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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

swap de Fechaduras

por António Simões, em 31.07.13

Foi com epicentro na sua pessoa que o país esteve perto de dar o passo final rumo ao abismo da bancarrota. Já antes de ser nomeada o seu nome esteve envolvido no escândalo "swap", mas mesmo assim PPCoelho depositou total confiança em Maria Luís Albuquerque para lhe entregar a pasta mais importante de todos os ministérios. Ontem Vítor Gaspar confirmou que a actual detentora do seu antigo cargo estava ao corrente de todo o processo e caso não estivéssemos já habituados à bagunça que este governo teima em apresentar, ficaríamos surpreendidos com o mistério que prende esta senhora ao ministério das finanças. Ora tendo em conta que Swap se refere a operações em que há troca de posições quanto risco e rentabilidade, e uma vez que no fundo já estamos mesmo, porque não apostar numa troca não só desta ministra que mente e não lhe cresce o nariz, mas também trocar todos os outros que juntos não fazem um, e guiados por este sentido económico de swap, mas acima de tudo pelo seu literal sentido, trocar de vez o elenco governativo completo. Assim, e uma vez que as férias de todos eles estão próximas e como não podemos contar com o presidente para convocar eleições, vamos beber do espírito revolucionário de abril e desse modo inebriados vamos trocar as fechaduras de S.Bento e Ministérios. Ficando assim à porta pior não poderão fazer, e as mentiras acabarão...

crise, qual Crise?

por António Simões, em 30.07.13

Durante o ano de 2012, um dos anos terribilis para o bolso tuga, não só pelas medidas que logo se fizeram sentir, mas também por todas as outras que aguardavam ao virar da esquina do 31 de Dezembro, os tugas não reclamaram um total de 6 milhões de euros em prémios. Parafraseando o saudoso Fernando Peça, é caso para dizer "e esta hein"?

segurança Papal

por António Simões, em 29.07.13

Desde o momento em que vestiu as vestes papais, o Papa Francisco não parou de surpreender positivamente, pela sua atitude irreverentemente jovial que trouxe uma verdadeira lufada de ar fresco. Desde dispensar uma serie de mordomias, a abençoar via twiter e e-mail, o Papa Francisco arrisca-se em conseguir congregar todos novamente de volta ao carinho pelo papel que o líder da Igreja pode representar, não só para católicos como para outros credos do mundo inteiro. Quem não deve achar muita piada a este modo de estar, pelo menos no que à exposição pública diz respeito, é a sua equipa de seguranças. No Brasil, para além de circular num veículo modesto sem qualquer tipo de segurança adicional, o Papa Francisco decidiu embrenhar-se no trânsito do Rio de Janeiro, de janela aberta para ficar mais próximo da população. O carro não era blindado, e por isso mesmo a barreira teve que ser feita pelos seus seguranças que no meio da multidão serviam de escudo humano. Continuo a achar certa a atitude do Papa, mas também certamente que não gostaria de estar no papel de ser seu segurança pessoal...

rugby Ministerial

por António Simões, em 26.07.13

Depois das contas, a análise desportiva desta nova equipa ministerial. Fontes bem colocadas em S. Bento garantiram a este blog que PPCoelho é um fervoroso seguidor de símbolos e simbologia, tendo por esse motivo feito o possível para conseguir criar uma nova pasta ministerial. No entanto, desengane-se o leitor se pensa que com isto o primeiro-ministro pretenderia simbolizar este novo emprego como um ponto de partida para o combate ao flagelo do desemprego. Na verdade, este novo elenco de 14 ministros + o primeiro deles permite não só dar uma machadada nas primordiais intenções de um executivo de 11, como permite o número suficiente de elementos para constituir uma equipa de Rugby. Até ao momento não há certezas sobre a possibilidade da inscrição desta equipa de rugby ministerial no campeonato nacional, mas a carga simbólica que este conjunto de 15 governantes carrega sob este ponto de vista é garantidamente certa. Com os seus desejos de austeridade para além da Troika, inspirando-se na virilidade do rugby, fica garantida a placagem e derrube dos direitos e bolso, respectivamente, do pobre contribuinte tuga.

matemática Ministerial

por António Simões, em 25.07.13

Tendo em conta que os eleitores de 5.6.2011 distribuíram os votos por:

PPD/PSD: 2159181 ( 38,66%) PS: 1566347 ( 28,05%) CDS-PP: 653888 ( 11,71%) PCP-PEV: 441147 ( 7,90%) B.E.: 288923 ( 5,17%) PCTP/MRPP: 62610 ( 1,12%) PAN: 57995 ( 1,04%) MPT: 22705 ( 0,41%) MEP: 21942 ( 0,39%) PNR: 17548 ( 0,31%) PTP: 16895 ( 0,30%) PPM: 14687 ( 0,26%) PND: 11806 ( 0,21%) PPV: 8209 ( 0,15%) POUS: 4572 ( 0,08%) PDA: 4569 ( 0,08%) P.H.: 3588 ( 0,06%)

Tendo em conta que os eleitores que decidiram não votar em qualquer dos partidos distribuiram essa intenção por:

Brancos: 148618 (2.66%) Nulos: 79399 (1.42%) Abstenção: 4039300 (41.97%)

Estou agora em condições de efectuar a análise matemática desta remodelação governativa. Não avaliando o peso dos ministérios sob o ponto de vista da importância, porque nesse ponto o CDS ganha largamente, e seguindo a frieza dos números constato que da equipa de 15 (a contar com o primeiro-ministro) 9 são cromos da máquina laranja e 4 pertencem ao aparelho centrista, pelo que facilmente se conclui que para cada ministro o PSD gastou 239909 votos, enquanto que o CDS precisou apenas de 163472 cruzes. É caso para dizer que governar tanto com tão pouco não é para quem quer, é para quem pode (qual Churchill qual quê!). Ou seja, o CDS ganha largamente e apresenta um rendimento de fazer inveja a todos os outros. Que o digam os bloquistas que a seguir os cânones da produtividade popular teriam direito a pelo menos 1 ministro, os comunistas a quase 3, os socialistas a quase um governo inteiro, e o resto todos juntos e bem apertadinhos ainda conseguiam ter a chave de pelo menos um ministério. Fossem estes números levados a sério, e nem sequer governo havia, pois com mais de 4 milhões de votos, a abstenção tinha a maioria absoluta no parlamento. Na volta talvez estivessemos melhor entregues...

governo Ersetzen

por António Simões, em 24.07.13

Na 2ª Guerra Mundial, durante o período de ocupação alemã, os parisienses calma e paulatinamente foram recuperando os hábitos do dia-a-dia, recuperando o glamour da cidade luz na medida do possível, pois para além do estado de guerra iminente ainda tinham que conviver "pacificamente" com o invasor, que passeava as suas tropas tal como se de turistas se tratassem. Uma das características de Paris são sem dúvida alguma os seus cafés, com extensas explanadas de cadeiras viradas para a rua. Nesse período os franceses descobriram o significado da palavra Ersetzen, que os alemães trouxeram junto com diminuição e escassez de todo o tipo de géneros alimentares. Se os bens essenciais faltavam, o café que alimentava as tais explanadas ainda mais escasso ou inexistente era. Desse modo surgiu um sucedâneo, ou como os Nazis lhe chamavam "Ersetzen". Nos dias de hoje aqui pela tugalândia podemos não estar em guerra de armas, mas estamos definitivamente em guerra contra o bom senso e, pelo menos aqui por este espaço, não posso deixar passar ao lado o dia em que o governo, cuja coligação chama de coeso, renova os seus compromissos. Se na altura os parisienses tinham que se contentar a degustar um "ersetzen" do café, nos vamos levar com um "ersetzen" de governo e até talvez esteja a ser mesmo demasiado condescendente ao classificar esta equipa como um sucedâneo de governo. Um governo onde o vice-primeiro ministro chega ao lugar depois de se demitir irrevogavelmente por não concordar com a nomeação da actual ministra das finanças, acabando os dois quase lado a lado na Assembleia, é um atentado ao bom senso, arruinando de vez com qualquer réstia de credibilidade que este executivo ainda tivesse. Com este tipo de políticos nem o dicionário se safa, pois após terem mudado o significado da palavra "irrevogável", agora acabam de vez com o sentido da palavra "coesão"...

o Plano

por António Simões, em 23.07.13

Qual o verdadeiro motivo pelo qual em plena crise política o nosso presidente decide rumar às ilhas Selvagens, o local mais a sul da tugalândia terra inóspita para humanos e animais (perdoem a redundância), foi a pergunta que mais intrigou os tugas nestes últimos dias. Recorrendo a tecnologia informática que foi gentilmente cedida por uma fonte que não podemos revelar, adiantando apenas que se fosse tuga se chamaria Eduardo Covil das Neves, a equipa de investigação deste blog teve acesso a informação top sectret. De facto, o périplo efectuado por Aníbal pelas várias ilhas selvagens serviu para o presidente e a sua equipa, munidos de telemóveis e GPS descobrirem locais onde as redes móveis não tivessem alcance e a PT não operasse. Desse modo, está agora estabelecido um plano geográfico de possíveis locais para onde se vai transferir a sede da presidência da república. Desde que foi obrigado a tomar uma posição presidencial para por cobro à vergonha política que nos governa, Cavaco tem andado debaixo de forte medicação para evitar o esgotamento, coisa que agora parece estar mesmo próximo de acontecer. Para evitar que o homem fique mais patego do que já está, os médicos da presidência decidiram que o melhor é transferir o seu gabinete para um local onde não seja importunado, e as ilhas Selvagens foram o feliz contemplado, onde poderá exercer as funções que ele considera como vitais no cargo presidente da república, tais como dar de comer às aves e pescar. Tudo o resto que fique para outros por ele decidirem.

crise Humorística

por António Simões, em 22.07.13

Antes de mais gostaria de elucidar o leitor que o título escolhido para este post pode ser lido nos dois sentidos, de trás para a frente e da frente para trás. Assim, recapitulando acontecimentos recentes, e imaginando este texto em formato cinematográfico, temos uma tugalândia onde:

- o pilar das finanças decide deixar descalço o seu empregador;

- o, que até então se pensava ser, líder do governo decide nomear para essa pasta uma pessoa que previamente já lhe tinha sido indicada como persona non grata, por parte do seu comparsa da coligação;

- PPortas, ao seu melhor estilo decide puxar para si os microfones da comunicação social, e em menos de 24 horas muda intregralmente o significado da palavra irrevogável;

- a "nova coligação" apresenta um governo remodelado que no entanto não chega a tomar posse. Apesar disso, PPortas volta a receber o protagonismo ao defender a maioria nos discursos finais em plena Assembleia da República, durante o debate do estado da nação, e depois da enésima moção de censura ao governo;

- o suposto presidente da república, numa manobra que tanto tem de inédita como de inércia, decide colocar mais uma moeda na roda da crise e prolonga a agonia governativa por mais uma semana, partindo depois para o local mais a sul e mais recôndito que é possível partir em território tuga;

- os três partidos do chamado "arco governativo" decidem marcar uns chás das cinco para confraternizar na esperança de conseguir a chamada "salvação nacional". O resultado foi o que se viu, e o que se esperava. Talvez se no lugar de chá tivessem servido umas minis, o resultado poderia ter sido outro e até teriam saído de braços abertos a cantar o hino.

- de volta à tugalândia e depois do intenso trabalho que teve nas Selvagens onde se fartou de caminhar e observar cagarras, a preocupação do presidente foi saber se os "senhores dos microfones e das câmaras" fizeram boa viagem e se estavam bem de saúde. Do país moribundo é que não deve mesmo estar preocupado, caso contrário não tinha deixado estas duas semanas de vergonha acontecerem para no final voltar à estaca 0.

Com este cenário, o leitor concordará que esta crise política é uma verdadeira paródia, um excelente argumento para um filme cómico, ou seja, uma humorística crise. Com este elenco político os verdadeiros humoristas estão em crise, pois o seu papel é fielmente e integralmente desempenhado por quem nos governa. A continuar assim, o desemprego no mundo do humor é garantido e à crise política pode muito bem seguir-se uma crise humorística.

aprender com os Erros

por António Simões, em 19.07.13

Definitivamente que esta velha máxima não se aplica ao pessoal da direita que governa e governou este país. No tempo de Durão Barroso assistimos à triste figura de um primeiro ministro servir de sopeiro numa jantarada a meio do atlântico para deleite de Bush Jr, Blair e Aznar. Na altura, a cimeira dos Açores apresentou-se ao mundo como uma mancha nos acordos militares que duravam desde o tempo da segunda guerra mundial. A tugalândia ficou mal no retrato, mas quanto a Durão a história é outra, pois de sopeiro subiu a Presidente da Comissão Europeia, e por lá se mantém. Nos dias de hoje, o medo do gigante americano fez com que não fosse permitida a passagem pelos nossos céus do avião que transportava o presidente da Bolívia, não fosse dar-se o caso que em companhia de Morales estivesse um tal de Snowden, o mais recente caso de "onde está o wally" de FBI, CIA e afins. Até ao momento ainda não se registou nenhuma subida meteórica de nenhum actual governante, mas também temos que dar tempo ao tempo. O que se registou mais uma vez foi a triste figura da nossa pátria na primeira vez da nossa história em que a bandeira da esfera armilar foi queimada na praça pública. Até aqui tudo bem, pois até ficamos em pé de igualdade com a star spangled banner juntas a servir de combustível para gáudio de pirómanos bolivianos enfurecidos. O problema é que a bandeira tuga não teve o virtuosismo da bandeira americana na altura de se consumir pelas chamas. Enquanto que a deles rapidamente se transformou em cinzas, a nossa encarquilhou-se e no final qualquer semelhança entre o que sobrou e couratos assados, não foi pura coincidência...

novos san Fermin

por António Simões, em 18.07.13

Como é tradição por estas alturas, celebram-se as festividades em honra ao Santo Padroeiro de Navarra, San Fermin. As notícias todos os anos são as mesmas e passam pelos tradicionais feridos de pisadelas e cornadas, e muito frequentemente a fatalidade do fim de uma vida. Notícia seria mesmo que no meio de uma festa onde jorram litros e litros de todo o tipo de álcool, com ávidas bocas prontas para o beber, sejam elas devotos locais do santo ou turistas do mundo inteiro, com largadas de touros com cornos pontiagudos pelo meio, não houvesse nenhum tipo de incidentes a registar. Como mais uma vez este ano essa utopia não se concretizou, a noticia desta vez apresenta-se sob a forma de uma réplica desta festa, em honra à Santa padroeira de Tugas e Castelhanos, a Santa Paciência. Em ambos os casos as democracias da península surgiram depois da queda de regimes ditatoriais, no nosso caso recorrendo a uma revolução pacífica, no caso deles recorrendo à lei da natureza com o caudilho claudicado pela idade, tendo entrado nos cofres da europa ao mesmo tempo. Em ambos os casos assistimos ao desperdício (despilfarro) desses rios de caudal avultado com nascente em Bruxelas, e estamos mais ao menos na mesma triste situação económica, orientados pela mão de FMI e afins. Para isso mesmo, obviamente que contribuíram os "excelentes" políticos que comandaram os destinos das nações que deram a conhecer novos mundos ao mundo. Assim, e tendo em conta que os mais recentes acontecimentos políticos aqui e lá colocaram a já débil e fraca estrutura económica numa verdadeira crise existencial, as novas festas em honra à Santa Paciência que parece abençoar tugas e castelhanos vão incluir uma largada ao melhor estilo San Fermin. No entanto, os touros enraivecidos desta feita serão substituídos pelo povo, e o povo que habitualmente deles foge será substituído pelos políticos com responsabilidade governativa de hoje e de ontem, com Mariano Rajoy, PPCoelho e PPortas à cabeça...

sá e Costa

por António Simões, em 17.07.13

Quanto a mim, o ciclismo e o atletismo são dois dos desportos onde os limites da resistência física são explorados ao máximo daquilo que um ser humano é capaz de alcançar. Seja a nível amador, seja a nível profissional, estes desportos exigem de quem pratica um estoicismo que se poderá dizer digno de verdadeiros heróis. Ontem registaram-se duas vitórias tugas em competições que muito provavelmente são o zénite de cada uma das modalidades. No ciclismo tivemos a vitória de Rui Costa na etapa de 168 Km que terminou em Gap, referente ao Tour, enquanto que no atletismo tivemos a conquista do Monte Whitney no final dos 217 Km da Ultramaratona de Badwater, feito conseguido por Carlos Sá. Cometer-se-ia um erro por defeito classificar estes homens como heróis, mas na falta de adjectivo melhor só me ocorre acrescentar que são Grandes Heróis. Exemplos destes, vindo do mundo do desporto, fazem sempre muita falta como modo de incentivo para cada um se transcender. Obrigado Campeões!

the final Countdown

por António Simões, em 16.07.13

Os velhinhos Europe tinham um grande exito, quem não se lembra de:

 

We're leaving together

But still it's farewell 
And maybe we'll come back, 
To earth, who can tell?


I guess there is no one to blame
We're leaving ground (leaving ground)
Will things ever be the same again?
It's the final countdown.


Ora traduzindo:


Estamos a sair juntos

Mas ainda é despedida
E talvez nós vamos voltar,
Para Terra, quem pode dizer?

 

Eu acho que não há ninguém para culpar
Estamos a sair do solo (sair do solo)
As coisas nunca serão as mesmas novamente?
É a contagem regressiva final.

 

Agora, numa adaptação ao novo grupo "Os Troikas", que contam como membros PPCoelho, PPortas e TóInseguro temos, a musica para estes dias de cimeiras será:

 

We're negociate together

But this is not well 
And maybe we'll come back, 
To escudo, who can tell?

 

We are who the people can blame
We're leaving euro (leaving euro)
Will things ever be the same again?
It's the final countdown.

estado da Nação

por António Simões, em 15.07.13

Quem assistiu na passada sexta ao debate em plena Assembleia da República acerca do estado da nação poderia tirar apenas duas conclusões. A primeira conclusão tira-se logo à partida sem a nada assistir, e passa por concluir, ou melhor decretar, que perder tempo a discutir algo que está à vista de todos é uma mostra do total desperdício de dinheiro, pois é assim que a doutrina popular assim compara os dois substantivos. A segunda conclusão é atingida depois de ver PPortas calmo e placidamente sentado à direita de PPCoelho, deleitando-se na escuta de um inflamado discurso do seu companheiro de partido Telmo Correia. O que se viu e ouviu foi um verdadeiro atentado ao pudor, perpetuado por este pessoal que colocou o país a dar um passo em frente ao abismo, e um insulto à moral pública quando invocam para si as virtudes de uma governação medíocre acusando todos os outros de incompetentes, sem em circunstância alguma se permitirem uma Mea Culpa. Conclui-se assim que a lata de PPortas e companhia é muita, pois a decência essa à muito que a perderam, e nem com o melhor GPS a voltam a encontrar...

tuga em Queda

por António Simões, em 12.07.13

Em que medida é que os exames nacionais de tugalês e os políticos poderiam partilhar um denominador comum? Em nada, excepto no facto de que em ambos os casos a média tem vindo a descer ocupando agora terrenos negativos. Se outrora tivemos políticos à altura das circunstâncias, com o amadurecimento da democracia a sua qualidade tem vindo a diminuir, e da bela e saborosa fruta madura reluzente nas árvores, seguiu-se a queda para o chão restando agora o material podre e consequente proliferação de bichos. O presidente deliberou um "organizem-se carago", deixando um país ainda mais à deriva na expectativa de como vão sair deste imbróglio os partidos "da troika". Ora, tendo em conta que esta ralé que nos comanda ainda vem do tempo em que não sendo permitido passar na escola com negativas, era ainda mais impensável ter negativa a tugalês, temo pelo futuro. Tudo porque neste momento podemos considerar que o ensino do tugalês entrou oficialmente em recessão, estando no segundo ano consecutivo em terreno negativo. Assim, se com a actual qualidade política estamos como estamos, no futuro, com estes craques na interpretação do tugalês estamos definitivamente condenados...

o tolo no meio da Ponte

por António Simões, em 11.07.13

Mais de uma semana depois de estalar o verniz na coligação, e depois de instalada um crise política autofágica, o presidente da república falou, e não foi para tecer comentários acerca do muito calor que se faz sentir no país. Passou uma semana de zangas entre parceiros, que tal como as tempestades trouxeram depois a bonança... PPortas que o diga. Passou uma semana onde os partidos da oposição clamavam piedosamente por eleições antecipadas. Passou uma semana na qual o presidente, tal como o tolo no meio da ponte, tinha que decidir tendo para isso marcado reuniões com tudo e com todos. Ontem, quando o jantar de muitos tugas era novamente interrompido para uma comunicação de um político para o país, o presidente surpreendeu-me... por breves instantes claro está. Inicialmente a surpresa apresentou-se como uma medida inédita na vigência de Cavaco, que ao fim destes anos todos apresentava uma decisão, ainda por cima arrojada. No entanto, no decorrer do discurso, a esperança de actividade cerebral presidencial esfumou-se. O homem tinha duas opções, ou mandava esta coligação colar cartazes junto com a oposição, ou deixava as coisas como estão. A crise política assim o exigia como forma de resolver de uma vez por todas o imbróglio gerado por este governo, no entanto, o "compromisso de salvação nacional" que Cavaco deliberou mais não é do que o adiar de uma solução. Quem estava no meio da ponte era ele e, tal como uma velha raposa matreira, soube muito bem retirar-se e deixar não um tolo mas três no meio da mesma ponte. É caso para dizer "quem vier atrás que feche a porta"...

tratar da Saúde

por António Simões, em 10.07.13

Um estudo da Universidade de Harvard, publicado na revista Science, revela que o resveratrol protege o ser humano, retardando as doenças da velhice, mediante um mecanismo de acção onde está englobada a estimulação da proteína sirtuína 1 em presença de moléculas naturalmente produzidas pelas células vivas. Essaproteína melhora o desempenho das mitocôndrias, que são a fonte de energia das células vivas. Com a idade, estes organelos celulares enfraquecem e acabam por ter problemas de funcionamento. Poderá o leitor perguntar-se "mas e que caneco me interessará esta informação?"Pois ficará desde já informado que esse composto se encontra no vinho e em amendoins. Desse modo, da próxima vez que estiver numa pacata e amena cavaqueira entre amigos, acompanhados por um bom vinho e um pratinho de amendoins, sempre poderá alegar em sua defesa que está a tratar da sua saúde.

novo Significado

por António Simões, em 09.07.13

até 2 de Julho de 2013: 

irrevogável 
adj. 2 g.

1. Que não se pode revogar.
2. Definitivo.
3. Que não torna atrás.

a partir de 2 de Julho de 2013
irrevogável  
adj. 2 g.
1. Que não se pode revogar, a não ser que seja para melhor.
2. Definitivo, até ao momento em que se apresente proposta melhor.
3. Que não torna atrás, mas se merecer a pena sempre se dá um jeitinho.


a Capitulação

por António Simões, em 08.07.13

A conferência de imprensa de sábado, com PPCoelho no papel de orador, e PPortas no papel de atento ouvinte, poderia muito bem fazer parte da cena final de um filme de cariz bélico. No sábado assisitiu-se a uma verdadeira capitulação de PPCoelho, que anunciou ao país os termos do acordo de paz, assinado entre os dois parceiros da coligação, acordo esse que foi uma autêntica rendição incondicional do primeiro-ministro que cedeu em todo aquilo que poderia ceder. PPortas, de semblante carregado, mais parecia aquele tipo que para não se rir faz cara de mau. Esta crise política poderá muito bem vir a ser adaptada ao cinema. Temos tudo para fazer uma espécie de Die Hard, mais conhecido em tuga por "Assalto ao Arranha-Céus" e respectivas sequelas. Deste modo, neste novo capítulo da saga intitulado "Die Hard - Assalto ao Poder", no lugar de Bruce Willis a desempenhar o papel de herói estará PPCoelho que tenta por todos os meios segurar um governo fantoche, o vilão que assalta o poder será protagonizado por PPortas, e a realização estará ao cargo de Cavaco, o nosso presidente fictício. Vítor Gaspar, que deu o tiro de partida para este assalto ao poder será o responsável pelo argumento. O cenário é que não precisa de adaptação, pois bastará que as filmagens se centrem nesta república das bananas, que no meio de uma governação a cargo de estrangeiros, ainda permite que a pulga centrista se banqueteie a seu belo prazer.

a Birra

por António Simões, em 05.07.13

São várias as publicações e os autores, verdadeiros especialistas na matéria relacionada com as Birras. Pais de todo o mundo procuram lidar o melhor que podem com essas situações, manifestações frequentes nas crianças de hoje, esporádicas nas de ontem, e inexistentes nas de antigamente. Tal como o tempo, as crianças evoluíram e as técnicas de birra também. Aos pais cabe o papel de se adaptarem à situação. No caso desta coligação governativa, pelos desempenhos de cada um, está visto que a figura paternal cabe a PPCoelho e o petiz é representado por PPortas. Esta birra não é inédita em PPortas. Logo no inicio da legislatura, recorrendo a pontapés no chão e cara de feio, conseguiu os três ministérios que queria, para cuidar da lavoura, dos velhinhos, e dos negócios no estrangeiro. Esta mais recente birra vem confirmar que ao contrário dos pais que se souberam adaptar às birras das crianças, PPCoelho não se soube adaptar às birras de PPortas, e consegue assim passar para os anais da história política desta jovem democracia como o pai do governo e governação mais parodiante e medíocre de sempre. O que se passou é do mesmo calibre que uma criança que faz birra no supermercado porque quer o Mickey da prateleira, os pais compram e de seguida marcam viagem  para a EuroDisney de forma a ver em carne e osso a personagem. Quase sem carne, e prestes a ver-se o osso, os tugas assistem do sofá calma e serenamente, sem nada fazer. Porra para isto.

cinco Passos?

por António Simões, em 04.07.13

Respeito e aceito todos os credos e confissões religiosas. No entanto existem um par delas cujo nome não revelarei, a bem desse respeito pela pluralidade, que teimam em esquecer a velha máxima de que a liberdade individual termina quando se começa a esmiuçar a liberdade do outro. Claro está que sempre tive toda a educação necessária para educadamente me recusar a ouvir aquilo que tinham para contar, e em boa hora se inventou o óculo da porta de entrada que permite ver quem está do outro lado. Talvez por essas dificuldades de comunicação terem aumentado, o recurso ao folheto passou a ser uma nova arma de transmitir a mensagem. Não estava preparado era para encontrar um desses folhetos com uma mensagem bombástica, tendo pensado que o dia do apocalipse estaria próximo. Há dias, depois de uma curta viagem onde se discutiam na rádio assuntos relacionados com a nossa querida e estimada "crise", estava eu a verificar a minha correspondência e dou com um desses folhetos religiosos com o título em letras garrafais "Cinco Passos para a salvação". Levado pela temática que vinha a escutar na radio, a interpretação que dei à mensagem foi tudo menos religiosa. De facto, se um Passos nos deixa quase em estado de coma, com cinco Passos o enterro está garantido...

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