Talvez pela temática abordar o misticismo e esotérico, este livro de Arturo Perez-Reverte não satisfez totalmente as minhas expectativas. A intriga está presente, tendo por vezes provocado uma certa insónia, fruto da sensibilidade do leitor para com o assunto em causa. De resto, o enredo não provocou a mesma curiosidade que a leitura prévia do resumo do livro tinha despertado. Este livro foi adaptado ao cinema, com o título "A Nona Porta" sendo o papel de Corso interpretado por Johnny Depp. Já foi há uns anos que vi a película, mas pelo que me lembro as semelhanças com o livro são bastantes. Cronologicamente o livro pertence aos primeiros tempos do escritor. Como leitor, numa escala ascendente, coloco-o na primeira linha de preferências, das obras que de Perez-Reverte já tive o prazer de ler.
Periodicamente, temos os senhores da troika a verificarem as contas do país, estudando relatórios e estudos efectuados por diversos sábios do mundo económico, de forma a validarem o comportamento dos tugas em relação ao plano de ajuda externo. Sempre na vanguarda, este blog procura efectuar a sua quota parte de serviço público, disponibilizando neste caso particular um dado revelador das dificuldades que se fazem sentir, frutos de políticas injustas de austeridade arbitrária. Um estabelecimento comercial, sobejamente decorado, disponibilizando para o exterior televisores (o termo parece antiquado, mas não desajustado) em número que fariam inveja a uma colónia de cogumelos, tinha no meio dessa amálgama tecnológica uma singela folha de papel tamanho A4, a publicitar um assunto qualquer. Até aqui tudo normal, não fosse dar-se o caso dos aparelhos se encontrarem todos desligados, tendo que recorrer a formas de comunicação do antanho. Senhores troikanos, aqui tem um bom exemplo dos problemas que este país atravessa, quando bens essenciais como a electricidade assumem contornos tão dispendiosos, que já não se pode alimentar os aparelhos que dela dependem.
Na semana passada, de forma surpreendente, o principal produto da produção diária do hemiciclo parlamentar foi objecto de estudo, quer pelo lado da oposição socialista, quer ao nível das mais altas esferas do Conselho de Administração da Assembleia da República. Assim, a discussão em torno da água, levou à criação de grupos de trabalho como forma de se chegar a uma conclusão relativa ao seu uso, uma vez que os tempos de seca ambiental e orçamental assim o exigem. Surge assim uma oportunidade única dos parlamentares lavarem a sua imagem, sem que para isso tenham de gastar água, ou outra coisa qualquer. Peritos que são em "meter água", podem desta forma dar asas ao seu trabalho de aneira diária, e deste modo combater a escassez de água que está a levar a tugalândia a níveis de seca, e ao mesmo tempo, promover uma espécie de reciclagem, pois podem passar a beber daquilo que produzem, pondo fim à discussão dos gastos em volta das garrafas, garrafinhas, copos e toalhinhas de papel, que tem dominado os bastidores da Assembleia. O ambiente agradece e o cofre do estado enriquece.
Pode dizer-se que o assunto já tinha meses, pois referia-se à atribuição de prémios da Globe Soccer Awards, que decorreu no Dubai no dia 28 do último mês do ano anterior ao actual (é só fazer as contas, como dizia o Guterres). O Provedor do Espectador, ao anunciar a temática do último Voz do Cidadão, prendeu totalmente a minha atenção para o programa. Tendo sido solicitado por vários espectadores, o Provedor vinha colocar justiça no facto de se terem omitido notícias referentes à atribuição dos prémios de Carreira e Empresário do Ano a, respectivamente, Jorge Nuno Pinto da Costa e Jorge Mendes. Na altura, no Telejornal foi apenas dado destaque ao prémio atribuído a Cristiano Azeiteiro Ronaldo, revelando um racismo inusitado dos outros dois laureados Jorges. Ora, o programa do Provedor até estava a correr bem, com opiniões de cidadãos comuns a exercerem o seu direito de indignação, mas com a introdução dos convidados fez aquilo que na gíria popular se designa por "borrar a pintura". Pedir a opinião para um tema no qual figura a pessoa de Pinto da Costa, a Vítor Serpa, director do maior pasquim de informação desportiva despudoradamente tendencioso de cores vermelhas, é no mínimo redundante, e no máximo estúpido. Seria o mesmo que no tempo da outra senhora, pedir a um funcionário de uma determinada instituição da António Maria Cardoso, opinar sobre a liberdade de expressão.
Depois de toda a novela, e com o levantamento do véu da alienação europeia, acho que se podem resumir as notícias referentes à tragédia económica grega, a algo que doravante passará a constar nos dicionários de filosofia como a alegoria da taberna (A.Simões dixit). Assim, Christine Lagarde, assume o papel de taberneira, que alimenta o vício do álcool da alcoólica Grécia. Tudo começa com os primeiros copos, a que se seguem os segundos, terceiros, e por aí adiante, até o etilismo assumir o comando dos desígnios gregos. Nesse ponto, a Grécia já moribunda, clama por mais uma tigela, que a taberneira recusa, não porque a consciência lhe pese, mas porque já é tarde e quer fechar o estabelecimento. Com toda a educação inata a este ramo da actividade, o fiel cliente é "subtilmente" despejado (ou será despojado?) para fora da porta. Para nosso bem, espera-se que os comparsas que ainda se seguram em pé, saibam ver que este não é o caminho.
De caneta vermelha na mão, os troikanos aterraram na tugalândia para efectuarem mais uma avaliação das medidas de combate ao défice. Como os senhores se deslocam em viaturas oficiais, não souberam da greve de transportes públicos, e chegando à Assembleia da República em dia de Carnaval, verificaram que a mesma se encontrava de portas abertas. Ao entrar, ficaram ainda mais admirados ao confirmarem a movimentação de alguns deputados pelos corredores do palácio. Tal como PPCoelho tinha conferenciado aos troikanos, estes viram com seus próprios olhos que o ministro é homem de ferro, e confirmaram que a política de rédea curta está em curso, não havendo tolerância de porra de carnaval nenhum, que o tempo é de crise. Durante a manhã, tudo corria pelo melhor. O problema veio à hora do almoço. Entusiasmados por comer um arroz de cabidela, que tinham provado na cantina da assembleia durante a última visita de estudo, deram com o estômago na porta, pois o refeitório estava fechado. Intrigados, perguntaram qual o motivo do fecho. Ao saberem que se deveu à tolerância de ponto, estupidofactos procuraram saber se isso ocorreu em mais algum local. Inteirados da situação de pandega carnavalesca nacional, exigiram explicações a PPCoelho. Este, sem saber o que responder, soube dar a volta ao assunto, pois convidou-os para uma muamba de galinha. Esperemos que a segunda dama tenha bons dotes culinários, para que não tenham passado fome, e se esqueçam desta pequena, mas saborosa, golpada na austeridade.
Pergunto: será que alguém ficou verdadeiramente surpreendido com o anúncio, de PPCoelho, da não tolerância de ponto na terça-feira de carnaval deste ano? Eu piamente acredito que os portugueses, sábios reconhecedores da técnica do aqui há gato (neste caso coelho), não foram apanhados desprevenidos por esta notícia. Apesar das desavenças, desencontros e diferentes opiniões entre PPCoelho e seu padrinho, o facto é que o nosso ministro vai fazer o mesmo que em tempos passados já tinha sido feito por Cavaco Silva. Para além disso, esta atitude só mostra um sentido de responsabilidade coerente, pois tendo em conta a palhaçada que nos conduz, não é necessário parar o país no carnaval, porque o fato já se veste durante o ano inteiro.
Homem de luta política, o nosso presidente com toda a certeza não se deixaria vergar por uma manifestação de uns catraios imberbes, e seria perfeitamente normal ter continuado com a sua agenda, visitando a escola onde o esperavam armados até aos dentes de cartazes e palavras de indignação. Fontes ligadas à casa civil do PR, adiantaram em primeira mão, e apenas a meios de comunicação dignos desse nome, que o impedimento se deveu a uma notícia de última hora. Maria, enquanto tomava o pequeno almoço, descobriu que o paio e a mortadela estavam em promoção no mini-preço, pelo que, e em nome da austeridade nacional, pediu a Aníbal que não perdesse tempo, e que fizesse o desvio para se abastecer. A fila no estabelecimento era grande pelo que o atraso foi inevitável. No entanto, a mesma fonte informou que a intenção do presidente era ir à escola, onde poderia aproveitar e almoçar na cantina, com preços mais convidativos. Acontece, que estando os alunos acampados à porta, a comer de marmita e sandes na mão, o bom senso presidencial considerou que o melhor mesmo era cancelar a visita.
Na ignorância da existência de um índice de liberdade de imprensa, foi com alguma estupefacção que recebi a notícia que Portugal subiu do 40º lugar para o 33º, numa escala de 179 países. Quanto a mim, a existência de um índice deste tipo, parece algo despropositado no sentido de o mesmo ser estabelecido em ranking. Seria muito mais lógico ser estabelecido um critério muito mais simples, pois ou existe liberdade ou não. Qualquer tema que seja alvo de qualquer caneta azul, é um atentado à liberdade de expressão, estando pois em causa a liberdade de imprensa. O que faz falta neste mundo, e particularmente em Portugal, é um índice da qualidade da imprensa. Houvesse essa classificação, e passávamos a ocupar patamares tão baixos como as nossas participações no festival Eurovisão da canção.
Por sujestão de um leitor assíduo, e pela actualidade da mesma, partilho uma anedota:
Em Lisboa, um menino regressa da escola cansado por andar a pé uma grande distância. O governo subiu os preços e não há dinheiro para o passe.. Faminto, pergunta à mãe; - Mãe, o que temos para comer?... - Nada, filho!... O menino olha para o papagaio que têm em casa e pergunta: - Mamã, porque não comemos papagaio com arroz?... - Não há arroz!.... - E papagaio ao forno?... - Não há gás!... - E papagaio no grelhador eléctrico?... - Não há electricidade!... - E papagaio frito?... - Não há azeite!... O papagaio felicíssímo gritou:
Domingo, por motivos ainda não totalmente explicados, o mundo da música perdeu uma fantástica voz. Whitney Houston junta-se a outros que demasiado cedo, e de forma abrupta, deixaram como último single uma triste faixa silenciosa. Já anteriormente, outros artistas tiveram o mesmo destino, tal como Jimi Hendrix com vinho e medicamentos para dormir, Janes Joplin com heroína e álcool, Jim Morrison com uma indigestão de não se sabe bem o quê, Kurt Cobain com heroína e uma espingarda nas mãos erradas, Michael Jackson de eutanásia particular, e Amy Winehouse por overdose de álcool. Ora, o que têm em comum estas personalidades? São músicos. Analisando estes dados do ponto de vista filosófico, e recorrendo a um silogismo rebuscado, podemos chegar à intrigante conclusão que o vício verdadeiramente responsável pela morte de todos foi a música, a qual todos, em cada estilo, tinham de sobra e era do melhor.
Santana Lopes adiantou, em primeira mão, que o antigo chefe de estado do regime ditatorial português não morreu, está vivo, mudou de sexo, e pertence à família de um dos mais reputados deputados bloquistas. A discussão versava sobre o tema mais mediático da actualidade, a pieguice, quando Pedro atirou um violento "Salazar é a sua tia pá" a Fernando Rosas. Acho que com este episódio, a classe política sai dignificada, pois começa a levar à letra as palavras de PPCoelho. De facto, em vez das habituais pieguices e falsas pluralidades democráticas, o que estamos a precisar é de passar à acção. Espero, que em próximos episódios, e nomeadamente no parlamento, em vez dos "doutores", "senhores deputados", "vamos ter moderação", se passe efectivamente à acção e o léxico parlamentar passe a incluir "seu chulo", "corrupto", "proxeneta", sapatos pelo ar, murros, xutos & pontapés. Sei que com isto não se melhoraria nada, mas pelo menos a paródia estava garantida e de vez em quando os palhaços passavam a ser os que realmente contribuem para a palhaçada.
Dei por acaso com este livro de Laura Hillenbrand que na capa diz "Faça a si próprio um favor e compre este livro". Foi o que fiz, e no final da leitura fiquei a conhecer um exemplo de estoicismo que foi, e é, uma figura perfeitamente desconhecida para mim, Louie Zamperini. Em termos literários, é de se tirar o chapéu à escritora a forma como transforma uma biografia em algo que não sei classificar, mas que de tão intenso, fez-me percorrer as páginas do livro de forma obstinadamente ávida de mais um capítulo. Nos dias de hoje, termos uma referência que nos provoque ganas de ir mais longe, não desanimar e ver o copo meio cheio, ou mesmo a transbordar, faz tanta falta como uma bóia de salvação para um náufrago. Este homem, faz parte dum círculo mágico de predestinados que, acredito, são periodicamente lançados para não nos afundarmos.
Desengane-se quem pensa que o título deste post é um incentivo à moribunda indústria da construção civil, com o intuito de renovar o parque habitacional. Na verdade, refiro-me com esta manchete à vontade do governo expressa pela pessoa do ministro da solidariedade?! nacional, em, e passo a citar "sempre que uma instituição aceitar uma família que tem maiores rendimentos e pode pagar um pouco mais, terá obrigatoriamente que criar uma vaga para um idoso com menores rendimentos". Vendo esta notícia na perspectiva do copo meio cheio, terei que aplaudir esta iniciativa, uma vez que está garantida a equidade de acesso a cuidados de saúde diferenciados na terceira idade, não havendo distinção entre ricos e pobres. No entanto, partidários do copo meio vazio, e seguidores cavaquistas confessos, vêm nesta medida uma tentativa de alienação de Cavaco no papel de presidente da república, para desse modo lhe dar o merecido descanso que a idade lhe merece. Claro está que para isso, será necessário a vaga de um rico ser ocupada, para a do pobre surgir...
É reconhecida a diferença abissal de critérios jornalísticos, relativamente à percentagem de impacto das notícias sobre o clube da 2º circular que não o Sporting, e o Futebol Clube do Porto. Para além do universo de destino ser efectivamente muito mais amplo, é sem dúvida alguma mais ávido da esperança e da boa nova da salvação. Ontem, a entrevista concedida pelo rei dos pneus, foi mais um exemplo disso mesmo. A introdução do tema da entrevista e do entrevistado incluía que o mesmo representava o clube que justamente lidera o campeonato, está nos oitavos da champions e nas meias finais da taça da liga. Jorge Nuno Pinto da Costa, das duas últimas entrevistas que concedeu, representava o clube vencedor da champions, Liga Europa, Campeonatos Nacionais, Taças de Portugal e Supertaças. Não vi o resto da entrevista, mas presumo que perante estes dados o tipo de perguntas para Vieira só pode ser do tipo "o que queres ser quando fores grande", enquanto no o caso de Pinto da Costa é algo mais do género "veni, vidi vici".
Na passada 6ª feira de manhã, em Loulé, Alcobaça, Torres Vedras, Ovar e Funchal, onde ao som de marteladas com pregos na madeira e contraplacados, costureiras davam os último pontos nos fatos e retoques de pormenor de pintura se concluíam, o ambiente festivo de carnaval preenchia o árduo trabalho diário de quem prepara um dia de folia, ao longo de um ano inteiro. Por algumas horas de divertimento, muitos dias de trabalho, que movimentam a economia e fomentam o turismo. Surpreendentemente, ou não, PPCoelho anuncia curto, grosso e em bom som, que na terça feira de carnaval não há tolerância de ponto para ninguém. Já em dias anteriores tinha referido em plena Assembleia da República que as metas tem de ser atingidas "custe o que custar". Na 2ª feira seguinte referiu que faltando 20 dias para o carnaval, o anúncio ainda foi a tempo. Parece que custe o que custar, vai ser à conta de gozar com o trabalho dos outros.
Como é habitual, sempre que os termómetros sobem uns graus, ou descem outros tantos, instala-se o pânico no país, e os meios de comunicação social fazem disso o seu alimento dos tempos de antena mortos, até à exaustão do tema. Por estes dias, fartei-me de ouvir falar duma vaga de frio vinda da longínqua Sibéria. Um tipo que venha de lá, onde a temperatura máxima não ultrapassa uns agradáveis 10º negativos, ao assistir a este alarido só poderá concluir que estamos completamente loucos. No entanto, este medo do frio pode ser a nossa salvação. Se assistirmos a uma vaga de frio verdadeiramente polar, com temperaturas como as que se registam no norte da europa, de certeza que no mínimo haveria uma evacuação em massa dos portugueses para destinos tropicais como o Brasil. Desse modo, quando o tempo aquecesse, sempre poderíamos voltar e começar o país do 0. Só que desta vez, para fazer tudo direitinho...
Estava previsto para ontem uma mobilização massiva dos trabalhadores afectos ao sector dos transportes, de modo a proporcionarem uma greve de números nunca vistos. No entanto, no decorrer do dia verificou-se que a coisa afinal não foi tão grave como o esperado. É certo que em algumas áreas a paralisação foi total, mas em muitas outras foi fraca, ou mesmo inexistente, sendo os transportes garantidos com é hábito diário. Também como é hábito, as televisões dirigiram-se para o local, onde aguardavam hordas de utilizadores furiosos pela falta de barcos, comboios e autocarros. A desilusão instalou-se logo de manhã, quando os motivos de reportagem escasseavam perante a falta de adesão à greve. A principal notícia prendia-se com o facto de jornalistas espanhóis também se terem deslocado para noticiar esta paragem. Para além da desilusão de terem feito a viagem em vão, levam na bagagem mais uma imagem negativa de Portugal. Afinal de contas, nem para não trabalhar temos jeito e nos entendemos.
Uma pessoa mais distraída poderia considerar uma blasfémia (estamos num estado laico com feriados religiosos, pelo que a expressão tem toda a legitimidade) o facto do Banco de Portugal ter adquirido pela modéstia quantia de um ano de salários mínimos, um fantástico veículo habitualmente utilizado para o transporte de jogadores e utensílios de golfe. Ciente que tal aquisição foi efectuada de acordo com os cânones das boas práticas de gestão de fundos públicos em Portugal, acredito que este meio de transporte será utilizado para um fim diferente mas muito semelhante. Habituado que está a transportar jogadores entre buracos de um campo de golfe, nada melhor do que este meio de transporte para levar os gestores do Banco de Portugal por entre os buracos orçamentais. Afinal de contas, não só esta aquisição tem todo o sentido prático, como prevejo que haja modificações na estrutura do carro, de forma a capacita-lo da possibilidade de navegação para desse modo também ser possível a sua utilização na ilha da Madeira.
Nos últimos tempos, a exclusividade do vaticínio económico de um país, é da exclusiva responsabilidade de empresas de rating. No entanto surgiu agora uma corrente ecológica de graduação económica, que visa atingir o mesmo tipo de resultados analíticos. A diferença para as agências de rating, é que enquanto estas medem a desgraça de um país pelo nível de lixo a que desceu, este novo método procura avaliar o risco económico tendo em conta o número de peixes "Siluro" que habitam seus rios. Pelos vistos este peixe-gato que pode atingir os 3 metros e alcançar os 100 Kg de peso, tem vindo recentemente a povoar alguns rios portugueses, colocando em perigo a fauna autóctone. Esta nova corrente económica de avaliação ecológica assenta no facto de considerar este peixe muito inteligente, sendo capaz de reconhecer novos habitats. Pela envergadura do animal, o espaço aquático exigido é necessariamente grande, e desse modo, o aumento exponencial verificado nos rios portugueses deve-se ao facto, segundo os entendidos desta corrente económica, do reconhecimento pelo peixe da franca possibilidade de afundamento da área de Portugal, fruto da governação que nos conduz. Um dos adeptos desta corrente é Paulo Portas, que precavido, soube a seu tempo encomendar meia dúzia de submarinos...