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E porque não eu?

terapia de reflexão para mentes livres e com paciência, SA ou Lda não interessa, pelo menos pensar não paga impostos

E porque não eu?

blogue de Férias

por António Simões, em 16.09.11

Ciente de que os meus fiéis leitores compreenderão, este blogue vai exercer um período de interregno de 19 dias. As merecidas férias finalmente chegaram, e tal como o corpo precisa de repouso, a mente também. Assim, e até ao próximo dia 6 de Outubro, as introspecções da sociedade em geral e do mundo em particular ficam a marinar, com a promessa de quando voltar, cheio de energia para dispensar, a prosápia continuará. Bom trabalho que eu vou de férias.

memória e Responsabilidade

por António Simões, em 15.09.11

Numa altura como esta, em que as vacas parecem pastar em desertos de areia, qualquer tipo de despesa supérflua deve ser colocada na balança da consciência económica. No entanto, em terras férteis do conhecimento, onde a semente da filosofia e do pensamento brotou um sem número de individualidades que o tempo não fez cair como folhas caducas, os actuais habitantes parecem acossados por uma grave deficiência no sentido da responsabilidade, e delapidam diariamente quer as suas raízes culturais, quer a unidade do euro. De facto, os gregos, habituados que estavam à boa vida, parecem não querer abdicar de veleidades perfeitamente dispensáveis. Digo isto, porque quem vê um estádio de futebol a rebentar pelas costuras, num jogo da liga dos campeões, onde os bilhetes não são propriamente de borla, não pode ficar impávido e sereno sem dirigir uma palavra mais depreciativa a esses tipos que parecem obstinados em ir ao charco, levando os outros com eles. Saramago disse “nos somos a memória que temos, e a responsabilidade que assumimos, sem memória não existimos, e sem responsabilidade talvez não merecemos existir”. Pela memória estão mais que safos, mas pela responsabilidade parece que não...

astrónomo Político

por António Simões, em 14.09.11

Uma equipa internacional da qual faz parte um tuga, anunciou a descoberta de 50 novos planetas. Essa descoberta, no meio da escuridão e imensidão do universo, fez tinir as campainhas de S. Bento, e não estou a referir-me ao santo, mas sim ao palácio que serve de aposentos ao nosso primeiro-ministro. O facto de se ter um português no seio desse firmamento de cérebros capazes de encontrar uma agulha num palheiro, possibilitou a introdução da sobejamente conhecida “cunha”. Assim, o próximo projecto deste agrupamento de cientistas passa por duas metas distintas mas que se complementam entre si: descobrir o tamanho do buraco orçamental da madeira e procurar os vestígios de actividade cerebral inteligente no cérebro de Alberto João Jardim, ou seja, a parte que permitiu o agitar da bandeira branca e o reconhecer do fim do regabofe, que tardiamente anunciou por carta, dirigida ao compadre do partido. Sempre mais vale tarde do que nunca.

ideia Maravilhosa

por António Simões, em 13.09.11

Gostaria de saber qual foi a grande cabeça pensante, autora do conceito das sete maravilhas de seja o que for. Tudo bem que no conceito de número sete se encerra a perfeição, mas penso que não existe qualquer relação entre esse argumento e a escolha de sete de entre todos os candidatos e candidatas a maravilha. Em Portugal no passado fim-de-semana, escolheram-se as sete maravilhas da gastronomia. Esta escolha não poderia ter escolhido pior altura do que esta. Então numa época de crise, opta-se por redundar a fantástica oferta gastronómica na qual o nosso saboroso país é pródigo de variedade e mestre de qualidade, a umas míseras sete maravilhas? A bem da hotelaria nacional, no mínimo deveríamos de ter escolhido setenta, correndo o risco inalienável de deixar outras tantas de fora.

onze Setembro

por António Simões, em 12.09.11

Comemorou-se ontem o 10º aniversário do cobarde ataque terrorista aos centros nevrálgicos, económico e financeiro, dos Estados Unidos. No local onde anteriormente se encontravam as torres gémeas, procedeu-se à inauguração do memorial em homenagem às vítimas desses atentados. A água abunda, e impressiona, perante a quantidade gigantesca de débito por hora que flui pelas fontes do monumento. Não sendo um perito em análise monumental, principalmente na parte que se refere à interpretação de significados, penso que é claro para todos o significado de tanta água. De facto, perante a banhada que foram as várias intervenções geoestratégicas militares que se efectuaram durante estes dez anos sob o jugo da “guerra ao terror”, e tendo em conta o facto de na cerimónia de ontem não terem sido convidados os bombeiros e demais profissionais que nesse fatídico dia deram o corpo ao manifesto (literalmente), o monumento não poderia ter escolhido melhor simbolismo para ilustrar a capacidade norte-americana de meter água.

periódicos Tecnológicos

por António Simões, em 09.09.11
O jornal diário “The New York Times” desenvolveu protótipos de espelhos de casas de banho e de mesas de cozinha, que permitem o acesso a notícias. No caso das mesas, até considero esta inovação uma proposta de futuro, pois imagino um restaurante equipado com este mobiliário electrónico, onde o cliente enquanto espera pode ler pacatamente o jornal, sem sujar as mãos. Uma vantagem verdadeiramente higiénica comparada com a tinta que actualmente fica impregnada depois da leitura de um tablóide qualquer. Já não considero uma vantagem um espelho com o mesmo fim de publicação noticioso, pois, a ideia de um espelho passa por esse desejo narcisista que todos temos de vermos a nossa imagem projectada, durante a nossa higiene diária. Falando em higiene, útil seria a publicação de notícias no papel higiénico. Imagino que depois de um bom momento de purga interior, nada melhor do que limpar as nossas partes pudicas com notícias de que não gostamos. Nessa altura estar-se-ia a ***** literalmente para o assunto.
 

sensores de Chuva

por António Simões, em 08.09.11

Em cento e qualquer coisa de anos de construção automóvel, assistiu-se a uma verdadeira revolução, que ultrapassa, em muito, o simples acto do transporte e da condução. Nos dias de hoje, um carro tem dos mais variadíssimos equipamentos tecnológicos que melhoram o desempenho do condutor, da condução, do conforto, e, acima de tudo, da segurança. Contudo, continuo sem perceber a utilidade do sistema de sensores de chuva. Em primeiro lugar, porque ainda não não está suficientemente apurada, de forma a distinguir entre umas gotas de chuva forte, e uma saraivada de excrementos de um bando de pássaros enfurecidos. Em segundo lugar porque acho que esta tecnologia deveria de ser aplicada no mundo agrícola e da jardinagem. Digo isto, porque acho verdadeiramente ridículo, os sistemas de rega a funcionarem religiosamente, mesmo quando chove a cântaros. Uma vez que estamos em crise, acho que seria de reconsiderar o melhor local para colocação desses tecnologicamente avançados sensores.

a.j.j. buracos e Cª

por António Simões, em 07.09.11

A nossa tradição fadista agrega, na sua essência, a forma peculiarmente portuguesa de ser pessimista. Um exemplo perfeito destas características marcadamente nossas, é a análise ao buraco orçamental da região autónoma da Madeira. Quer o partido mais à direita do governo, quer o partido mais à esquerda da oposição, afinam pelo mesmo diapasão pejorativo. Se esta nota negativa consegue aproximar partidos tão distantes entre si, deveríamos ver nesta união, uma forma optimista de ver o problema deixado pela equipa liderada por Alberto João Jardim. Outra forma, ainda mais optimista, de abordar o défice orçamental da pérola do atlântico, passa por uma perspectiva de futuro. De facto, com engenheiros deste calibre, liderados pelo presidente desta região e perito que é em buracos, temos alicerces para o empreendedorismo na área das empreitadas subterrâneas. A firma “A.J.J. Buracos e Cª”, pode assim tornar-se líder mundial na área da construção de sistemas de esgotos, metropolitanos, túneis e afins. Com um currículo destes, não terão dificuldades em singrar no mundo das escavações.

slow vs fast Food

por António Simões, em 06.09.11

 

O bastonário da ordem dos médicos sugeriu a criação de um imposto sobre a “fast food”, de forma a reduzir o impacto das medidas de corte orçamental, previstas para o ministério da saúde. Não sei, e não quero saber o local onde este senhor habitualmente coloca a cruz nos boletins de voto, mas, no mínimo, seria de esperar pelo menos uma pequena oposição em relação às previsíveis situações embaraçosas que os seus colegas podem vir a experimentar, na sua prática clínica diária. De resto, concordo com esta vontade expressa pelo senhor bastonário, mas penso que a mesma peca por omissão. Então e que tal um imposto sobre o cozido à portuguesa, foda à monção, tripas à moda do porto, açorda alentejana, presunto, queijo da serra, sandes de coirato, ovos moles de Aveiro, entre muitas outras iguarias da culinária portuguesa? O melhor será reconsiderar propostas deste teor, de forma a impedir que os advogados de tubarões de calibre do McDonalds venham a exigir a mesma taxação sobre estes repastos tão portugueses e tão saborosos, que podem não fazer bem ao corpo, mas uma vez por outra, fazem bem à alma.

grande Chefe

por António Simões, em 05.09.11

Pensava que o programa da RTP "Master Chef" seria mais do mesmo, tendo em conta a panóplia de séries do género que nos últimos tempos têm vindo a preencher as grelhas de variadíssimos canais de televisão. No entanto, a qualidade do formato aliada à apresentação de alguns dos melhores chefe da culinária portuguesa, revelaram um excelente bom gosto, e conseguiu-se um programa que cativa pela sua originalidade. Só espero que o mesmo possa prosseguir até ao desenlace final, sem qualquer interrupção. Digo isto porque, perante a quantidade de comida que se desperdiça para 3 marmelos darem uma pequena dentada, não sei até que ponto vai fazer tocar a campainha da troika, e mandar suspender o programa a bem da soberania nacional. Para não correr este risco, o melhor para o programa é passarem a ser confeccionadas umas pequenas tapas, em vez de faustosas refeições de bacalhau e posta à mirandesa.

os bons da Fita

por António Simões, em 02.09.11

Parece que com apenas alguns meses de existência, este blog galgou fronteiras, deixou o anonimato e revela-se uma fonte de inspiração. É certo que este panegírico auto infligido, revela um narcisismo no qual não me reconheço, mas que me passou por breves instantes pela cabeça ao ouvir as notícias que davam conta da vontade dos detentores das grandes fortunas em querer contribuir para o altar dos sacrifícios, com o seu dízimo. Clamando por justiça, estes filantropos franceses pedem para ser taxados extraordinariamente com impostos. Em Portugal coube, pelo menos até ao momento, ao altruísta e bonne homme Joe Berardo, fazer a mesma pergunta que os seus compadres da riqueza gauleses e perguntar-se: e porque não eu? Não sei se o motivo impulsionador desta onda de solidariedade insólita foi a leitura assídua deste espaço, mas sonhar não é proibido...

natal em Agosto

por António Simões, em 01.09.11

Passou a ser frequente ver-se debates no mercado publicitário televisivo, algumas vezes das quais de baixo nível, entre empresas concorrentes. Meo e Zon, Pingo Doce e Continente, tem-nos presenteado com verdadeiros momentos de bom humor, na sua tentativa de vilipendiar o rival de negócio. Até ao momento foi apenas uma boa troca de galhardetes bem aviados. No entanto, o anúncio mais recente do continente deixou-me ligeiramente perturbado. Alegar seja o que for em relação ao Natal, em pleno mês de Agosto, se não é por engano ou distracção, só poderá ser uma grande imbecilidade. Desnorteados já andamos que chegue com todas as notícias da crise, com o governo a ameaçar mais cortes, não precisando que nos recordem em pleno Verão a catanada que vai levar o subsidio de natal.

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