os Litigantes
John Grisham pertence ao clube dos escritores com livros de sucesso (este blog para além de escrever em desacordo com o acordo, não concorda com expressões de outras línguas), pelo que no inicio de cada obra está praticamente garantida uma boa e entretida história. Neste livro, somos transportados para os bastidores e palco dos tribunais, partindo de um início prometedor: dois advogados que fazem da sua vida a defesa de casos de acidente de viação, tendo estabelecido o escritório numa das vias mais acidentadas de Chicago; um advogado que depois de abandonar um enfadonho cargo opiparamente pago, numa grande firma de advocacia, resolve beber para celebrar a sua decisão, e acaba o dia completamente embriagado, a dormir no sofá do escritório dos outros dois, tendo antes do descanso sido aceite para integrar os quadros da empresa. Pelo meio somos presenteados com o melhor do direito cível americano com advogados de defesa e acusação, tribunais federais, e os indispensáveis jurados, que fazem as delícias de um tempo bem passado a ler sobre litigações. O único reparo que tenho a fazer, é que o argumento principal da história, uma litigação contra uma empresa farmacêutica, acaba por se tornar secundário em relação ao objectivo principal de um bom litigante - a indemnização.