o princípio do Fim
No dia 20 de Janeiro deste ano, publiquei um artigo com o título igual ao de hoje, com uma pequena diferença - o ponto de interrogação. Nesse dia, data em que Donald Trump tomou posse do cargo de Presidente dos E.U.A., a interrogação era uma figura de estilo que dava o beneficio da dúvida para um indivíduo que até então não se cansava de dar argumentos para eu, tal como muitos outros, ter a certeza do caminho que iria seguir. Hoje, poucos meses após esse dia, a interrogação já não faz sentido e Trump fez questão não só de rasgar os Acordos de Paris, como também destruir por completo a sua presunção de inocência, e argumento algum pode justificar o fim de algo que tanto custou a conseguir. Negar as evidências do dia-a-dia e os avisos da comunidade cientifica internacional é algo que já não acontecia desde o tempo em que Galileu afirmou que a terra era redonda e orbitava à volta do sol, e tendo decorridos quase 500 anos desde esses tempos parece que a Inquisição sendo algo de um passado muito longínquo surge agora encarnada na figura de Donald Trump. A divina providência, no seu sentido de humor muito peculiar, proporcionou que o anuncio oficial ao mundo fosse feito no dia de hoje, dia mundial da Criança. No dia em que celebramos os seres humanos do amanhã, o mundo assistiu desde a primeira fila a um regresso ao passado de despotismo, arrogância e intolerância, verdadeiras setas apontadas ao coração desta velhinha terra que infelizmente não parece ter muita mais capacidade para aguentar a estupidez da raça que deveria ser sapiens, mas que no fundo é a menos inteligente de todas as criaturas que aqui habitam.