Segundo as notícias, cerca de 30 portugueses fizeram uma viagem para o Egipto na passada quinta feira. Seja por business or pleasure, tugas houve que fizeram o peito às balas e deram o corpo ao manifesto, enfrentando qual perigos e guerras esforçados, e encaminharam-se para um país em revolução. E dizer-se revolução é estar a ser meigo. Porque revolução por aquelas bandas não se entende andar com cravos vermelhos na ponta da espingarda, mais depressa andam com uma baioneta. A melhor classificação psicológica que se pode atribuir a este pessoal é a de mentecaptos. Ou então são verdadeiros visionários, de maneira a que vão criar um novo tipo de saldos em viagens de turismo, para países na penúria. Imagino já os slogans “golpe militar no Burkina Faso, 7 noites 8 dias em regime de pensão completa, 350€” ou “terramoto no Turquia, 7 noites 8 dias ao ar livre 150€”. Até que são umas boas promoções, afinal de contas, estamos em crise.
Como que saídos de um torpor provocado pelo consumo excessivo de cannabis, vários países do mundo árabe clamam agora por justiça. Com início na Tunísia, a revolução, qual gripe A, contagiou o Egipto e mais recentemente o Iémen. Com décadas de governo déspota e de pseudo-democracia, as populações destes países dão o seu grito do Ipiranga. Algumas destas revoltas tiveram como pano de fundo as chamadas “redes sociais”, das quais, e assumo, tinha as minhas reservas em relação a sua utilidade. Assim, resta agora lançar o desafio ao pessoal da Madeira. Embriaguem-se neste espírito revolucionário, contagiem-se por esta vaga de protesto, e provoquem uma tomada do poder. Mandem o Alberto para o Djibuti. Vão na onda do José Manuel Coelho e levem-no ao poleiro. 189351 eleitores portugueses não podem estar errados.
Há certas coisas para as quais não é necessária muita inteligência para se conseguir obter um raciocínio sequencial e lógico. Tem vindo a público notícias sobre a falsificação de receitas, efectuadas por Farmácias na área de Lisboa. Na investigação conduzida pela Polícia Judiciária são suspeitos os proprietários das Farmácias e uma empresa de distribuição de medicamentos. Até aqui tudo bem, sim senhor, é necessário uma entidade que forneça os medicamentos, outra que os dispense através de uma receita para ir sacar o dinheiro ao desgraçado do SNS, mas… e então de onde vem a receita? Será que não valia a pena investigar por exemplo… não, não é a senhora da limpeza… a mais ver será um médico, não?! Quem passa as receitas? O médico. Alguém ouviu nas notícias falar-se dessa classe? Eu não. Vá lá, senhores bófias, sigam a lógica do 1+1+1=3 e vejam lá se não descobrem algo. Talvez saia mais um coelhinho da toca.
Já tinha ouvido falar dos mais variados motivos para adiamento de um julgamento, dos mais lógicos aos mais disparatados. Tenho no entanto que registar uma adenda à lista, pois hoje mesmo o julgamento do caso BPN, em que um dos principais arguidos é José Oliveira e Costa, ficou adiado pelo motivo de falta de sala. Pensando bem, até é um motivo bastante plausível e justificável. Agora o que é verdadeiramente ridículo é este facto ter sido no ultra-moderno Campus de Justiça da capital. Campus esse, que se encontra em regime de aluguer por parte do Estado. Não digo que até possa haver falta de espaço, mas tendo em conta a importância do julgamento, parece-me apenas uma falta de organização de quem organiza. Já dizia o outro… organizem-se…
Há um ditado popular que diz “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”. Se ontem falei do pessoal que não quis saber das eleições, hoje falo da notícia que ouvi de manhã na rádio que claramente é o oposto. Uma senhora dirigindo-se ao candidato (horas mais tarde vencedor) Aníbal Cavaco Silva, referiu que a sua presença na mesa de voto se deveu às melhoras que sentiu depois de, e passo a citar “tomar 2 ben-u-ron e colocar um supositório de buscopan para poder vir votar no senhor professor”. Sem dúvida alguma, de louvar o esforço da senhora em cumprir o seu dever cívico de colocar a cruzinha no boletim de voto. Agora já o facto de o ter feito no local onde dizia “Cavaco Silva”, leva a crer que se trata de alguém com pouca, digamos, massa cinzenta. De outro modo porque raio é que meteu um supositório se engole comprimidos. Não me parece que tenha conhecimentos de farmacologia ao ponto de saber que a via rectal é mais rápida que a oral. De qualquer forma, tinha o dia todo para fazer a porcaria que fez…
Quando o vencedor das eleições de hoje perdeu as eleições presidenciais de 1996, perdeu-as em parte porque ainda era fresco o resultado dos dez anos de primeiro-ministro no tempo das vacas obesas. Não divago sobre as blasfémias efectuadas no tempo em que corriam rios de dinheiro via CEE para este, na altura, paraíso à beira mar plantado, porque tornar-se-ia fastidiosa a leitura deste post. O que não aceito é vir o senhor Silva (como diz o Alberto) vangloriar-se do que quer que seja que tenha feito, que até pode ter feito bem, mas na altura com certeza que se poderia ter feito muito melhor. E o que mais custa aceitar, é viver num país onde parece que a maioria dos votantes tem uma memória semelhante à de um peixe. De outra forma não se compreende como passado dez anos de lhe ter dado com os pés para fora da política, lhe dessem a vitória nas presidenciais de 2006 e lhe voltassem a dar a vitória em 2011. Gente de pavio curto.
Não querendo tirar o papel de oráculo ao professor Marcelo, tal como profetizei ou pelos menos dei a entender no último post, a grande vencedora das eleições e futura Presidenta da República é a abstenção, representante máxima de todo o povo que se está nas tintas para o assunto. Se para um referendo este resultado não seria vinculativo, perguntar-me-ei porque carga de água é que se pode afirmar que o vencedor é o professor Cavaco. Só o é porque da senhora abstenção ninguém sabe por onde anda, e assim não pode assumir o cargo. Talvez os 50 e não sei quantos por cento dos portugueses que votaram nela saibam onde anda… devem frequentar as mesmas esplanadas de domingos soalheiros…
A dois dias que estamos de finalizar esta campanha eleitoral, urge o comentário acerca destes dias marcados pela pasmaceira, bem como um certo “estou-me nas tintas” revelado pela grande maioria dos portugueses para o assunto em escrutínio. Duas questões se colocam. A primeira é qual vai ser o valor da abstenção, e se não será essa senhora afinal a próxima Presidenta da República, a modos que até imitamos o Brasil, se eles tem a Dilma nós temos a Abstenção. A segunda questão passa pela possível (e quase certa) vitória do candidato Cavaco Silva. É que analisando o teor dos discursos proferidos, quer pelo próprio, quer pelos membros do governo que apoiam o Manuel Alegre, não me parece que o entendimento, ou como lhe gostam de chamar – cooperação estratégica – dure muito tempo. Assim, conclui-se que no próximo dia 23 não está em causa a eleição do próximo Presidente, mas sim a existência de mais um acto eleitoral surpresa para este ano, as legislativas. Pensem bem, não se esqueçam que estamos em crise e as eleições ficam caras…
A Câmara Municipal de Aveiro, deliberou uma lei que visa acabar com uma das mais afamadas tradições feirantes do nosso país, o pregão. Pelos vistos a ideia passa por proibir qualquer manifestação de impropérios, insultos, obscenidades sendo até mesmo censurável o acto de gritar seja o que for. Imagina-se que nas próximas calendas em vez de se ouvir “olho soutien bonito que faz a maminha mais apetecível que o pito” vai-se ouvir “olha o soutien bonito que põe os homens com os olhos em bico”, sem dúvida mais respeitável mas sem tanta piada. Agora só me preocupa que os clubes de futebol queiram fazer o mesmo com os adeptos. Já viram irmos à bola e não se poder descarregar o stress na mãe do senhor árbitro? A tradição já não irá ser o que para já ainda é.
E o prémio de mulher mais forte do mundo vai para a esposa do ex-presidente da Tunísia Ben Ali. Isto porque, a avaliar pela publicação da notícia que esta senhora terá levantado do banco central de Tunes 1,5 toneladas de ouro pouco antes do marido fugir do país, leva a crer que se trata de um ser humano ao nível do incrível Hulk, e não estou a falar do Givanildo Vieira de Sousa. O valor “levantado” em barras de ouro corresponde a cerca de 45 milhões de euros, que vieram a dar jeito para pagar a multa de excesso de bagagem, na viagem de avião que fez para o Dubai para se juntar ao marido.
As estatísticas de sinistralidade rodoviária, demonstram que os condutores portugueses são aqueles que mais se aproximam do verdadeiro sentido da palavra aselha. Para além de estarmos ao nível de povos tão evoluídos como a Coreia do Norte, dominamos pela negativa todos os parâmetros no que na perícia ao volante diz respeito, o que leva um estrangeiro a pensar duas dezenas de vezes antes de alugar um carro para passar cá umas férias ao volante. Em contra-ciclo, estamos apetrechados com todo o tipo das mais recentes tecnologias de caça à multa, os radares mais modernos, e os carros mais quitados que até fazem inveja a outras nações, mas que não surtem grande efeito na melhoria dos números. Como hoje reparei num Subaru cinzento à saída da A3, com dois moinantes lá dentro, para além de actualizar a minha base de dados dos carros contra os quais não devemos ser mais rápidos (e piar fininho), pensei que seria mais inteligente vender essa frota automóvel da BT. Ao fim e ao cabo só servem para gastar combustível e lixar a cabeça a uns quantos apressados. Afinal de contas estamos em crise.
De manhã ao ver as notícias achei particularmente interessante a reunião entre o Ministro da Defesa e o srº Presindente da República, que por sinal também é candidato à Presidência da República, passe-se o pleonasmo. Para além de ser intrigante a urgência de uma reunião acerca desta temática das nossas forças armadas, pois até mais ver somos actualmente um país pacífico, o que realmente chama a atenção é saber quem se dirigiu aos portugueses à saída da dita reunião, se o Presidente Cavaco Silva, se o candidato a Presidente Cavaco Silva. Seria de bom tom, quando se inicia uma campanha para um cargo, o mesmo ficar temporariamente em águas de bacalhau, ou a marinar (como se preferir), de maneira a não ocorrerem equívocos destes. A ser necessário tirar o bacalhau de molho, só mesmo por motivos de força maior, o que não me parece ser o caso desta reunião. Sr. Cavaco, existem melhores maneiras de protagonismo, como por exemplo comer bolo rei... agora já não se pode engasgar com o brinde... a ASAE mandou tirá-lo.
Lista de gastos do ex maestro da banda metropolitana de Lisboa:
- viagem à Tailândia com aluguer de limousine (3971 €)
- estadia em resort, safari e viagem de balão para duas pessoas (1604 €)
- artigos de lingerie (1393 €)
- charutos Cohiba (1014 €)
- anel para o dedo do pé (208 €)
Tendo em conta que estes gastos foram efectuados à conta do saldo da banda, a qual é financiada praticamente por dinheiros públicos, resta dar os parabéns ao maestro Miguel Graça Moura, pois mesmo sem instrumento para tocar dá-nos música…
Apesar da distância, os nossos dois arquipélagos partilham uma característica que veio ao de cima apenas nos últimos tempos - a insubordinação. No caso dos Açores, César decretou medidas extraordinárias que resultam na anulação da lei do corte de salários na função pública, que apenas irá ser aplicável aos tansos do continente. È caso para dizer, vini, vidi veci. Na Madeira temos a prevaricação das leis ao nível dos mais altos cargos, pois, se a lei que impossibilita os ocupantes de cargos públicos de acumularem o vencimento com reformas adquiridas se aplica inclusivamente ao Presidente da República, o mesmo não se verifica com o Presidente do Governo Regional, dito Alberto João Jardim que se alambaza com as duas. Razão tem o náufrago dos malucos do riso quando os passageiros do barco lhe contam as agruras de Portugal… eu quero é ir para a ilha.
No próximo dia 23 de Janeiro vão a escrutínio dos portugueses quatro tipos de candidatos. Temos os candidatos fantasma, pelo motivo em que não têm a mínima hipótese de sucesso, Fernando Nobre e Francisco Lopes. Depois há o candidato fantoche, Defensor Moura, que apenas serve para dizer aquilo que o PS queria que fosse o Manuel Alegre a dizer mas não o diz. Há ainda o candidato palhaço, José Manuel Coelho, que à semelhança do presidente da sua ilha de origem partilha a mesma característica. Finalmente temos os candidatos que realmente são candidatos, sendo que parece óbvio que o Cavaco vai dar uma abada ao Alegre. No entanto, e em relação a estes dois últimos, surge-me a dúvida sobre o motivo que leva portugueses a incidirem os seus votos nestes dois cavalheiros. Alegre afirma não saber se lhe foi pago o valor de 1500 €, pelo texto que publicou acerca do finado BPP. Cavaco vende acções a 2,40€ quando elas se vendiam a 2,75€. Assim temos que o Manuel já tem tanto graveto que nem aquele valor lhe faz confusão nas suas contas bancárias, enquanto que o Aníbal é tão totó a gerir os seus investimentos que até põe em causa a sua douta sabedoria económica. Por isso, vão votar, mas pensem duas vezes antes de gastar a caneta. Afinal de contas estamos em crise.
Nunca eu pensei escrever um texto acerca de columbofilia, mas acontecimentos recentes merecem a minha atenção para o alertar, a si, o meu fiel leitor, para uma situação que está a marcar a actualidade deste nobre desporto. Desporto este que de todos os que existem deve ser sem dúvida alguma o mais pacífico, pois libertar pombos de maneira a deixar que livremente voltem para casa é no mínimo poético. Acontece no entanto que tudo isto pode vir a mudar, isto porque se a moda pega, os columbófilos vão ter que repensar as rotas por onde mandam os seus pombinhos. É que na Arábia Saudita vai ser julgado no tribunal, com possível pena de morte, um abutre acusado de espionagem por parte dos israelitas. Ora, se isto aconteceu com um necrófago como este, o que farão com as pequenas aves dos columbófilos que até se chamam de pombos correio…
O meu contacto com revistas de índole social resume-se a breves e episódicos momentos de espera como quando estamos num consultório médico, no barbeiro ou no café, e não tenho nada mais interessante com que ocupar o tempo. O conteúdo das mesmas não o vou aqui discutir para o bem-estar de todos, e em particular do meu blog, não querendo trazer à luz deste espaço temas de tão pouco interesse como saber em que barbeiro a Cinha Jardim faz o buço. No entanto, há uns dias atrás uma foto-reportagem do casal Dani (não sei o nome da cônjuge) teve uma particularidade que me aguçou a curiosidade. O antigo jogador da bola mas que gostava mais era de ir para as discotecas, servia champanhe para o seu copo, tendo já servido a sua esposa grávida (muitos parabéns pelo rebento), o que me levou à conclusão de que das duas uma: ou estes dois pacóvios não sabem ler o letreiro da garrafa que diz proibido a grávidas, ou então são tão endinheirados que até se dão ao luxo de abrir uma garrafita só para a foto. Extravagâncias do social. Caturreira.
O pessoal ávido por uma boa noite de borga, teve na passada passagem de ano vários motivos adicionais pelos quais fazer a festa à grande e à francesa. Assim na manhã de 31, o início dos preparativos para a festa exigia um banho de imersão como deve ser porque provavelmente será mais difícil faze-lo no próximo ano com a subida do gás 3,2%. Lavadinhos, nada melhor do que um pequeno-almoço faustoso para carregar as baterias para a festa, com vários tipos de pão, e o melhor mesmo terá sido congelar o que sobrou, pois em 2011 o pão sobe 12%. Como é da praxe, e tendo em conta que em 2011 as tarifas sobem 2,2%, o envio de sms e telefonemas para os mais queridos neste dia já incluía os votos de um feliz 2012. Apesar da época de saldos ainda não ter começado, o melhor foi mesmo comprar uma roupinha para a festa da noite, e assim fugir ao previsível aumento de 10% do ano novo. E para fazer essas compras o mais inteligente foi ter ido de transportes públicos ou de táxi antes do aumento de 4%. Antes de sair de casa para a festa, deixou-se ligado os aquecedores a óleo durante o dia, de maneira a ter a casa quentinha. Não esquecendo de os desligar ao chegar, pois com a vinda de 2011 a electricidade aumenta 3,8%. Como as portagens só aumentam com o dia 1 cerca de 2,3%, as festas até podiam ser um pouco mais longe do que o habitual. À meia-noite, abriram-se muitas garrafas de champanhe, pois estas ainda foram adquiridas com o IVA a 21%. Para o ano, com o IVA a 23% em vez disso brindar-se-á com champomix. Não é tão bom, mas não embriaga, e tudo para evitar a ida às urgências dos mais descuidados, pois a partir das 00h a taxa moderadora fica mais cara 20 cêntimos. De resto…