a queda dos Gigantes
Ufa! Posso dizer que este livro deu-me realmente trabalho, não pela leitura das 928 páginas, mas sim pelo peso delas. Para uma próxima edição aqui fica a sugestão de fazer a mesma em dois. Quando me aventurei no início desta enorme trilogia, fi-lo porque o tema em causa me despertou logo a atenção - o séc. XX. Deste primeiro livro, deixo três impressões, e uma comparação:
- Primeiro, a desilusão por estar à espera de um maior número de informações históricas.
- Segundo, gostei da forma como foi interligada um número tão grande de personagens, sem colocar o leitor à deriva, conseguindo mesmo não perder o fio à novela que representam as várias famílias da obra.
- Terceiro, a maior parte das personagens sofre aquilo que eu chamo do fenómeno "Forrest Gump", ou seja, aparecem nas mais altas esferas e acontecimentos mais marcantes do período retratado.
- Último, a comparação:
Segundo a capa do livro Ken Follett terá mais de 100 milhões de leitores. Não sei quantos terá José Rodrigues dos Santos. Depois de ler este livro do autor britânico, onde se descreve a primeira grande guerra mundial, não posso deixar de me recordar do livro "A Filha do Capitão" do autor tuga, que também se desenrola nesse período. Gostei de ambos. No entanto não posso deixar de salientar que entre os dois, para servir de guia a um artista para pintar um quadro completo do cenário de guerra, com soldados, armas, paisagem e horrores do conflito, só o livro do José serviria. Guiando-se por Ken Follett, certamente ficaria pobre.