dar o actual partido do governo com evolução positiva, e a oposição de Seguro a cair uns pontos, pergunto-me se quem está a minar a liderança são Costa e César, ou será na verdade o seu próprio líder. Não sei. Sei sim, que este líder não está à altura dos acontecimentos, nem me parece ser aquilo que este país precisa. Mas daí ao povo dar uma lufada de ar fresco a este governo, a distância é abismal. Por isso mesmo acho que mais preocupante de saber quem mina a liderança do PS é constatar que é o próprio povo está a minar-se a ele próprio...

primavera dos Destroços

por António Simões, em 20.02.14

Como já lá vão três anos desde a chamada "Primavera Árabe", brisa fresca acompanhada de ventos de esperança de um mundo melhor onde o triunfo da boa vontade e da união dos povos ganhasse a batalha contra os déspotas e tiranos que teimam em governar, e como todos sabemos o que desde então se passou, é com um sentido mais carregado de desilusão e tristeza que assisto ao que se passa hoje em dia na Ucrânia. A avaliar pelo que se passou em todos os países dessa estação que todos pensavam ser o prenúncio de um verão da salvação, com particular destaque para o genocídio que se mantém sem tréguas na Síria, não esquecendo as provações que o povo Líbio passa e passou, temo pelo desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia. De facto, esta primavera árabe parece ter sido atropelada por uma espécie de "El niño", tornando-se numa verdadeira primavera de destroços, que agora se deslocou para o continente Europeu, aquele que até mais ver é o mais antigo, e que por isso mesmo deveria ser o mais sábio na altura de evitar repetir os erros do passado. Este país que se encontra agora em estado de quase guerra, ainda há dois anos confraternizou com toda a Europa num campeonato de futebol de nações. O século XX começou com uma grande guerra mundial em solo europeu, assistiu na sua madurez da década de quarenta ao pior conflito da história, e terminou com uma guerra entre irmãos no Balcãs. É triste, mas o Homem não parece saber, ou querer, aprender com os erros do passado.

o 386

por António Simões, em 19.02.14

O meu primeiro Personal Computer foi escolhido depois de um longo processo de análise às quatro possibilidades que existiam na altura. Para se efectuar uma escolha dos computadores de hoje, como aquela que fiz na altura, seria necessário pedir ajuda a um professor de matemática aplicada para elaborar sistemas de equações que escolhessem a incógnita mais adequada. Ora, em 1994 era muito mais fácil. Por um lado tinha a Macintosh, com dois modelos, marca que quase ninguém tinha, motivo pelo qual foi facilmente eliminada. Por outro lado tinha o processador 386, e o moderno "486". Por motivos de gestão orçamental, e porque servia perfeitamente para as necessidades, optei pelo primeiro. Com uns estonteantes 4 MB de memória RAM, e 170 MB de disco rígido, foi durante muito tempo a máquina perfeita. Hoje em dia escrevo este texto num minúsculo Magalhães, que de memória RAM nem sei qual tem, mas o disco tem espaço suficiente para cerca de 235 mil computadores iguais ao que eu tinha, já lá vão 20 anos.

o meo Radio

por António Simões, em 18.02.14

Apesar da evolução dos tempos, e até ao momento em que para conduzir um veículo não seja necessário as mãos, pés e atenção do condutor, a Radio permanecerá estoicamente resistente, sobrevivente de décadas de modernidades na comunicação. De facto, eu como muito provavelmente um grande número de pessoas, remeto os períodos de ouvinte da Radio para o momento da condução. Tal como tudo a Radio também soube evoluir e tornar-se mais atractiva, e longe vão os tempos em que o locutor teimava em interromper as músicas para dizer algo, de forma que muito frequentemente roçava o irritante. No entanto, e porque uma pessoa está mal habituada, num dia destes ao ligar o Radio do carro, estava a dar uma música que gosto muito, e já não a ouvia há algum tempo, mas como estava no fim ficou o sabor a pouco, e assim procurei o botão de voltar atrás como se estivesse em casa em frente à Televisão. A radio não tem! Fica então aqui a deixa, de um nicho de mercado para explorar, e tornar assim o legado de Marconi mais atractivo.

o MSX

por António Simões, em 17.02.14

Chamava-se MSX e era da Philips. Tratava-se de um teclado de tamanho em grossura equivalente a uns quatro dos actuais, que incorporava o restante Hardware. Ou seja, era como um computador portátil dos actuais, mas sem o ecran. Para isso, ligava um cabo à televisão, no mesmo sítio onde se ligava a antena. Por isso mesmo, a televisão a cores, que se tinha que preservar, era só para dias de festa e para evitar o desgaste das tomadas lá tinha que jogar na velhinha a preto e branco, que frequentemente falhava, problema prontamente e cientificamente resolvido com um violento murro na parte de cima, remédio santo para voltar a ter imagem. Os jogos, cassetes iguais às de música, comprados em lojas que só não eram de chineses porque esses na altura ainda não tinham partido pela diáspora, eram "lidos" em vulgares e comuns leitores. Run " Cas, Load "" e outros comandos de linguagem MS Basic davam o tiro de partida para pressionarmos o botão de play do leitor, e aguardar que o jogo "entrasse". Se hoje se desespera com mais de 10 segundos a aguardar a abertura de uma página da net, que dizer dessa altura em que podiamos aquecer o leite, fazer uma torrada, comer e só depois então é que finalmente tínhamos acesso ao jogo. Ainda por cima, como não dava para gravar, para chegar ao fim as maratonas dessa altura ainda não vinham com a indicação de parar ao fim de uma hora de jogo... não dava...

catorze de Fevereiro

por António Simões, em 14.02.14

Marca o calendário a necessidade de movimentar o comércio numa altura em que o Natal já lá vai e os saldos deixaram as lojas com as novas colecções apenas por vender. Economia à parte, o dia 14 de Fevereiro em nada difere de outros dias que tal como este, procuram lembrar a necessidade de comungarmos o amor de uns pelos outros. Os dias de seja lá o que for são todos aqueles que existem no calendário, mas de facto deve existir sempre um que sublinhe todos os demais. Claro está que este dia é aquele em que por natureza os pombinhos enamorados procuram celebrar com troca de prendas e um jantar mais especial, com direito a sobremesa. Ora, por isso mesmo este dia deve ser assinalado no calendário para se evitarem situações como eu e um amigo da faculdade tivemos, já lá vão uns quantos anos. Estávamos em plena época de exames, embrenhados nas fotocópias e apontamentos sabiamente extraídos daqueles que mais frequentemente frequentavam a faculdade. Fartos de sopas instantâneas, das sandes no café, e da distância a que se situavam as cantinas, decidimos nesse dia comer no restaurante que ficava mais próximo, uma Pizzaria. Depois de entrar e sentar na única mesa disponível, para dois, foi apenas durante a escolha do menu que nos apercebemos que o restaurante estava cheio de casais... dois a dois... Foi muito provavelmente a refeição mais rápida de sempre...

Abraço

por António Simões, em 13.02.14

Sei que como crítica literária o exemplo que se segue pode ser controverso, mas acredite o leitor que para além de ser genuíno é acima de tudo verdadeiramente sentido. Era um pequeno e reguila teimoso quando me sugeriram comer leitão pela primeira vez. Até então, várias vezes essa iguaria esteve ao meu alcance, tendo o meu sentido do contra orientado a minha decisão de nem sequer provar o prato. Na primeira vez que o fiz, descobri o quão errado estava, tendo desde logo entrado no meu top 10 de pratos favoritos. De lá para cá, não há vez que passe na A1 pela zona da Mealhada sem que pare para almoçar, ou então trazer a iguaria para comer mais tarde em casa. O mesmo se passou com esta obra, da autoria de José Luís Peixoto. Não fosse uma excelente prenda de Natal, sabiamente escolhida pela minha maninha, que certamente eu estaria sem conhecer um excelente escritor. Este livro, retalhos de uma história de vida e observações do quotidiano, encaixou como uma luva em mim, pois se por um lado escreve de uma forma envolvente sobre coisas de uma infância muito próxima temporalmente falando, escreve também sobre a experiência de ser pai (sim, conseguiu sacar orvalho dos olhos), e ainda sobre a análise de pessoas e coisas de uma forma que eu me identifico e que é parte daquilo que eu por aqui escrevo. Tal como o leitão, fica agora a certeza que da próxima vez que passar numa livraria estando lá uma nova obra de José Luís Peixoto, a mesma virá para casa para se degustar...

dores de Costas

por António Simões, em 12.02.14

Um artigo no site do sapo alertava para 8 formas de combater esse terrível mal estar que tanta gente padece - a dor de costas. Das varias medidas enunciadas o "guardar ódio" levou-me a ler do que se tratava. Pelos vistos, uns investigadores de uma universidade chegaram à conclusão que aqueles que são mais condescendentes e perdoam com maior facilidade são menos propensos a manifestações dolorosas. Não questiono o valor do estudo, mas fico com o bichinho atrás da orelha a pensar na forma como se chega a este tipo de conclusões. De resto, e para aqueles que não são capazes dar a outra face, o melhor mesmo é não guardar ódio e descarregar a sua fúria naquele que a merecer. Podem ficar com um processo em tribunal, umas escoriações e ossos partidos, mas dores de costas nem vê-las...

o tempo na Constituição

por António Simões, em 11.02.14

Sim, "na" e não "da". Poderia o leitor achar que o título está mal escrito, considerando que o efeito pretendido pelo mesmo seria alertar para estes tempos actuais, nos quais a constituição é prato do dia, servido pelos seus defensores na sopa dos pobres, e dilacerada pelos seus detractores no palácio de S. Bento. No entanto, desta vez o alerta nada tem de político. De facto, decorridos que se encontram quase dois meses de austeridade meteorológica, período durante o qual o sol se mostrou o mesmo número de vezes que a possibilidade da retoma económica, está na hora de exigir que seja deliberada uma adenda para anexar à actual constituição da república tuga, a qual deverá incluir o direito que todos os tugas tenham acesso a períodos mínimo de sol, e máximos de chuva. A produção de vitamina D nunca esteve tão em baixo, e a continuar deste modo o melhor mesmo é emigrar... para Marrocos, que lá o sol está garantido e como país a coisa não deve estar muito pior...

o Derby

por António Simões, em 10.02.14

Escrevo este texto precisamente uma hora antes do encontro que opõem os dois clubes umbilicalmente ligados pela segunda circular. Se este país já tem pessoas a viver no limiar da pobreza, estudantes que o deixam de ser fruto das actuais condições socioeconómicas das suas famílias, um sistema de ensino que calma e paulatinamente caminha no definhar do acesso plural e gratuito, uma saúde que percorre o caminho escuro dos maus exemplos estrangeiros como o sistema americano, só faltava mesmo um derby à moda antiga, com os clubes da capital a ocuparem as posições cimeiras da tabela. A censura essa está garantida desde o início da época, pois quem quiser ver o desafio, na impossibilidade de se deslocar ao estádio tem mesmo que levar com um símbolo pregado no canto superior direito da televisão, e aguentar durante 90 minutos os comentários tendenciosamente tendenciosos, de um grupo de imbecis que se fazem passar por comentadores isentos. Ou seja, hoje, como no tempo de Salazar, o mísero país em que vivemos em muito pouco difere desse mesmo país do tempo da outra senhora. Um ogre comentava ainda à pouco na "Bola TV" que este era o verdadeiro derby da tugalândia. Tal como o país, esse centralismo alfacinha provoca-me uma náusea impossível de combater nem com o melhor inibidor dos receptores 5-HT3. Ao meu Futebol Clube do Porto não lhe agradeço apenas todas as imensas e inúmeras alegrias que me deu, que me dá, e que me dará, mas também, e em nome de toda a diáspora portuguesa exterior à capital, o facto de ter mostrado e provado que este país é muito maior e melhor que a sua triste capital. Quando me preparava para ver o jogo do Porto, soube que o jogo entre lampiões e lagartos tinha sido adiado devido à queda de pedaços do estádio. Pelos vistos a minha acidez neste comentário sempre pingou para algum lado...

moda da Crise

por António Simões, em 07.02.14

Acho que finalmente estou em condições de eleger a moda da crise. Depois de uma apurada investigação fenómeno e sociologicamente orientada, reunidos todo um conjunto de dados estatísticos nos mais variados escalões, e ouvidas as mais variadas opiniões fundamentadas, a equipa jornalística deste blog chegou à conclusão que deixar crescer a barba é a verdadeira "moda da crise". De um momento para o outro, as pilosidades faciais dos membros masculinos da sociedade tuga proliferaram como cogumelos, não olhando a classes nem condições sociais. Os homens tugas há muito que se queixam do preço das lâminas de barbear, e a crise fez com que os intervalos entre o aparar fossem progressivamente aumentando. Em alguns casos não se nota muito, mas noutros o resultado salta à vista. Nunca se viu tanto barbudo como nos dias de hoje. Fica agora por apurar se no caso dos membros femininos da tugalândia o assunto passa pelo mesmo tipo de problemática. Aguarda-se o tempo mais quente para posterior averiguação.

roubados Gratuitamente

por António Simões, em 06.02.14

Na semana passada o PCP apresentou na Assembleia da República um projecto de lei, que visava a reposição dos feriados que foram retirados do calendário nacional em nome das políticas de austeridade. As virgem pudicas que nos governam, pela mão dos seus líderes parlamentares, promoveram uma discussão de 15 minutos anterior à discussão dessa proposta de lei, tudo porque ficaram indignados com o termo utilizado pelos comunistas para descrever a obliteração desses 4 dias de descanso. Da bancada do PSD, o anjinho papudo que falou classificou o termo "roubado" como uma forma "abusiva", "indigna" da Assembleia da República, e que do ponto de vista do léxico era "gratuita". Em primeiro lugar acho que qualquer palavra da língua de Camões é gratuita, e até mais ver podem-se usar livremente, e livres de impostos. Em segundo lugar, virem esses senhores mostrar-se indignados por uma questão semântica, é no mínimo vergonhoso e no máximo calunioso, pois são eles que de forma abusivamente indigna roubaram não só os feriados, mas também o bolso de todos nós e, pior que tudo, fizeram-no de uma forma não gratuita, pois ainda por cima lhes pagamos para o fazerem. Porra para estes tipos.

o Leilão

por António Simões, em 05.02.14

"One small step for man one giant leap for mankind". Este célebre frase de Neil Armstrong proferida no momento em que o Homem pisava a Lua pela primeira vez, serve como uma luva para o post do dia seguinte ao cancelamento da venda dos quadros de Miró. Desde já esclareço que em matéria de arte sou um verdadeiro leigo, e entre uma pintura de miró e um desenho do meu petiz mais velho, opto indubitavelmente pelo segundo. No entanto, reconheço, tal como os deputados socialistas que promoveram a discussão, que a venda de património cultural de um país deve ser alvo de interesse nacional, e em circunstância alguma devemos espoliar o espólio sob qualquer tipo de pretexto. O que ontem se evitou não foi apenas a venda de umas telas borrifadas de tinta foi, acima de tudo, evitar a abertura de uma excepção que como todos bem sabemos, seria a primeira de muitas. Podemos estar sob intervenção financeira, mas até ver, este país de séculos de história não precisa de colocar a sua cultura na casa dos penhores. Este caminho deve ser evitado a todo o custo, pois caso contrário qualquer dia não é uma colecção de um pintor qualquer que vai para a Christie´s, mas sim o país inteiro...

pablo Puertas

por António Simões, em 04.02.14

Nunca uma notícia me deixou tão esperançado. PPortas, ao seu melhor estilo "one man show" discursou para os seus compadres do PP castelhano. Com uma fluência em espanhol digna de um espanhol, o ministro que só permanece na tugalândia o tempo suficiente para efectuar escala entre viagens de negócios fez as delícias do seu público. Mostrando uma simpatia sem medida, dados estatísticos a comprovar o excelente trabalho que o "seu" governo tem vindo a conduzir o rectângulo da península ibérica que não é espanhol, PPortas levou o público ao rubro, e só faltou mesmo uma ovação em pé. Perante este acontecimento, e com uma prosa fantástica na língua de nuestros hermanos, a cumplicidade que se viu entre o orador e os seus pares só me faz acalentar a esperança de que o tipo se vá embora, em busca de se tornar o primeiro político tuga a governar a Espanha. Bom para nós, e mal para eles. No entanto, bem que merecem uma estirpe política ao nível de PPortas, pois desde o tempo dos Filipes que a retaliação está por fazer...

posto dos Correios

por António Simões, em 03.02.14

Num post anterior, acerca de outra temática, sugeri a aquisição de um GPS para evitar gastos desnecessários e perca de tempo útil, que nos dias de hoje vale mais do que nunca mais que o ouro. Pelos vistos de nada adiantou. Os assuntos chave que são confeccionados na Assembleia da República, validados pela maioria governativa, continuam a ser enviados para Belém. O trajecto acaba por ser sempre o mesmo, com destino final o Tribunal Constitucional. Este presidente já demonstrou que em matéria de rutura com o governo isso nunca vai acontecer, e em matéria de decidir pela sua cabecinha podemos bem esperar sentados. Assim, só posso concluir que a verdadeira essência da figura presidencial e do Palácio de Belém, pelo menos durante este mandato, passa por outros contornos. Na verdade, no lugar de presidente da república temos um simples funcionário dos CTT, e o Palácio de Belém mais não é do que um posto de distribuição de correio...

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