cinco Passos?
Respeito e aceito todos os credos e confissões religiosas. No entanto existem um par delas cujo nome não revelarei, a bem desse respeito pela pluralidade, que teimam em esquecer a velha máxima de que a liberdade individual termina quando se começa a esmiuçar a liberdade do outro. Claro está que sempre tive toda a educação necessária para educadamente me recusar a ouvir aquilo que tinham para contar, e em boa hora se inventou o óculo da porta de entrada que permite ver quem está do outro lado. Talvez por essas dificuldades de comunicação terem aumentado, o recurso ao folheto passou a ser uma nova arma de transmitir a mensagem. Não estava preparado era para encontrar um desses folhetos com uma mensagem bombástica, tendo pensado que o dia do apocalipse estaria próximo. Há dias, depois de uma curta viagem onde se discutiam na rádio assuntos relacionados com a nossa querida e estimada "crise", estava eu a verificar a minha correspondência e dou com um desses folhetos religiosos com o título em letras garrafais "Cinco Passos para a salvação". Levado pela temática que vinha a escutar na radio, a interpretação que dei à mensagem foi tudo menos religiosa. De facto, se um Passos nos deixa quase em estado de coma, com cinco Passos o enterro está garantido...