prestação de Serviços
Depois de algumas experiências de cancelamento de contratos de serviços com operadoras ao nível das telecomunicações, acho que me encontro em condições de deliberar um axioma: o desenvolvimento de novas tecnologias de telecomunicações é inversamente proporcional à legislação que regula o sector. Digo isto porque ainda sou do tempo em que uma chamada para um telemóvel desligado era cobrada, como se de um minuto de conversação se tratasse. Ainda demorou algum tempo a acabar-se com esta fonte de rendimentos descarada. No entanto, os senhores desta indústria sabiamente untaram o legislador que achou por bem criar a lei que obriga a um período de fidelização. Mesmo dentro dos períodos legais para o efeito do cancelamento de contratos de prestação de serviços, essa tarefa até para o próprio Hércules seria hercúlea. O modus operandi é sempre o mesmo, e passa por uma fase inicial de negação. Depois começam a aliciar-nos com propostas atractivas, que só dá vontade de dizer "então até este momento andaram a ir-me ao bolso". Ultrapassada esta barreira psicológica ainda inventam problemas relacionados com a documentação necessária. Enfim, uma verdadeira odisseia. Hoje em dia, na tugalândia, é mais fácil conseguir-se um divórcio que desligar o sinal da Box. Muito mal andamos quando os valores andam invertidos...