assim também Eu
Um arquitecto que virou jornalista para depois assumir cargos de direcção de jornais sensacionalistas, considerado pela opinião pública como um revolucionário do jornalismo tuga (que a meu ver mais não foi do que um dos deturpadores do sentido lato da função do jornalista), pincelando a função de escritor nos intervalos da sua azáfama diária, tem um novo livro. A apresentação ainda não ocorreu, mas desde que se marcou data para a mesma muita tinta já correu. Apadrinhada pelo anterior primeiro-ministro, que aceitou o convite sem ler o livro em causa numa espécie de cheque em branco passado ao autor de "Eu e os políticos", esta obra não promete ser polémica pelo simples facto que já o é. Chamar polémica, é usar um eufemismo injustificado para um livro que apenas é um testemunho na primeira pessoa de histórias de terceiras pessoas. Assim também eu escrevia livros! Razão tem Mario Vargas LLosa, quando refere em "A Civilização do Espectáculo" que hoje em dia as livrarias tornaram-se uma espécie de Mafia onde se decide quem se deve editar, e aquilo que querem que as pessoas leiam...