o caso Casio
Antes de tudo repare-se no excelente trocadilho que envolve a leitura deste título! De facto, as mais recentes deliberações confeccionadas no gabinete do ministro da educação levaram por um lado a um imbróglio diplomático com os nossos comparsas chineses, e por outro lado podem dar razão ao ditado "dar uma no crato, perdão cravo, e outra na ferradura". Explico-me em dois pontos o porquê desta previsão desencadeada pela vontade de Crato em eliminar (ocaso!), as calculadoras das salas de aula:
- em relação ao nossos amigos chinos, a embaixada dos mesmos já entregou um protesto assinado por várias empresas produtoras de calculadoras, e que tem na empresa CASIO o representante mais lesado, logo portanto indignado. Indignados andam também as milhares de lojinhas, lojas, supermercados e hipermercados de venda de produtos mandarins que brotaram nesta horta rectangular, à beira mar plantada, a uma velocidade superior ao crescimento de moscas em montes de esterco. Já vi esse pessoal a dialogar entre eles, e pelo tom das suas "amigáveis" conversas, não quero estar por perto quando a mostarda lhes chegar ao nariz;
- em relação à identidade que esta medida presta ao ditado popular, apenas se pode concluir que se as nossas contas publicas estão como estão recorrendo ao método de ensino vigente, daqui a uns anos, com o pessoal a ocupar os cargos ministeriais depois de uma carreira educativa a contar pelos dedos, temo que a nossa condição não melhore.
Crato, dá no cravo e deixa a ferradura, perdão calculadora, em paz.