O sítio do PPD/PSD de Lisboa na internet foi recentemente alvo de um ataque de hackers informáticos. Nessa operação, foram colocadas imagens de teor pornográfico, tendo como principais alvos o primeiro-ministro e alguns dos seus subordinados. Numa primeira análise, esta violação do conteúdo poderia considerar-se como um atentado à liberdade de expressão. No entanto, tendo em conta que se trata "apenas" da metade partidária que nos governa e que tem sistematicamente violado os nossos direitos, acho que os senhores que efectuaram as manipulações fotográficas ministeriais revelaram bom senso, e um sentido de humor apurado. Em tugalês, hackers significa piratas informáticos, mas neste caso transformaram-se numa espécie de Robin dos Bosques. Os piratas são estes governantes que navegam com o nosso país ao sabor do vento dos mercados.
O ambiente belicoso entre as principais potências da distribuição grossista na tugalândia tem-nos proporcionado, como clientes consumidores, vantagens de poupança. Isto pelo menos é o que parece numa primeira análise. Quanto a mim, ao entrar numa grande superfície com o intuito de ir atrás dessas "vantagens", fico sempre com a sensação que me estão a ir ao bolso de uma outra forma qualquer. Nunca se sabe, se nesta loucura da concorrência uma dessas potências lhe ocorrer de lançar uma campanha, mais arrojada do que a do extinto dia do trabalhador. Vai daí que ainda lançam descontos de 50% em todas as compras que se efectuarem durante o europeu, sendo o valor integralmente devolvido apenas em caso de vitória da selecção tuga nas terras frias da Ucrânia e Polónia. Pelo sim, pelo não, tendo em conta a prestação dos nossos jogadores, eu vou fazer as compras habituais...
Aqui há uns anos, um slogan publicitário promovido pelo Governo fez com que muitos turistas tugas descobrissem um país até então desconhecido - a Tugalãndia. Desde então o "Vá para fora cá dentro" fez com que muitos conhecessem de norte a sul o fantástico e belo país em que vivem, deixando o estrangeiro para os estrangeiros. Esta campanha conseguiu deixar sem sentido a premissa de que é impossível agradar a gregos e troianos, pois os turistas tugas poupavam dinheiro, e a hotelaria tuga agradecia. O sucesso desta campanha foi alvo de análise por parte do último conselho de ministros. Assim, e em nome da austeridade, ficou deliberado que se iria reciclar esta campanha para promover a nova política de PPCoelho e Cª. A única alteração que irão fazer ao texto é retirar a parte do "cá dentro"...
A arte pode assumir-se das mais variadas formas, feitios e expressões. Os expositores de arte são livres de dar largas à imaginação dos artistas, de maneira a levar ao grande público as obras de seus autores. Os polícias devem exercer a sua actividade de forma imparcial, devendo ser os arautos zelosos do cumprimento das leis. A notícia acerca do vandalismo a que foi sujeita a pintura do presidente Jacob Zuma exposta numa galeria de Joanesburgo, mostrou de forma clara e inequívoca a falta de talento do artista, a falta de sentido de oportunidade do director da galeria, e a falta de profissionalismo da polícia. Se no caso do artista tenho que questionar de que modo o retrato do presidente, de falo de fora, se pode considerar uma forma de expressão artística, o caso de quem permitiu que o mesmo fosse exposto ainda revela menos tino, uma vez que depois de ver a "obra" ainda poderia impedir que a mesma chegasse ao público, ou pelo menos a mandasse pregar para outra paróquia. Aos dois activistas responsáveis por dar uns retoques na pintura, a polícia teve tratamento diferente, tendo ficado a porrada reservada para o membro da raça negra, fazendo por momentos que o telespectador pensasse que estava a ver uma reportagem do canal história, dos tempos do Apartheid. É óbvio, que neste episódio quem "borrou a pintura" não foram aqueles que estavam de lata de tinta na mão.
O programa ídolos, transmitido pela televisão de Carnaxide, encontra-se mais ou menos a meio. Se fosse uma pastilha elástica estaria naquele ponto onde já não se consegue extrair mais sabor algum, continuando a mascar apenas por mera distracção. Até esta altura, sempre que me lembro gosto de ver os pobres concorrentes a serem alvo da sapiente, magistral, académica, e nobre avaliação dos júris do concurso. O que me intriga e aguça a curiosidade é saber se existe uma espécie de argumento para frases feitas, sejam elas de apreciação positiva, ou negativa. Digo isto porque, principalmente no caso de Manuel Moura dos Santos, o léxico de frases para enxovalhar um candidato a cantor é tanto, que no caso de ser da sua lavra, só poderei tirar a conclusão que ele está na cadeira e profissão errada. Quando penso que já não sabe como mandar embora de forma original, fria e dura a pessoa eliminada, sai-se com frases tão rebuscada e descaradamente ofensivas, que fazem parecer o estilo rococó no mais simples e ascético românico. Tendo em conta o número de edições deste programa, seria interessante realizar um apanhado das frases do Manuel, e reuni-las num almanaque, ou mesmo enciclopédia.
Javi Garcia, jogador de futebol do clube da 2ª circular que não o Sporting, encontra-se com a moral em alta. Depois de uma extenuante temporada tendo conquistado as derrotas do campeonato, taça e champions (segundo a UEFA, a vitória na Taça da Liga não representa valor significativo do ponto de vista estatístico), está em vias de ser convocado para o campeonato da Europa. Talvez pela euforia em que se encontra, declarou que ficou feliz pela sua equipa ter sido eliminada pela que se tornou vencedora da champions, tendo considerado que "demos um banho de futebol ao Chelsea". Se analisarmos esta declaração do ponto de vista linguístico, estamos perante o recurso de estilo chamado pleonasmo, pois, o banho que deram foi tanto que encheram o estádio de água, tendo-se esquecido que não sabiam nadar. Agora sempre podem usar o detergente do banho para limpar os muros à volta do seu estádio, onde os satisfeitos adeptos deixaram frases de ânimo como "Veiga, paga o que deves", "Tavares e Veiga, oportunistas do regime", "Veiga e Vale e Azevedo, amigos e sócios" ou "Seara, lambe botas", em relação ao anteriores dirigentes. O actual, em pleno estado de graça?, não quer ver o nome dos seus antecessores manchado, e vai proceder à limpeza com a água reciclada dos quartos de final da champions.
PS: perguntar-se-á o leitor o motivo da falta de análise neste blog, acerca dos acontecimentos de ontem no Dragão Caixa. Segundo os estatutos da F.P. Basquetebol que a linha editorial teve acesso, em caso de falta de sistemas de rega, são proibidas as manifestações de júbilo de equipas visitantes nos recintos dos visitados...
Desde que se começou a falar de um modo mais frequente das agências de notação financeira, o sentido da avaliação das mesmas é sempre o mesmo, ou seja, para baixo. Começou com a Grécia, passou para a Irlanda, chegou a Portugal, e atravessando a fronteira está a dominar a Espanha. Nada escapa, sendo o primeiro alvo a banca. Até economias robustas e fortes como a americana e alemã já foram alvo das quedas de rating. Se alguma vez elevaram o rating a algum país, a notícia não veio a público. Estão ao nível do barril do crude, só que enquanto este faz cada vez mais justiça ao nome de ouro negro, as agências de rating encarregam-se de transformar pomares e hortas floridas em pântanos nauseabundos e aterros sanitários. Vai daí que estão no negócio errado. Com a capacidade que têm com as suas avaliações de enterrar um país, deveriam mas era de se transformar em agências funerárias com serviços de coveiro a domicílio.
O Ministro da Defesa anunciou que os exercícios militares que envolvam o gasto de combustível, terão que ser sujeitos a apreciação superior, no sentido de minimizar os custos operacionais do ministério. Até ao momento não veio a público em que medida esta medida pode implicar a realização dessas manobras de aprendizagem, mas uma "garganta funda" directamente relacionada com o gabinete do ministro adiantou a este blog que os cortes não se ficarão por aqui. Assim, as medidas de contenção militar englobam os três ramos das armadas:
- no exército, as latrinas serão dispensadas e os militares só poderão obrar durante a realização de manobras militares, em terrenos agrícolas pertencentes ao exército, de forma a criarem uma sinergia ao nível do adubamento das terras, levando à letra a máxima de Antoine de Lavoisier de que na natureza nada se perde, nada se cria; tudo se transforma;
- na força aérea, os exercícios aéreos vão passar a ser efectuados apenas com papagaios de papel;
- na marinha, para além de já se ter solicitado ao IPAR e ao Museu da Marinha os navios a vela dos descobrimentos, os chuveiros serão vendidos para os festivais de verão, sendo o banho dos marujos obrigatoriamente realizado durante os exercícios de navegação. Esses exercícios vão cinjir-se aos principais rios tugas, uma vez que a navegação em mar alto é muito dispendiosa.
Estas medidas foram precipitadas depois de se ter conhecimento dos custos envolvidos na operação de resgate ao emigrantes tugas, em terras da Guiné-Bissau. A esse respeito, em caso de outro golpe de estado noutro país qualquer onde a presença lusa se faça sentir, a mesma fonte adiantou que a resposta do ministro foi "o PPCoelho que resolva, ele é que mandou o pessoal para fora".
O fim de semana futebolístico provou que a bola é redonda, e nem sempre o favorito é o vencedor. Para além disso, e da excelente arbitragem da equipa do apito tuga, as duas finais que tive o prazer de assistir pela caixa mágica levaram-me a concluir que de facto, muito frequentemente o crime compensa. Por um lado temos o caso da equipa de futebol londrino, que ao longo dos últimos anos nos tem presenteado com futebol de alto nível, mas foi necessário recorrer a métodos que em pouco favorecem o espectáculo do esférico, para conseguir um título há muito o desejado e que há muito o mereciam. O Chelsea é o justo Campeão Europeu, mas devia estar atrás das grades depois de ter dado um tiro fulminante no desporto rei. Por outro lado, na final da Taça de Portugal, para além da briosa conquista da equipa dos estudantes, assisti ao deambular pelos mais variados palcos, de uma figura ímpar da política tuga - Isaltino Morais. Desde o almoço oficial ao back stage da final, até à entrega do troféu, o homem do charuto deixou o aroma a Cohiba por tudo quanto era sítio. Se o crime de uns se compensou com o troféu das orelhas grandes, a enciclopédia de crimes do outro para além de terem prescrito, ainda lhe dão direito a protagonismo de topo...
Os senhores árbitros da tugalândia estão de parabéns! Em nome do apito tuga, Pedro Proença vai levar o nome de uma das profissões mais contestadas em Portugal aos píncaros do futebol europeu, e talvez mesmo mundial. Junto com ele, a presença de mais 5 profissionais da arbitragem lusa na final da maior e melhor competição do mundo de clubes é motivo de orgulho. Apesar da linha editorial deste blog se congratular com esta nomeação, o valor da verdade assume maior preponderância e desse modo não se deixou levar em euforias, e esmiuçou o assunto ao pormenor. Para o efeito, recorreu a uma equipa de escutas, orientada por espiões de renome internacional, todos eles diplomados pela Universidade Silva Carvalho. O resultado foi o acesso ao conteúdo integral da reunião onde se optou pela equipa de árbitros tuga para a final da Champions. Por motivos de decoro não podemos passar o que foi dialogado, uma vez que desde patrocinadores a meios de comunicação do mundo inteiro, passando pelos vendedores de cerveja e hoteis bávaros, todos estavam furiosos com esta final imprevista, não tendo sido possível a final desejada por todos entre o FC Barcelona e o Real Madrid CF. De facto, já bem no final da reunião, Michel Platini, farto da falta de entendimento em relação ao juiz da partida disse:
(traduzido já do francês) - porra pessoal, já estou por tudo, por mim, até pode ser um português.
E se assim foi dito, assim foi feito. Merci Platini.
Tendo em conta que a diferença de pontos entre o 2º classificado e o 3º é de 30 pontos, e Messi e Ronaldo sozinhos marcaram mais golos do que mais de metade das equipas do campeonato, a questão que se segue é totalmente pertinente: isto é uma competição de 20 equipas, ou uma dança a dois? Os nossos vizinhos deliram com a liga, e eu acompanho atentamente o fenómeno. No entanto agora no final chega-se à conclusão que a dimensão dos dois clubes maiores é tão grande em relação a todos os outros, que no fundo, o único que interessa são os jogos entre eles. Este problema parece ser típico da península ibérica, com uma pequena diferença: é que na tugalãndia, só existe um clube que se destaca sobre todos os outros, e mesmo quando não se encontra no melhor, é campeão. Alá Portoooooo.
A primeira reacção foi de paródia. A segunda de espanto. Quando finalmente tinha o ritmo cardíaco restabelecido depois dos músculos relaxarem do esforço das gargalhadas, fui finalmente capaz de ler a notícia com a devida atenção: "O SL Benfica assinou um protocolo com uma agência funerária para que os sócios do clube da Luz possam usufruir de funerais com serviço personalizado com a temática benfiquista. Segundo adianta o Diário de Notícias, os sócios dos SL Benfica vão ter um desconto de 12,5% nos serviços funerários da Servilusa e poderão contar ainda com uma cerimónia personalizada que pode ir de uma urna ornamentada com elementos do clube da Luz à hipótese de fazer soar o próprio hino do Benfica no funeral." Por vezes, encontrar material com que parodiar é difícil, e é necessário recorrer a esforços adicionais de imaginação para cobrir certos factos e acontecimentos com um cariz humorístico. Contudo esta notícia não precisa de maquilhagem nem qualquer tipo de retoque, fala por si só.
PPCoelho, depois de ter classificado os tugas de piegas e depois de os mandar emigrar, anunciou em plena Assembleia da República que era necessário "compreender melhor o que está a acontecer no mercado de trabalho". Se com os primeiros dois exemplos aqui enunciados deu sinais de prepotência e desprezo para com os seus governados, nesta última intervenção veio ao de cima a sua incompetência e incapacidade para governar. Não é preciso ser diplomado em economia por uma Harvard ou Oxford qualquer, para compreender o que se passa com o mercado de trabalho: sr. ministro, o mercado deve estar no mesmo sítio, o trabalho é que pelos vistos não se encontra nas bancas. Foi exactamente por entre as bancas da feira do livro da capital, onde procurava a obra "Como governar um país", que foi vaiado por um pequeno grupo de tugas iluminados, que se denominam de "indignados". Resta-me pois a esperança que a justiça dos ditados portugueses ainda seja aplicada, e a seu tempo este senhor que nos tem presenteado com discursos e frases pessimistas, tenha o seu destino devido. Sempre ouvi dizer que "pela boca morre o peixe" e "mais vale tarde que nunca".
Os gregos estão a ver-se gregos para encontrar um governo para a Grécia. A cadeira do poder está para os políticos gregos como a Sibéria para o mundo em geral: todos sabem onde é, mas ninguém lá quer ir. A comissão europeia está firmemente preocupada em conseguir uma solução para evitar a derrocada do euro. Os meus conhecimentos de economia não são muitos, mas analisando de um ponto de vista superficial, e acima de tudo estético, acho que o problema está a ser o típico caso de "a montanha parir um rato". No fundo, a saída da Grécia do euro permitiria que as notas finalmente dissessem apenas euro, e o Eypo ficaria para a história. Os gregos para a Grécia, e o Eypo com eles.
Os habitantes da tugalândia, ao contrário do vinho do Porto, com o passar dos anos têm vindo a perdes qualidades, e paulatinamente se encaminham para uma espécie de zurrapa qualquer, armazenada em foleiros garrafões brancos de 5 litros vendidos a 99 cêntimos. De bravos e destemidos guerreiros e navegadores, passamos agora a ficar surpreendidos quando um dos nossos faz algo de extraordinário. Digo isto, porque a reportagem de José Mourinho foi apresentada no sentido do homem ser um caso há parte do panorama tuga, como se termos o melhor treinador do mundo, e talvez da história, fosse uma espécie de pecado cometido ao nosso fado de fracasso nacional. Apesar de considerar que ainda somos uns verdadeiros valentes, existindo vários exemplos de orgulho, não se esgotando apenas em Mourinho, perante esta linha de pensamento com que a televisão pública delineou a figura novo treinador campeão de La Liga, acho que devemos passar a considerar Camões como o Nostradamus português, e desse modo passar a interpretar a primeira estrofe dos Lusíadas do seguinte modo:
Segundo notícia do jornal I, em Setembro a tugalândia poderá ser alvo de um processo de contra-ordenação, oriundo do facto de não se respeitarem os direitos fundamentais das galinhas poedeiras. Em causa está o incumprimento de uma norma comunitária que visa garantir a qualidade de vida das aves, assegurando um local de trabalho digno, limpo, arejado e amplo. Este incumprimento para além de manifestar um desrespeito pela arte poedeira, poderá resultar numa multa avultada para o erário público. Pelo bem da dignidade galinácea, espera-se que as obras de remodelação dos aviários sejam céleres, para as galinhas terem o seu espaço devido e ninhos, poleiros e pranchas de desgaste de unhas de qualidade. Caberá depois às galinhas colocar ovos, que nós por cá, em caso de excedente, temos uns quantos alvos a atingir...
O post de ontem fez-me lembrar que na 2ª Guerra Mundial, ao serem descobertos nos campos de concentração, as vítimas que sobravam do terror nazi, encontravam-se em avançado estado de subnutrição. Na altura, por muito que custasse aos soldados, estes não podiam ceder à tentação misericordiosa de alimentar de qualquer modo, e quantidade, os prisioneiros sobreviventes. A alimentação teria que ser gradual, de forma a voltar a habituar o estômago ao alimento que durante anos tinha sido quase inexistente. Cá pela tugalãndia, não querendo cometer a blasfémia de qualquer comparação, o ministro Vítor Gaspar optou pelo mesmo tipo de cuidado, no que aos subsídios da função pública diz respeito. A desnutrida carteira da função pública voltará a receber o subsidio de férias e 13º mês, que violentamente lhe foi retirado durante 4 anos, mas apenas ao ritmo de 25% ao ano, não vá a mesma sentir-se mal com o excesso.
Este livro que já foi há muito tempo adaptado ao cinema, assim como há mais tempo ainda foi escrito, transportou-me para o cenário que envolveu os dias precedentes ao desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia francesa, e descreveu, à base de testemunhos pessoais, todo o dia 6 de Junho de 1944, que como o Marechal de Campo Rommel preconizou seria "o dia mais longo". O livro começa com os dias anteriores ao desembarque, descrevendo a logística de preparação, onde apenas poucos saberiam tudo, que acabou na maior operação de tropas multinacionais alguma vez efectuada na história militar, envolvendo milhares de pára-quedistas, soldados e marinheiros, que de Le-Havre a Cherburgo, lançaram a lança da liberdade na Europa fascista. Um soldado, num dos batelões de assalto com água pelos joelhos, vómitos por todo o lado, recebendo tiros de metralhadora, perante o espectáculo de milhares de navios e aviões ainda terá tido lucidez para dizer "que pena não ter aqui a minha máquina fotográfica". Já tinha lido sobre esta data o livro de Antony Beevor "O Dia D", que se revelou muito pormenorizado sob o ponto de vista militar, tornando a leitura mais densa. Este livro por seu lado, recorrendo então a histórias contadas na primeira pessoa, permite a elaboração de cenários, que por muita imaginação que se tenha, e por muitos filmes que se tenham visto, não chegam a atingir o horror por que aqueles valentes homens terão passado nesse dia, mas deixam o leitor com o peso das palavras e acontecimentos descritos.
PS: O post de hoje não foi colocado por mera coincidência.
1. Cada um dos apêndices duros que certos ruminantes têm na cabeça.
2. Chifre, chavelho.
3. Bico ou saliência de alguns ossos.
4. Cada uma das pontas do crescente da Lua.
5. Buzina.
6. [Informal] Antena, tentáculo.
7. [Calão] Marido, namorado ou companheiro atraiçoado.
e altruísta significa:
1. Relativo ao altruísmo.
2. Dedicado aos seus semelhantes.
3. Pessoa cheia de filantropia.
Soares dos Santos "Chairman" da Jerónimo Martins, tal como um marido, namorado ou companheiro atraiçoado, foi o último a saber. Só depois dos gerentes das 369 lojas serem informados com 15 dias de antecedência, e dos 24 mil trabalhadores serem informados com 1 dia de antecedência, é que lhe disserem que "ò Alexandre pá! Tu, que mais do que santo, és Santos, vais perder umas valentes coroas com uma campanha que o pessoal do marketing idealizou, e ajudar o faminto povo tuga, que nunca mais ninguém se vai esquecer onde raio fica o Pingo Doce. O slogan do Pingo Doce venha cá não resulta, mas com este desconto de 50% vais ver que vamos ter mais bichas à porta das lojas do que gays na parada do Rio de Janeiro, caneco". Assim, perante tamanha ignorância e benevolência consentida e concedida pelo próprio, sugiro a criação de uma nova palavra, que conjugue o significado de corno com altruísmo.
Na semana passada, questionado sobre a falta de comparência dos militares de Abril e de algumas figuras major do cenário político da altura, de agora e de sempre, para as comemorações do 38º aniversario da revolução dos cravos, PPCoelho considerou habitual que "algumas figuras políticas queiram assumir o protagonismo em datas especiais". Poder-se-ia considerar uma blasfémia política esta arrogância, ou mesmo um caso gritante de "a formiguinha já tem catarro", mas na verdade trata-se apenas de seguir uma linha de actuação, que lhe foi moldada desde a tenra infância de construção de um modo de estar na vida pública, pelos seus antepassados do PPD. Existem vários exemplos de figuras ligadas à máquina laranja, mas de todos, destaco apenas 3 casos de "protagonismo em datas especiais":
- autárquicas 1989 - Marcelo Rebelo de Sousa, em plena campanha eleitoral, aparece nos meios de comunicação munido de um par de chinelos e uns calções, mergulhando destemidamente nas limpas e saudáveis àguas do rio Tejo.
- presidenciais 1996 - Aníbal Cavaco Silva, procurando fugir a perguntas de jornalistas, durante uma acção de campanha das presidenciais, prefere ocupar a boca com uma fatia de bolo rei, mastigando de boca aberta, e com tal sofreguidão, que mais parece um etíope a que foi dada uma carcaça de pão alentejano;
- um carnaval qualquer dos últimos 30 anos na ilha da madeira - Alberto João Jardim, que durante o ano mascara-se dePpresidente do Governo Regional da Madeira, em dias de carnaval deixa a máscara em casa, e liberta o verdadeiro eu durante os dias de folia carnavalesca.