síndrome Sebastião
Estava para escrever acerca desta nova descoberta do caminho marítimo para o Brasil, mas os artigos de opinião, os jornais e televisões encarregaram-se de despertar de vez um sentimento de injustiça, o qual me poderá mesmo colocar na pele de um velho do restelo. "Ronaldo + 10", "Comandante Ronaldo", "Allô Brasil? Ronaldo está a caminho", "Espectacular Ronaldo apura Portugal", e por aí fora. Na minha televisão eu vi ao minuto 49, Rui Patrício defender um golo quase certo de Larson e no minuto seguinte Ronaldo fazer o 1-0, depois de uma passe a rasgar a defesa sueca de João Moutinho. Vi o 2-2 e 2-3 marcados brilhantemente por Cristiano, tendo corrido para a desmarcação proporcionado por soberbos, repito, soberbos passes de Hugo Almeida e, novamente, João Moutinho. Vi Fábio Coentrão fazer o jogo em dificuldade, onde aguentou defendendo o seu lado esquerdo até claudicar esgotado. Vi Pepe e Bruno Alves mostrarem ser uma dupla de centrais para fazer frente aos melhores avançados que nos esperam no Brasil. Por isso mesmo que eu vi, acho que foi o todo que nos colocou na rota das terras de Vera Cruz, e não uma única peça. Se o leitor concorda comigo, junta-se aos velhos do restelo. Se não concorda e embarca neste ode panegírica a Cristiano Ronaldo, então sem dúvida alguma que pertence aos milhões de tugas que sofrem da doença mais antiga desta velha nação, o síndrome de d. Sebastião...