final euro 2012
A final de ontem, onde se disputava o troféu de Campeão da Europa de Selecções, entre a Espanha e Itália, foi caracterizada por 3 novidades:
1- Pelo menos uma vez, durante 90 minutos, em vez de ser a Europa a mandar em Portugal, foi Portugal a mandar na Europa. Os árbitros portugueses liderados por Pedro Proença, souberam conduzir sem protagonismo a final do campeonato, contribuindo para um espectáculo 5 estrelas. Como é bem tipicamente português, é necessário ir para fora para se reconhecer o valor cá dentro. Parabéns aos 6.
2- Pela primeira vez na sua história, a Italia abandonou as raízes do catenaccio, tendo feito uma campanha memorável, mas com o azar de ter encontrado na final uma selecção espanhola no seu melhor estilo. Os 4 golos sem resposta foram o resultado mais dilatado de sempre na história da competição. Uma verdadeira "faena".
3- Nunca na história do futebol uma selecção conseguiu conquistar de forma consecutiva dois campeonatos da europa, juntando um campeonato do mundo pelo meio. Se houve grandes selecções onde ponticavam Fontaine, Pelé, Eusébio, Beckebauer, Cruift, Maradona ou Zidane, a actual selecção espanhola não possui qualquer grão mestre ou estrela cintilante. São uma constelação de estrelas, onde o conjunto delas brilha mais intensamente do que a soma de cada uma isolada. O sucesso reside aí, e talvez se olharmos para este exemplo ainda se consiga ir a tempo de corrigir erros e tentar realizar o mesmo feito que Pedro Álvares Cabral.
O mediatismo de uns pode vender mais jornais, mas para mim, para melhores do mundo, Iker Casillas e Vicente del Bosque, há muito que merecem o ceptro. Os números são como o algodão...