matemática Ministerial
Tendo em conta que os eleitores de 5.6.2011 distribuíram os votos por:
PPD/PSD: 2159181 ( 38,66%) PS: 1566347 ( 28,05%) CDS-PP: 653888 ( 11,71%) PCP-PEV: 441147 ( 7,90%) B.E.: 288923 ( 5,17%) PCTP/MRPP: 62610 ( 1,12%) PAN: 57995 ( 1,04%) MPT: 22705 ( 0,41%) MEP: 21942 ( 0,39%) PNR: 17548 ( 0,31%) PTP: 16895 ( 0,30%) PPM: 14687 ( 0,26%) PND: 11806 ( 0,21%) PPV: 8209 ( 0,15%) POUS: 4572 ( 0,08%) PDA: 4569 ( 0,08%) P.H.: 3588 ( 0,06%)
Tendo em conta que os eleitores que decidiram não votar em qualquer dos partidos distribuiram essa intenção por:
Brancos: 148618 (2.66%) Nulos: 79399 (1.42%) Abstenção: 4039300 (41.97%)
Estou agora em condições de efectuar a análise matemática desta remodelação governativa. Não avaliando o peso dos ministérios sob o ponto de vista da importância, porque nesse ponto o CDS ganha largamente, e seguindo a frieza dos números constato que da equipa de 15 (a contar com o primeiro-ministro) 9 são cromos da máquina laranja e 4 pertencem ao aparelho centrista, pelo que facilmente se conclui que para cada ministro o PSD gastou 239909 votos, enquanto que o CDS precisou apenas de 163472 cruzes. É caso para dizer que governar tanto com tão pouco não é para quem quer, é para quem pode (qual Churchill qual quê!). Ou seja, o CDS ganha largamente e apresenta um rendimento de fazer inveja a todos os outros. Que o digam os bloquistas que a seguir os cânones da produtividade popular teriam direito a pelo menos 1 ministro, os comunistas a quase 3, os socialistas a quase um governo inteiro, e o resto todos juntos e bem apertadinhos ainda conseguiam ter a chave de pelo menos um ministério. Fossem estes números levados a sério, e nem sequer governo havia, pois com mais de 4 milhões de votos, a abstenção tinha a maioria absoluta no parlamento. Na volta talvez estivessemos melhor entregues...