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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

chapéus há Muitos

por António Simões, em 31.01.12

Foi aprovado ontem à noite a nova indumentária para os países incumpridores da zona euro. De todos, apenas dois não colaboraram com mais uma deliberação "proposta" pelo elo mais forte. Deste modo, e como nos tempos antigos, os países que não cumprirem as metas orçamentais vão passar a usar o chapéu de "burro" e serão colocados no canto da sala das cimeiras europeias, enquanto que a sua soberania orçamental vai pelo cano abaixo, sendo ocupados os gabinetes das finanças pelos sábios cérebros da Europa. Entre os países que ontem assinaram o documento, encontram-se possíveis candidatos para usar esse adereço, sendo que Portugal parece ter as medidas certas. Realmente chapéus há muitos e os palermas que a troco de "mais uma moeda, mais uma voltinha" disseram sim, podem muito bem num futuro não muito longínquo ver o elo mais forte dizer "você é o elo mais fraco, adeus"...

profissões de Risco

por António Simões, em 30.01.12

Imagine-se que estamos no antigo programa 123, e por 10€ se identifiquem profissões de risco, como por exemplo Polícia. De certeza que se poderia chegar a uma boa fortuna, sem no entanto se identificar uma das mais esquecidas profissões de risco que é o exercício de juiz durante um combate de Boxe. Por si só, ser juiz já tem o risco inerente de levar com os maus fígados de quem fica a perder, ainda mais se esse juiz estiver a arbitrar um desafio de futebol, risco esse no qual ainda pode entrar a figura materna, tão amiúdas vezes apanhada na teia do fogo cruzado. Já a profissão de árbitro de Boxe, para além dos riscos anteriormente citados, ainda tem o risco de levar porrada, e neste caso refiro-me ao sentido literal do termo. Digo isto, porque numa das movimentações de canais televisivos (sou adverso a termos ingleses), dei comigo a assistir a um combate de boxe, onde dois verdugos com mais de 100 Kg, depois de 12 assaltos, verdadeiramente embriagados de porrada, tinham um tipo minorca no meio deles a separa-los. Poderia muito bem dar-se o caso no qual esses cavalheiros de grandes proporções, ébrios pelo calor da refrega confundissem o pobre árbitro com uma mosca, com todas as consequências que desse facto poderiam ocorrer...

o último Segredo

por António Simões, em 27.01.12

De todos os livros que dele li, este é sem dúvida alguma o que alcança a maior robustez ao nível do argumento. Com uma análise escrupulosa e minuciosa da Bíblia, organiza um thriller apaixonante, onde destrói os alicerces sobre os quais assenta a muralha de dogmas com a qual a Igreja Católica construiu e defendeu a religião cristã. Ao contrário de "A Fórmula de Deus", onde a complexidade da temática escolhida o fez enveredar por um argumento por vezes confuso e frequentemente desinteressante, neste livro é admirável o trabalho de investigação e a fantástica articulação do mesmo com o desenrolar da história. Para os mais obstinadamente crentes será uma autêntica blasfémia, para mim é apenas mais uma interpretação, como qualquer outra, que em nada belisca a que eu próprio faço. Os assuntos de fé não se discutem, apenas se têm ou não se têm.

estádios Antigos

por António Simões, em 26.01.12

É bem verdade que as pessoas mais velhas têm, frequentemente razão. Com os Estádios de Futebol passa-se o mesmo. Antigamente existiam muitos estádios que não completavam uma volta inteira. Desses ainda subsistem estádios como o 1º de Maio de Braga, e o Estádio do Jamor, que em ambos os casos só recebem desafios de futebol "quando o rei faz anos". No entanto, ao verificar as estatísticas das assistências que os estádios actuais registam, só podemos reconhecer que os antigos é que tinham razão. Não vale a pena gastar dinheiro em betão, para construir bancadas que depois se encontram permanentemente vazias. Fazendo pela metade conseguia-se um menor custo da obra, um maior aconchego para os adeptos, e, acima de tudo, a possíbilidade do espectador se distrair com a paisagem no caso do desafio ser aborrecido.

vodu Político

por António Simões, em 25.01.12

Mandam-nos emigrar. Aumentam os impostos impiedosamente. Reduzem os vencimentos sem pudor. Tiram regalias. Aumentam as taxas moderadoras. A lista de espera para cirurgia inverte a tendência e começa a aumentar drasticamente. Líderes de opinião como Manuela Ferreira Leite, de laranja ao peito, elogiam a qualidade do Serviço Nacional de Saúde, mas deliberam que o mesmo não pode ser gratuito para todos. E quem é parte desse todo, por exemplo? Hemodialisados com mais de 70 anos que periodicamente (várias vezes por semana) se deslocam a centros de hemodiálise, que para além dos custos de deslocações, têm o custo da convivência diária com uma doença que não escolheram. Perante estes cenários, os governantes que a maioria dos portugueses escolheu, continuam a agitar a bandeira da austeridade, e na lapela do casaco não dispensam de um novo adereço, o alfinete da bandeira portuguesa. Irónico, mas este novo adereço, para além da sua função decorativa, parece na realidade ser utilizado como instrumento de trabalho de PPCoelho e Cª que tendo aderido a práticas de Vodu, de bandeira no punho, distribuem alfinetadas no boneco do povo.

sol e Chuva

por António Simões, em 24.01.12

Por estes dias, a sede da Federação Portuguesa de Futebol foi o local da Tugalândia onde o clima contrariou o calendário, deixando a frieza do inverno para assumir contornos característicos de paraísos tropicais. Antes de deixar o tacho, G. Madaíl aumentou em 20% os funcionários da FPF. Nessa altura, o edifício da Alexandre Herculano era iluminado por um sol brilhante, onde o chilrear dos pássaros enchia o ambiente de música estival. Depois das eleições, ao inteirar-se das contas, o gabinete da presidência ocupado agora por Fernando Gomes, foi inundado por uma chuva de intensidade tropical, que deixa o novo responsável pela federação, e respectivas contas, com a responsabilidade de cumprir compromissos não prometidos. Quanto a mim, isto é pouco diferente de casos como os de certos energúmenos que batem num carro estacionado, e depois fogem sem assumir a culpa. Ou então, como diz o povo, quem vem lá atrás, que feche a porta...

distracção e Distraídos

por António Simões, em 23.01.12

Efectivamente, perante uma temática que inundou jornais, telejornais, e onde não faltou a criação de grupos de apoio no enfrenta o livro, o "Cavacosilvagate" não tendo sido abordado neste espaço de livre opinião poderia intrigar os leitores mais assíduos e criteriosos. Na verdade, e como poderão pesquisar, este blog não é parco em manifestações de desacordo, desagrado e descrédito para com um dos políticos portugueses que há mais tempo ocupa as cadeiras do poder. Portanto, o tema do momento em torno da figura presidencial não merece atenção particular neste blog, não por distracção, mas sim pelo facto de a linha editorial do mesmo há muito tempo que manifesta o pouco que tem em conta essa pessoa. Quem na realidade se pode considerar distraído é, sem dúvida, o povo tuga. No sábado, na inauguração de "Guimarães capital europeia de cultura 2012", Cavaco foi vaiado e Durão ovacionado. Em relação ao primeiro, como a memória das declarações do dia anterior estava fresquinha, toca a deitar a baixo, e com toda a razão. Pena é, que em relação ao segundo, o mesmo povo já se tenha esquecido que já foi ministro, tendo abandonado o barco (coisa que pelos vistos está na moda) para rumar a águas mais seguras, tendo deixado ao leme um marujo de água doce inexperiente e incompetente. O povo tuga, se não tem memória de peixe, distraído anda de certeza.

novo Sporting

por António Simões, em 20.01.12

Onde antes se viam jovens andrajosos em poses guerreiras, com peitos à mostra, carregados de tatuagens, agora respira-se um clima primaveril de girassóis, flores e borboletas. A nova decoração do corredor de acesso ao balneário da equipa visitante do estádio Alvalade XXI, e tendo em conta que por lá quase que exclusivamente passam apenas jogadores e equipas técnicas do sexo masculino, pode assumir contornos de convite á homossexualidade. No entanto, a equipa de furos (jornalísticos) deste blog adianta, em primeira mão, que o sentido da alteração visa atingir a obtenção de um ambiente "peace and love". Para além do novo papel de parede, sabe-se que os próximos bilhetes para os jogos do Sporting serão em forma de mortalhas, de forma a servirem de suporte para enrolar a erva que se passará a distribuir gratuitamente no estádio. Desta forma, os adeptos leoninos, para além de passarem a miar mais baixo, ficarão muito mais relaxados a ver as desgraças com que a sua equipe os tem presenteado...

tristemente Abandonado

por António Simões, em 19.01.12

Pedro Santana Lopes, sentiu-se colocado de lado, ao não ter sido incluído na onda de contestação por parte da oposição, em relação às nomeações que o governo tem vindo a distribuir despudoradamente. O mesmo revelou que, e passo a citar "Fui nomeado pelo primeiro-ministro e pelo ministro da solidariedade. Exerço funções nomeado pelo Governo, portanto serei um boy", sem remuneração, apenas com despesas de representação e uma secretária (não se conseguiu apurar se a mesma é de madeira, ou humana). Cientes da importância deste blog na opinião pública, é dever do conselho de administração do mesmo, exigir que se reponha a verdade e se atribua a classificação merecida, a este ícone da política portuguesa, e da noite internacional. Já diz o ditado "os bois tratam-se pelo nome".

novos Emigrantes

por António Simões, em 18.01.12

Como não há duas sem três, a terceira já estava a demorar. Miguel "Pitbull" Relvas, está "orgulhoso" da "nova emigração" de jovens bem preparados. Há várias décadas atrás, sem nunca o ter proferido publicamente, Salazar referia no seu círculo mais íntimo que a vaga emigratória que o seu regime originou era uma vergonha para a imagem do país. O portugueses que por essas alturas se aventuravam a procurar vida melhor no estrangeiro, partiam para o desconhecido sem sequer saber falar a língua do país ao qual se dirigiam. Para o regime, essa vaga seria decerto uma má imagem do que por cá se passava, mas que essas pessoas souberam estoicamente modificar, espalhando-se pela diáspora e estabelecendo-se em todos os cantos do mundo. Parece que o 25 de Abril permitiu "nova emigração" mais letrada, motivo de orgulho para Portugal, no entanto os políticos continuam os mesmos, e a comparação neste caso é mesmo propositada...

pobres com Estilo

por António Simões, em 17.01.12

O Continente associou-se à EDP. No inicio pensei que fosse um primeiro passo dos chineses, passando a vender os seus "fantásticos" produtos nas grandes superfícies do grupo de Belmiro.Enganei-me. De facto o que se passa é que estas duas entidades juntaram-se para dar borlas ao pessoal. Já o Pingo Doce, com os seus cabazes familiares, ajuda nas poupanças que a crise impõem. Outras entidades, de outros modos, procuram fidelizar clientes, oferecendo vantagens orientadas no sentido da poupança. Uma verdadeira onde de filantropia que se abateu sobre os agentes económicos de Portugal. Perante este cenário, os grandes tubarões do comércio mundial começam a rondar com as suas barbatanas, sobre balsa à deriva que este país se assemelha. De todas as notícias sobre crise, que diariamente se publicam nos media, a aposta da Gucci no mercado português, com uma estimativa de 2,5 milhões de euros para este ano, para além de ser um contra-ciclo, é no mínimo bizarra. A não ser, que as poupanças conseguidas pelo consumidor português, em vez de serem colocadas em aplicações de rentabilidade, se derretam nas lojas da Gucci, que por aí se abrirão. Pobres, mas com estilo.

agora ou Nunca

por António Simões, em 16.01.12

O momento do apagão chegou. Refiro-me ao analógico, e não à falta de verbas do Estádio da Luz para iluminar a saudosa festa portista da época passada. Com o final da transmissão do sinal analógico, e sua consequente substituição pelo digital, Portugal está a deixar passar a melhor e mais fantástica oportunidade de embarcar no caminho do progresso e da esperança. Em vez de se preocuparem em substituir os velhos televisores, ou adquirir os receptores de TDT, os portugueses deviam de deixar o apagão chegar, sem se actualizarem para a recepção do novo sinal. As vantagens são tão óbvias, que fico escandalizado quando não encontro nenhuma opinião de políticos, economistas e medinas carreiras a escrutinar um Portugal sem televisão. No entanto, sempre com sentido de serviço público, este blog não vai deixar passar em claro esta matéria, e para a posteridade enumera os ganhos que o apagão nos traria:

- acabava de vez a mediocridade do horário nobre da televisão, ocupado que está com telenovelas que mais não fazem do que espremer toda a matéria cinzenta dos cérebros tugas;

- sem televisão, o pessoal poderia entrar em rotinas de tertúlia, literatura, escrita, e acima de tudo, usar o pensamento e ter opinião;

- mais tempo para, como nos tempos antigos sem TV, fazer filhos, de forma a renovar as mentalidades que tão obstinadamente prendem Portugal a costumes do passado;

- ao não comprar os receptores de TDT, conseguir-se-ia uma poupança, algo raro nos tempos que correm.

- não havendo bola, filmes ou séries disponíveis no conforto do lar, os jogos de futebol, cinema e teatro só teriam a ganhar espectadores, deixando as cadeiras de ter o pó, durante anos acumulado.

Portugueses, ainda vamos a tempo de fazer um Portugal melhor!

diz-me com quem Andas

por António Simões, em 13.01.12

Depois de ter dado consentimento em Agosto, a UEFA deliberou que as imagens dos corredores de acesso aos balneários do Sporting CP, deverão ser removidas ou cobertas em dias de desafios europeus. Em 1936, nos jogos olímpicos de Berlim, os atletas estrangeiros percorreram as ruas de uma cidade imaculadamente limpa, e perfeitamente normal, que depois das olimpíadas voltou a exibir os cartazes de "Judden Verboten". Não querendo fazer nenhum paralelismo ideológico, parece que esta atitude de limpar a casa para as visitas de fora, para além de inusitada, já não se usa. O Sr Platini, se quiser proteger os estrangeiros dos terroríficos corredores de Alvalade, mande as equipas adversárias estrangeiras colocar umas palas para só olharem em frente, e passar pelo corredor sem qualquer calafrio. Nós por cá entendemo-nos, e as imagens não nos metem medo, são apenas um bando de gatinhos mansos mal comportados...

encontros Bilaterais

por António Simões, em 12.01.12

Ontem escrevi acerca dos encontros bilaterais entre os representantes das duas grandes potências europeias, Alemanha e França. A relação entre estes dois países é historicamente conhecida, passando do tempo napoleónico em que os franceses carregavam nos Alemães, aos tempos do nazismo quando os alemães malhavam nos franceses, acabando nos tempos actuais, onde juntos, Alemães e Franceses, dão porrada a todos os outros. Agora que penso nisto, confirmo que, quando Winston Churchill disse "tantos ficaram a dever a tão poucos", mais do que se referir aos pilotos da Royal Air Force que estoicamente defenderam a ilha britânica, referia-se a uma visão profética da actual crise europeia onde tantos gregos, irlandeses, portugueses, italianos, espanhóis e o que por aí virá, ficarão a dever monetariamente das decisões tomadas pelo par político mais mediático do momento.

poupança Europeia

por António Simões, em 11.01.12

Sempre que se prevê a realização de uma cimeira entre os chefes dos governos dos países da zona euro, a França e a Alemanha adiantam-se em calendas anteriores e marcam um chá para preparar a agenda desses encontros. Claro que dizer-se chá é uma forma de expressão, pois para esses encontros é necessária a deslocação das comitivas de cada país para o local, sendo necessários carros e aviões, hotéis, almoços, lanches e jantares, fotógrafos, computadores e resmas de papel, entre outras coisas mais. Tendo em conta que quem manda no velho continente são estas duas potências, o melhor para todos, e em nome da poupança que tempos de austeridade o exige, seria que estes encontros bilaterais substituíssem de uma vez por todas as cimeiras, ficando em casa quem não tem nada a dizer e se limita ao papel do toma lá, dá cá.

caderneta de Cromos

por António Simões, em 10.01.12

Sempre que se muda de governo levanta-se logo o problema das nomeações, mais comummente conhecidas como "Jobs for the Boys". A questão da EDP é apenas um pequeno exemplo disso. O conselho de ética deste blog considera perfeitamente normal esta situação, e adianta duas sugestões. A primeira refere-se ao termo "Jobs fo the Boys". É perfeitamente injusto que as "Girls" não estejam consideradas nesta expressão, pelo que se deveria de fomentar o debate para modificar esse termo. Em segundo lugar, acho que o sistema de "nomeações" deveria ser sujeito a uma revisão de funcionamento que clarificasse o processo. Para o efeito, o conselho de ética sugere que cada partido disponha de uma colecção de cromos, que deverá estar reunida na altura das eleições legislativas. Depois, caberá ao partido vencedor, na altura da tomada de posse, levantar a caderneta para colocar os seus cromos. Finalizado o processo, a caderneta assim completa deverá estar disponível para o cidadão comum poder consultar. Pelo menos desta forma não há possibilidade de existirem cromos repetidos, e a transparência é total.

cães e Políticos

por António Simões, em 09.01.12

Ao observar um dono a recolher os excrementos do seu cão, para além de saudar esse gesto que só mostra um sentido de responsabilidade civil civilizado, constatei que a nossa relação com o fiel amigo do homem é muito semelhante à nossa relação com os políticos. Um cão, escolhe-se depois de apuradas as características que vão de encontro às nossas necessidades; os políticos da mesma forma são escolhidos, pelo uso do voto. Um cão alimenta-se diariamente; não alimentamos os políticos, mas pagamos os seus ordenados para o poderem fazer. Um cão leva-se de trela a passear, só andando por onde o dono manda; Os políticos fartam-se de passear, à nossa conta, mas não de forma arbitrária, tendo que o passeio ser do interesse da nação. O cão faz m***a e o dono tem que limpar; os políticos também a fazem e quem a limpa, e leva com ela, somos nós.

agarra que é Ladrão

por António Simões, em 06.01.12

Existem dualidades de critérios que têm que ser desmascaradas. Ainda bem que este blog está sempre em cima do acontecimento, de forma a tornar esta sociedade um local mais digno onde se viver. Um pobre carteirista, que exercia a sua profissão honestamente no seio dos autocarros da STCP, tendo sido fotografado ao receber uma distinção de melhor cliente, na semana europeia da mobilidade, foi de seguida preso pelas autoridades que o reconheceram. Agora pergunto-me qual o motivo dessas mesmas autoridades não terem a mesma atitude com os nossos governantes, quando todos os dias, via jornal, radio ou televisão, nos vilipendiam a carteira, indo descontroladamente ao bolso. Pelo menos, o carteirista é um individuo de consciência ecológica, usando o transporte público, ao contrário dos nossos ministros, secretários de estado e o resto da comandita, que preferem o uso de carros caros, de alta cilindrada e extremamente poluentes.

o peso da Idade

por António Simões, em 05.01.12

Existem várias formas de definir o peso da idade, quer seja do ponto de vista fisiológico ou filosófico. De forma a contribuir para a discussão, revelo em primeira mão algo da minha intimidade, não colocando a descoberto nada de intimo, até porque não seria local para o fazer. Todos nós temos as nossas pequenas excentricidades, mais comummente designadas por "pancas". Eu, por mim falo, tenho uma mão cheia delas, pelo menos que me esteja a lembrar de momento. Quando estou com um estímulo involuntário de músculos relacionados com a respiração, principalmente o diafragma, levando a uma inspiração rápida e curta, não sincronizada com o ciclo respiratório, ou seja soluços, tenho por hábito beber um copo de agua, em pequenos goles, enquanto sustenho a respiração. Até aqui nada de anormal. A panca resulta da mania de beber o número de goles correspondentes à idade. Há dias, reparei que já não consigo chegar a essa meta, pelo que significa que já fui mais novo. Assim, e como quero chegar a velho, resolvi eliminar esta mania do mapa, pois, não vá dar-se o caso de morrer do mal, mas sim da cura.

tempos Diferentes

por António Simões, em 04.01.12

Tal como mudam os tempos, mudam-se os comportamentos. Antigamente, para defender o que é nosso, bravos e valentes guerreiros, oriundos da nobreza, burguesia e povo, de espada na mão, enfrentavam destemidamente quem nos ousava invadir. Antigamente, o comandante do navio era o último a abandonar a embarcação, sendo que, em alguns casos, havia quem obstinadamente se resignava a obedecer ao fim trágico que acompanha o naufrágio do navio, naufragando com ele. Na actualidade, quando o terrível invasor (leia-se Troika) se espalha mais rapidamente por todos os corredores do poder, enxovalhando a soberania, não existe nem nobreza (leia-se políticos), nem burguesia (leia-se, por exemplo, família Pingo Doce), que se oponham à fúria do invasor. Está visto que o papel do comandante de antanho caberá ao povo, que terá que guiar o barco até terra firme, à custa do seu sacrifício e coragem, pois, os ratos da burguesia já começaram a abandonar o país, e a nobreza há muito que já não manda.

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