relva Aparada
Ontem foi um dia negro para o panorama humorístico tuga. Uma das musas inspiradoras resolveu pendurar as botas e abandonar os focos dos projectores da ribalta. Miguel Relvas cortou pela raiz a sua ligação a PPCoelho. Por muito material que ainda esteja na calha para se explorar, a sua ausência diária certamente que se irá fazer sentir. Mas do mesmo modo que Humphrey Bogart e Ingrid Bergman sempre terão paris, os humoristas tugas sempre terão as vicissitudes do modo de estar e trabalhar, que só aqui na tugalândia oferecem situações como a que também ontem ocorreu. Na novela em que o processo Casa Pia se tornou, o episódio de ontem corre sério risco de se tornar o mais marcante da sua já longa emissão. Dois dos arguidos condenados a pena de prisão comparecem no estabelecimento destinado a esse fim, e volvidos 45 minutos regressam às suas viaturas porque foram impedidos de serem presos pela falta de um documento, também conhecido por papel. Razão tinham os Gato Fedorento quando fizeram aquela fantástica rábula acerca do "papel, que papel? o papel.".