pressão do Natal
Há dois mil e doze anos atrás que a sociedade tem vindo a colocar pedras no muro das lamentações que se tem tornado esta quadra que agora se aproxima. Pronto, talvez esteja a exagerar um pouco, mas é certo que chegada esta altura do ano começam as dores de cabeça provocadas pelas dúvidas sobre as prendas de Natal. No tempo do Menino, as suas visitas não tinham grande dúvida, pois não dispunham de uma miríade de possibilidades de oferta como agora há. Naquele tempo, cada um dava o que tinha. Lembremo-nos de dois dos três Reis Magos, que até incenso e mirra ofereceram... Agora o que me deixa mesmo arreliado são as promoções de desconto, com data, hora e local marcado, que os promotores apregoam como uma forma de adaptação aos tempos de crise, de forma a facilitar as compras de Natal. Há dias, dezenas de pessoas dormiram ao relento para aproveitarem uma dessas campanhas. Seriamente me pergunto onde raios está o espírito de Natal.