foi-se a Final
Como deve ser, tinha dois post programados para o dia de hoje, fosse a vitória lusa ou castelhana. No entanto, depois do desafio de ontem deixei de lado o post destinado ao caso de vitória espanhola, para deixar 3 pequenas conclusões:
1) nos 90 minutos de jogo, Portugal impediu que os espanhóis jogassem o seu futebol habitual. Assente numa defesa sólida, o meio campo superou e não se vergou perante nomes como Iniesta, Xabi Alonso e Xabi. Nessa disputa pelo meio do terreno de jogo, o pequeno João Moutinho foi tremendamente grande. Sem grandes oportunidades de parte a parte, poderíamos ter acabado com o jogo num lance final sabiamente conduzido por Raul Meireles, e muito mal finalizado por Ronaldo.
2) Pelo sorteio, e jogando em casa, tínhamos direito a usar o nosso primeiro equipamento. A escolha do segundo, se tinha como propósito proporcionar a cor do habitat natural da nossa estrela e confundir os seus colegas espanhóis, não teve o sucesso desejado.
3) Sergio Ramos, depois de falhar o penalti nas meias finais da champions marcou com toda a propriedade, e ao melhor estilo panenka. A nossa estrela (cadente), depois de ter partilhado o mesmo insucesso que o seu companheiro, preferiu recolher-se debaixo dos lençois do último penálti, que não chegou a marcar. Depois de uma época de sonho, onde 12 dos seus 46 golos no campeonato foram de penalti, caber-lhe-ia como estrela e capitão dar o pé ao manifesto, e assumir a responsabilidade dos penaltis iniciais. Não fugindo ao seu estilo habitual, foi filmado no fim a dizer que foi uma "injustiça". Talvez tenha razão. No entanto, será mais injusto que perante tamanho exemplo de fugir com o rabo à seringa, no final do ano lhe seja atribuído o título de melhor do mundo. Esse deve estar reservado aqueles que de facto o são e o merecem.
No fim, sem final, resta-me uma dúvida: as despesas de tratamento psicológico de CR7 têm que ser asseguradas pela selecção, ou pelo Real Madrid?